Comitê da Mulher da Fapeg promove palestra no Dia Internacional da Mulher

PalestraEm comemoração ao 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, o Comitê Permanente para Questões da Mulher e da Diversidade, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) promoveu, nesta segunda-feira, a palestra “Mulheres: avante, à frente, apesar de tudo” com a psicóloga Christine Ramos Rocha. O encontro aconteceu entre os servidores da Fundação através da plataforma Zoom.

Representando o presidente da Fapeg, Robson Vieira, o diretor científico e de inovação, Marcos Arriel, abriu a palestra enfatizando a importância da criação do Comitê da Mulher da Fapeg, em 2019, para promover eventos que estimulam reflexões importantes sobre a mulher em sociedade.

Arriel agradeceu a contribuição de todas as servidoras da instituição e reforçou que, apesar da data também ser um dia para celebração de conquistas políticas e sociais para as mulheres, ainda há muito a ser conquistado.

A palestrante Christine Ramos Rocha é psicóloga pela PUC Goiás e atua nas áreas clínica, social e jurídica. É Conselheira Vice-presidente do Conselho Regional de Psicologia de Goiás. Atualmente preside a Comissão Especial de Psicologia na Assistência Social e Comissão Especial de Discentes em Psicologia e integra a Comissão Especial de Psicologia Escolar e Educacional, a Comissão Especial de Psicologia Jurídica e a Comissão Permanente de Orientação e Ética.

Christine também é Conselheira Presidente do Conselho Municipal de Assistência Social de Aparecida de Goiânia e Coordenadora da Rede de Proteção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente de Aparecida de Goiânia.

Christine iniciou o encontro convidando as participantes a se colocarem entre as pessoas mais importantes da sua própria vida, reconhecendo o valor da sua trajetória e dos seus diferentes papéis nas relações profissionais, sociais e familiares.

Palestra“A maneira como nós mulheres nos olhamos é aprendida e está relacionada à nossa vivência em sociedade. Algumas formas de pensamento sobre nós mudam de acordo com a avaliação do outro e às vezes ao ‘fazer as coisas como mulher’ é atribuído um sentido pejorativo. Temos que parar e repensar falas, pensamentos e atitudes constantemente”, destacou a psicóloga.

A palestrante trouxe exemplos algumas personalidades públicas femininas, entre elas a psiquiatra brasileira Nise da Silveira e a escritora, Carolina Maria de Jesus, contemporânea de Clarice Lispector, reconhecida no mundo inteiro mas que só recentemente recebeu uma premiação e notoriedade póstuma no Brasil. Questionou o que essas mulheres tinham em comum e porquê não vemos mulheres envolvidas em atos terroristas.

“Às mulheres foram historicamente atribuídos o olhar humano, maternal, de cuidado, de afeto e de abdicação das próprias vidas pelo bem do outro. Essas mulheres notórias se destacaram quando estavam fazendo apenas aquilo que sentiam que precisavam, inclusive por terem sido silenciadas e sentirem o incômodo de serem violentadas e injustiçadas. Como diz a frase ‘toda revolução parece impossível até que se torne inevitável’, apontou Chistine.

A psicóloga encerrou suas colocações alertando que é preciso fazer valer a importância das questões que não ficam só no dia 8 de março e que essa pausa no horário de trabalho para refletir é fundamental.

“Para além das comemorações, não podemos perder de vista que o 8 de março é um dia de luta para as mulheres que vieram antes de nós e para as que virão depois de nós. Trago aqui o recorte da interseccionalidade pelo olhar de Ângela Davis, que diz que quando uma mulher negra se levanta, toda a sociedade se levanta porque todos os outros lugares – do homem branco e da mulher branca- já foram reconhecidos. É preciso considerar as divergências do próprio feminismo, que deve olhar para todas as mulheres, e garantir direitos para mulheres considerando que os direitos dos homens já estão reconhecidos”, concluiu.

Assessoria de Comunicação da Fapeg

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