Fapeg comemora 15 anos em dezembro

Selo comemorativo 15 anos FAPEGCriada no dia 12 de dezembro de 2005, por meio da Lei nº 15.472, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG) constitui um marco na trajetória do desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação no estado de Goiás. Ao completar seus 15 anos, a Fundação, apesar de ainda nova quando comparada a outras Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) estabelecidas a partir da década de 1960, traz uma história de mobilização de toda comunidade científica para hoje se constituir como uma instituição sólida e reconhecida em Goiás.

O início foi marcado pelo apoio da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e por agentes públicos e privados, que acreditaram na necessidade de uma estrutura governamental responsável pela política pública estadual capaz de induzir e apoiar a pesquisa científica, tecnológica e de inovação, desde a pesquisa básica até as estratégicas para o estado.

Desde a criação, os gestores que fizeram parte da história da Fapeg contribuíram para que a Fundação atuasse no fomento às atividades de pesquisa científica, tecnológica e de inovação e colaboraram para o desenvolvimento socioeconômico e cultural do Estado.

Ainda em 2005, foi estabelecido o Conselho Superior (Consup) – instância máxima de deliberações da Fundação – composto por representantes da academia, de setores empresariais e do governo, de forma a orientar as políticas de fomento promovidas pela Fapeg junto à Presidência.

Nos anos seguintes, a Fundação também passou a compor o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), que reúne as Faps de estados brasileiros, incluindo o Distrito Federal, com o objetivo de promover uma melhor articulação dos interesses das agências de fomentos estaduais do Brasil.

Robson Domingos VIeira
Presidente da Fapeg, Robson Domingos Vieira

Desde 2019, a Fapeg é presidida pelo engenheiro eletricista, doutor Robson Domingos Vieira, que tem atuado fortemente na qualificação de recursos humanos e investido nas áreas de tecnologia e inovação contribuindo para colocar Goiás no cenário nacional.

Atuação da Fapeg

A Fapeg fomenta pesquisas científicas, tecnológicas e de inovação; a alta qualificação de recursos humanos e projetos estratégicos por meio de recursos próprios, provenientes do Tesouro Estadual, ou por meio de parcerias estabelecidas com agências federais como o CNPq e Finep, vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), e a Capes, ligada ao Ministério da Educação.

Também por meio de acordos de cooperação com organismos internacionais que têm contribuído para a internacionalização da pesquisa feita em Goiás envolvendo países como Reino Unido, França, Itália, Estados Unidos e a própria Comissão de Pesquisa da União Europeia.

A Fapeg desenvolve ainda, parcerias com entidades nacionais e de atuação local, tanto públicas como privadas, investindo em acordos de cooperação para pesquisas aplicadas, bem como na gestão de recursos para o lançamento de chamadas públicas para o fomento à pesquisa científica, tecnológica e de inovação em áreas estratégicas.

Gestões
De 2006 a 2010, a Fapeg foi presidida pelo professor Leonardo Guedes, tendo como diretor científico, o professor José Clecildo Bezerra. Os desafios iniciais desse período foram a estruturação do órgão: definição do local e de servidores e o estabelecimento da forma de atuação. O imóvel que acolheu a Fapeg foi cedido pela Secretaria da Educação, no Setor Sul da capital goiana, especificamente na Rua Dona Maria Joana, no prédio em que já abrigou um Colégio Militar e a Escola de Governo. O edital 001 da Fapeg foi lançado em 2007 – Programa de Fortalecimento e Redes de Pesquisa. No setor de inovação, foram lançados os editais “Pesquisa em Gestão, Empreendedorismo e Inovação em Goiás” e “Concessão de Bolsas de Formação – Estímulo à Inovação”.

De 2011 a 2018, por oito anos, a Fapeg teve como presidente, Maria Zaira Turchi e como diretor científico, Albenones José de Mesquita, ambos professores doutores titulares da Universidade Federal de Goiás (UFG). O trabalho da gestão se intensificou consolidando os resultados dos trabalhos iniciais e ampliando as oportunidades com o aumento do número de editais próprios com recursos do Tesouro Estadual ou lançados em parceria com agências federais e organismos internacionais. Em todo período, foram mais de 120 chamadas públicas lançadas e implementadas, com investimentos de mais de R$ 280 milhões, entre convênios e programas.

