Governo federal reúne academia e indústria em debate sobre incentivo à pesquisa clínica
Associações, laboratórios privados e públicos se reuniram na última semana para debater um plano de ação de incentivo e melhoria em pesquisa clínica no Brasil. Do evento, realizado pelo Ministério da Saúde, participaram a Interfarma; o grupo FarmaBrasil e a Sociedade Brasileira de Profissionais em Pesquisa Clínica (SBPPC). Entre os pontos discutidos estão as capacitações de profissionais para pesquisa clínica, aumento da infraestrutura para realização de estudos, viabilização de parcerias entre instituições públicas e privadas para realizar levantamentos epidemiológicos e realização de ações de comunicação e de plataformas para a disseminação de informações.
O Encontro aprofunda a discussão iniciada no Fórum Pesquisa Clínica no Brasil, que contou com a presença do Ministro da Saúde, Ricardo Barros, em outubro de 2016. Na ocasião, foi apresentado um panorama da realização de estudos clínicos no país que permitiu a colaboração entre os setores interessados na busca de processos mais ágeis e de melhor infraestrutura para pesquisa clínica. “Naquele momento, nós assumimos um compromisso de alavancar a pesquisa clínica no Brasil e, para isto, vamos envolver todo o setor saúde”, afirmou o secretário da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (SCTIE/MS), Marco Fireman.
O presidente-executivo do grupo FarmaBrasil, Reginaldo Arcuri, comemorou a interação entre governo e iniciativa privada em torno da pesquisa clínica. “É muito estimulante ver o governo cumprindo bem seu papel de coordenar, de estabelecer os nortes e dar visibilidade para as ações. O caso da pesquisa clínica é uma questão absolutamente central porque o país começou a entrar numa nova época com novos campos na pesquisa,” afirmou. A iniciativa privada também ressaltou a importância do encontro. “Estou há quinze anos na pesquisa clínica e é a primeira vez que eu me lembro de ver governo, academia e indústria no mesmo ambiente, tentando discutir essa agenda positiva”, completou o representante do laboratório Bristol-Meyers, Rafael Laurino.
A necessidade de diminuição da burocracia e dos entraves regulatórios na autorização da realização de pesquisas com seres humanos também foi um ponto citado pelos representantes dos laboratórios. O Decit propôs levar o debate do plano de ação também à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).
Fonte: Agência Saúde com contribuição da Juliana Ronconi.