Fapeg leva pesquisa, robótica e testes de Covid-19 para população no Mutirão Governo de Goiás

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) marcou presença nesse final de semana, dias 12 e 13 de março, na terceira edição do Mutirão Governo de Goiás, realizado na região Sudoeste de Goiânia, no estacionamento do Shopping Portal Sul. No estande da Fapeg, foram realizadas pesquisas em duas temáticas (violência e autonomia feminina; e saúde menstrual) em parceria com o programa Meninas Cientistas. Também, pela primeira vez, levou à população o teste molecular rápido para Covid-19, resultado de uma pesquisa que contou com fomento da Fundação em parceria com pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Para o presidente da Fapeg, Robson Vieira, “eventos como este permitem que o cidadão conheça mais sobre a Fundação e seu papel, além de aproximar as pessoas das pesquisas e dos pesquisadores”, afirma. Pela Fundação, estiveram presentes os diretores Científico e de Inovação, Marcos Arriel; de Programas e Monitoramento, Vanderlei Cassiano; de Gestão Integrada, Lorena Peixoto; além de servidores da Fundação.

Testes de Covid-19
Conhecido como RT-LAMP, a técnica é empregada para amplificação do RNA do vírus, assim como a técnica do exame considerado padrão-ouro no diagnóstico de Covid-19, o RT-PCR. Um dos diferenciais é a forma de amplificar o material genético do vírus, que é feita em temperatura constante.

A metodologia é capaz de detectar a presença do RNA do vírus no estágio inicial da doença. O resultado sai, em média, após 40 minutos. Os testes assim como a pesquisa são liderados pela pesquisadora da UFG, Gabriela Duarte.

A professora explica que este teste é realizado para detectar se a pessoa está com Covid-19 naquele momento. “Pode ser feito desde o primeiro dia de sintoma até o 10° dia, e dará positivo, caso a pessoa esteja contaminada com o coronavírus”.

O estudo foi selecionado em uma convocação de projetos científicos promovida pelo Governo de Goiás, por meio da Fapeg, no início da pandemia de Covid-19, em 2020. Outros 12 projetos foram selecionados e foi investido um total de R$1,2 milhão para contribuir com estudos no combate ao coronavírus.

Para a professora Gabriela, participar do Mutirão foi uma oportunidade de aproximar universidade e comunidade. ” A gente ficou muito feliz com esse convite de participar do Mutirão. Aceitamos na hora. A gente desenvolveu esse estudo no laboratório, mas o tirou da bancada e levou para a sociedade para que todos tenham conhecimento do que estamos fazendo na universidade”, afirma.

Meninas Cientistas
O estande da Fapeg atraiu os olhares de muitas crianças e até adultos. Isso porque a equipe do programa Meninas Cientistas levou robôs para que, principalmente, meninos e meninas pudessem ter um primeiro contato com esse mundo da robótica. Segundo a coordenadora do programa, Renatha Cruz, a intenção era levar noções de robótica de uma forma divertida.

Além disso, a equipe realizou pesquisas sobre saúde menstrual e autonomia e violência com as mulheres presentes no Mutirão. No total, foram feitas 116 pesquisas nas duas áreas. Uma pesquisa tem por objetivo identificar quais são os caminhos para a autonomia, protagonismo e empoderamento na visão das mulheres. Na segunda investigação, a equipe fez um levantamento da situação da saúde menstrual das entrevistadas, que, para os integrantes do trabalho, envolve o acesso a direitos coletivos e políticas públicas, a exemplo do saneamento básico e da educação.

Para a coordenadora Renatha “esses estudos são de grande relevância para a compreensão das realidades individuais e coletivas, além de orientar futuras ações da Equipe Meninas Cientistas no Estado de Goiás”. O Programa Meninas Cientistas, do Instituto Federal de Goiás (IFG Uruaçu), assinou um termo de cooperação com a Fapeg no final de 2021 para desenvolver o Projeto Empodera, que prevê a concessão de bolsas de iniciação científica júnior e de iniciação de desenvolvimento tecnológico e de inovação.

A professora Renatha vê o Mutirão Governo de Goiás como “uma possibilidade de contato com a população de diferentes localidades, de conhecer suas realidades e de possibilitar a escuta das mulheres acerca de temas que permeiam suas vidas. Para nós, do Instituto Federal de Goiás, torna-se um momento de popularização da ciência e para o fortalecimento da educação pública. Quanto à Equipe Meninas Cientistas, vemos o evento como um incentivo ao protagonismo das nossas estudantes e, a partir das pesquisas, como um ponto de partida para ações de enfrentamento às violências de gênero”, afirma.

Letícia Santana, Assessoria de Comunicação da Fapeg

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