Fapeg participa da programação da Semana de Ciência e Tecnologia em Goiás

Aberta na manhã desta terça-feira, 17, a 20ª Semana de Ciência e Tecnologia em Goiás. A solenidade de abertura aconteceu no Hub Goiás e terá como tema “Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável”. Mesas-redondas, palestras e lançamento de edital de fomento aos negócios de impacto socioambiental marcam a programação desta terça-feira. Goiás aderiu à Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), maior evento de popularização da ciência do País e, no Estado terá a coordenação da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti).

A abertura do evento foi feita pelo secretário José Frederico Lyra Netto, que deu as boas-vidas aos participantes, destacou a importância da ciência básica para a sustentabilidade do bioma Cerrado e sobre a necessidade de se discutir formas para colocar Goiás como referência e potência no assunto.

Ciência e Cerrado


O presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), Robson Domingos Vieira, participou como mediador da primeira mesa-redonda do evento que abordou o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável no Cerrado”. A mesa foi composta pelo coordenador e pesquisador da Embrapa Cerrados, Edson Eyji Sano; pelo subsecretário de Biodiversidade, Conservação, Segurança Hídrica e Saneamento da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Jorge Werneck, representando a secretária, Andréa Vulcanis; e pelo professor de Ecologia da Universidade Federal de Goiás (UFG), Paulo de Marco Jr.

Robson Vieira mediou a mesa-redonda falando da necessidade de se criar um movimento para dar visibilidade para a importância cada vez maior do Bioma Cerrado, berço das águas e celeiro de alimentos, frente aos atuais problemas globais da fome e da crise hídrica. O presidente da Fapeg provocou discussões baseadas nos pilares: Educação e Comunicação em Ciência, Tecnologia e Inovação claras e eficientes; a necessidade da preservação do cerrado/desmatamento; e recursos hídricos. Colocou em discussão, ainda, possíveis estratégias, ações e fomento da Fapeg para programas e projetos em prol do desenvolvimento sustentável para o Cerrado e da necessidade de proteção dos ativos do Cerrado. Destacou, também, a necessidade da popularização da ciência e da inclusão social.

Os painelistas da mesa-redonda, representantes das áreas de fomento, da academia, da gestão pública e da gestão técnica, falaram para um auditório completamente lotado. Todos foram unânimes sobre a importância do Cerrado para o Brasil e para o mundo e abordaram sobre a questão climática mundial, afirmando que as piores secas e as piores enchentes ainda estão por vir, e que gestores públicos têm que avançar nas tomadas de decisões baseadas em evidências científicas, e que por isso, gestão, ciência e tecnologia devem caminhar juntas para a sustentabilidade do planeta.

Discutiram sobre legislação, Código Florestal Brasileiro, unidades de conservação, sobre o Pacto pelo Desmatamento Ilegal Zero da Semad, e sobre novas regras e iniciativas para avançar no controle e valorização das riquezas e potencialidades do Cerrado, citando como exemplos o controle por meio do mercado consumidor, de certificações ou outros mecanismos.

Os debatedores descrevem que é preciso se promover uma mudança da cultura nacional e internacional que valoriza floresta em detrimento de outras vegetações. Para eles, é preciso ações para mudar a forma de como o mundo vê o Cerrado e dar visibilidade para este bioma.

Bem lembrado no evento, o poeta brasileiro, cuiabano, Nicolas Behr, poer: “Nem tudo o que é torto é errado. Veja as pernas do Garrincha e as árvores do Cerrado.”


Assessoria de Comunicação Fapeg

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