Robson Domingos Vieira assumiu a presidência da Fapeg para a gestão 2019-2022 com um olhar especial para a ampliação do fomento à pesquisa aplicada e voltada à inovação, para uma ciência que gera conhecimento, riqueza e desenvolvimento para Goiás. A Fapeg ganha um novo Estatuto, atualizado, modernizado e alinhado com as novas demandas da Fapeg e do Governo do Estado, aprovado por meio do decreto nº 9.597, de 21 de janeiro de 2020.

Com foco em modernização e empreendedorismo (startups, indústria e educação 4.0), a nova gestão busca o envolvimento de instituições acadêmicas, governo, empresas e sociedade para as estratégias de investimento. A Fapeg tem investido em quatro principais premissas que são: captar recursos da iniciativa privada, apoiar, fortalecer e desenvolver projetos para trazer e fixar talentos em Goiás, aumentar o número de Centros de Excelência (CEs) com foco na conversão de pesquisas em produtos – atualmente existem dois (Ceia e Ceagre) e fomentar pesquisadores em pesquisas individuais e em rede.

Ceia
Solenidade de lançamento do Ceia
Foto: Edinan Ferreira

Em parceria com outras instituições a Fapeg já fomentou a criação do Centro de Excelência em Inteligência Artificial (Ceia) junto à Universidade Federal de Goiás (UFG). Em um ano de existência, o Ceia ganhou chancela da Embrapii, já ultrapassou as metas estabelecidas de captação de recursos e de bolsistas, e implantou dois projetos para aplicação no governo do Estado: o Chatbot para casos suspeitos de Covid-19 e a Plataforma de Correção Automática de Redação e possui mais dois projetos em fase de desenvolvimento.

Já o Centro de Excelência de Agricultura Exponencial (Ceagre) é resultado da parceria entre a Fapeg e o IF Goiano em Rio Verde, que também já conta com chancela Embrapii. O Ceagre foi lançado oficialmente no dia 3 de dezembro de 2020 com o objetivo de executar projetos de inovação para desenvolver o ecossistema e gerar soluções de baixo custo para alcançar pequenos e médios produtores rurais utilizando e disponibilizando ferramentas como Internet das Coisas, Biotecnologia, Big Data e Inteligência Artificial. O Centro de Excelência vai ser pioneiro na implantação da tecnologia 5G no País aplicada à Fazenda Modelo para testar tecnologias exponenciais.

Ceagre
Inauguração do Ceagre e lançamento da internet 5G em Rio Verde – Foto: Edinan Ferreira

Chamadas públicas especiais também foram lançadas nesta gestão como Programa Governo com Ciência; Programa Centelha; Tecnova; de Incubadoras; Programa de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Regional (PDCTR) e Programa Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde (PPSUS).

Está previsto para este ano, ainda, o lançamento de edital de formação com bolsas de mestrado e doutorado. Para 2021, a execução do Programa Centelha II com incremento que passa de 28 para 50 projetos fomentados na modalidade subvenção econômica, além de novas parcerias com órgãos internacionais.

Grande desafio: Chamada emergencial Covid-19

projeto professora Mariana -Sequenciamento
Convocação emergencial investe R$ 1,2 mi em pesquisas contra a Covid-19

Em 2020 a ciência conquistou o papel de protagonista em todo o planeta. Cientistas se debruçaram na busca de respostas para uma das piores crises sanitárias enfrentadas no mundo todo: a pandemia de Covid-19. Em meio a toda essa turbulência, a Fapeg deixa um legado ao lançar uma chamada emergencial que procurou reunir pesquisadores e fomentar trabalhos que pudessem, de alguma forma, reduzir os impactos dessa doença.

Hoje, a Fapeg fomenta 13 projetos de pesquisa apresentados nesta convocação emergencial que vão ajudar no enfrentamento da pandemia e gerar conhecimentos para projetos futuros, com investimento total de cerca de R$1,2 milhão.

São pesquisas, entre outros temas, sobre o sequenciamento do genoma do vírus SARS CoV-2 circulante em Goiás; estratégia por inteligência artificial para reposicionamento e descoberta de fármacos para Covid-19; reabilitação pulmonar para minimizar sequelas em sobreviventes de casos graves da doença; teste de diagnóstico molecular rápido em microchip; avaliação de testes rápidos de diagnóstico para Covid-19 pela saliva.

Governo na palma da mão

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