Goiás apresenta 21 propostas em edital da iniciativa Amazônia+10
Parceria Amazônia+10 e CNPq mobilizou mais de 1.400 pesquisadores em 19 estados brasileiros e três países. Goiás, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapeg) apresentou 21 propostas. Resultados serão anunciados em agosto
A chamada Expedições Científicas, lançada pelo Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em setembro de 2023, no âmbito da Iniciativa Amazônia+10, recebeu 190 propostas – 25% a mais que o número de projetos submetidos ao primeiro edital da iniciativa. Goiás, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapeg), apresentou 21 propostas junto com outros estados.
Para o gerente de Parcerias Internacionais da Fapeg, Gabriel de Paula, ter a presença de pesquisadores e pesquisadoras de IES goianas na Iniciativa Amazônia +10 reafirma a sintonia da comunidade acadêmica de Goiás com a pesquisa de ponta em uma perspectiva multidisciplinar, transregional e internacional. “A Fapeg acredita em uma ciência colaborativa e diversa. Pensar a Amazônia é um passo importante para a reflexão sobre outros biomas, como o Cerrado”, pontua.
A chamada, que apoiará expedições científicas voltadas à ampliação do conhecimento sobre a sociobiodiversidade e a biodiversidade amazônica, mobilizou mais de 1.400 pesquisadores de 181 instituições de ciência e tecnologia (ICT) sediadas em 19 estados brasileiros e em três países – Reino Unido, Suíça e Alemanha – que aderiram à chamada em janeiro de 2024, por meio de agências de fomento à pesquisa: o British Council e o UK Research and Innovation (UKRI), a Swiss National Science Foundation (SNSF) e o Centro Universitário da Baviera para a América Latina (Baylat), respectivamente.
“A grande procura pela chamada revela a crescente preocupação da comunidade científica, no Brasil e no mundo, com a questão da biodiversidade e da sustentabilidade. Esse sucesso só confirma o entendimento do CNPq de que não é possível projetar o desenvolvimento científico e tecnológico do país sem olhar para a questão ambiental”, afirma o presidente do CNPq, Ricardo Galvão.
Cada uma das propostas é liderada por pesquisadores de, pelo menos, duas Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs) ou agências estrangeiras, sendo um deles obrigatoriamente vinculado a instituições de ensino superior e/ou pesquisa com sede nos Estados da Amazônia Legal (Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Pará, Maranhão, Amapá, Tocantins e Mato Grosso).
“Estamos entusiasmados com a notável resposta da comunidade científica à chamada Expedições Científicas. Este engajamento reflete a relevância e o potencial transformador das pesquisas sobre a sociobiodiversidade e biodiversidade amazônica, que contribuirão para ampliar nosso conhecimento e promover o desenvolvimento sustentável da região”, diz Odir Dellagostin, presidente do Confap.
As propostas selecionadas serão anunciadas em agosto de 2024. As aprovadas serão financiadas com recursos no valor total de cerca de R$ 94 milhões, sendo R$ 30 milhões do orçamento do CNPq e o restante das FAPs participantes e das demais agências internacionais.
As 190 propostas submetidas distribuem-se por nove grandes áreas do conhecimento (Ciências Agrárias, Biológicas, da Saúde, Exatas e da Terra, Humanas, Sociais Aplicadas, Engenharias, Linguística, Letras e Artes e outras). A área de Ciências Biológicas é contemplada em 71 propostas, seguida das Ciências Agrárias, com 29, e as Humanas, com 24.
A Iniciativa Amazônia+10 tem como objetivo apoiar a pesquisa científica e o desenvolvimento tecnológico na floresta tropical, as interações natureza-sociedade e o desenvolvimento sustentável e inclusivo da região. É liderada pelo Confap e pelo Conselho Nacional de Secretários para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti) e conta com a parceria do CNPq.
Fapeg, com informações Iniciativa Amazônia +10/Fapesp
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil