Em meio à pandemia da Covid-19, uma boa notícia: a Sollaren Inovação em Tecnologia do Ar, empresa incubada no Programa de Incubadoras da Universidade Estadual de Goiás (Proin|UEG), desenvolveu um equipamento que realiza a desinfecção do ar e de superfícies de ambientes. O equipamento, conhecido como Duo Cannon, elimina microrganismos como bactérias, fungos, vírus e agentes químicos.

De acordo com a diretora administrativa da Sollaren, Kelly Nascimento, o Duo Cannon foi desenvolvido, a princípio, pela preocupação da empresa com os profissionais da área de saúde, que são os mais suscetíveis a serem infectados devido ao ambiente hospitalar. O equipamento, que é portátil, desinfecta uma área de 30 m² em até 15 minutos.

“O uso de máscaras, óculos de proteção e outros equipamentos é crucial para o combate à covid-19, mas contar com um ambiente desinfectado elimina as possibilidades de infecção”, destaca a diretora. Ela explica que o Duo Cannon foi desenvolvido para hospitais, indústrias e comércios em geral, mas que a partir do próximo mês a empresa disponibilizará um equipamento menor, voltado à desinfecção residencial.

A diretora explica que o tempo de duração da desinfecção está diretamente ligado à forma de uso da localidade. “Em um centro cirúrgico, por exemplo, o local tem que passar por desinfecção a cada troca de paciente, em indústrias, a cada troca de turno. Depende muito do volume de pessoas circulando”.

Para Ewerton Costa, coordenador do Centro de Empreendedorismo, Tecnologia e Inovação da UEG (Inova Centro) e do Proin|UEG, a Sollaren é uma empresa extremamente inovadora, com soluções eficientes e relevantes para a sociedade. “Eles aproveitaram a experiência que já tinham de trabalhos anteriores no desenvolvimento de um tratamento para o Ebola e criaram agora uma solução para ajudar no enfrentamento ao Coronavírus”, explica.

Duo Cannon

De acordo com Kelly Nascimento, a criação do Duo Cannon remonta aos episódios de 11 de setembro de 2001. “Logo após os ataques terroristas que culminaram em cerca de 3.000 mortes, seguiram-se o envio de cartas com Anthrax. Iniciava-se o bioterrorismo com o uso de vírus, ocasião em que passamos a estudar como mitigar os riscos em nossas instalações de ar condicionado”, relembra.

m seguida, ela explica, veio o vírus Ebola. À época, eles desenvolveram um projeto de criar um espaço, dentro do Hospital de Doenças Tropicais, em Goiânia, para receber possíveis pacientes infectados, o que garantiu experiência à empresa para desenvolver um produto confiável e eficiente no combate ao coronavírus.

Sollaren

A Sollaren trabalha com qualidade do ar, sobretudo na área de ar condicionado. “São estudiosos na área de desenvolvimento de equipamentos que podem melhorar a qualidade do ar para as pessoas e a redução do consumo de energia elétrica e de gases nocivos à saúde”, enfatiza Ewerton.

A empresa possui um projeto incubado no Proin há cerca de um ano e meio. Por seu histórico empresarial, a Sollaren está incubada como empresa não residente. “O principal motivo que a levou ao Proin foi receber suporte na parte gerencial, sobre como colocar a empresa no mercado, como aumentar a captação de clientes, além da parte de captação de recursos”, explicou Ewerton.

Para explicar a importância dos produtos desenvolvidos pela empresa, Kelly Nascimento utiliza uma analogia: “Quando refletimos sobre a dependência dos elementos vitais para a nossa existência, devemos nos lembrar de que consumimos cerca de um quilo de alimentos por dia, mas sobrevivemos até cinco semanas sem eles. Bebemos cerca de dois litros de água diariamente e sem ela dificilmente viveríamos mais do que cinco dias. Agora o quanto eu dependo do ar?”.

Ela explica que respiramos cerca de 10.000 litros de ar por dia e não podemos ficar cinco minutos sem ele, “então assegurar um ar de qualidade é a meta da Sollaren”, completa.

Proin
O Proin existe desde 2011 e em 2018 passou a ser vinculado ao Centro de Empreendedorismo, Tecnologia e Inovação da Universidade Estadual de Goiás (Inova Centro). O Programa oferece infraestrutura para funcionamento e um conjunto de suportes operacionais, administrativos, estratégicos e tecnológicos, para a incubação de empresas e projetos.

Para a Sollaren, o processo de incubação auxiliou no amadurecimento de ideias e negócios, além da validação da viabilidade técnica, mercadológica e econômica da empresa. “Encontramos na incubadora um ambiente propício ao desenvolvimento de novos negócios e inovação como diferencial mercadológico”, explica Kelly.

“A UEG está sendo de grande importância para a Sollaren, à medida que disponibiliza um conjunto de suportes para os nossos projetos, contribuem para a manutenção de um ambiente de inovação e a interação entre pesquisa e ações empreendedoras”, destaca a diretora. Ela ainda reitera que a Universidade proporciona elementos estimulantes para a viabilização, operacionalização e desenvolvimento da empresa.

Fonte: Comunicação Setorial da UEG (Texto de Núbia Rodrigues)