Aberto nesta quinta-feira, dia 5, em Goiânia, o I Simpósio de Cultivo de Cannabis Sativa para Uso Medicinal no Cerrado: Potencialidades e Perspectivas. O evento, realizado pela Universidade Federal de Goiás (UFG) em parceria com a Associação Goiana de Apoio e Pesquisa à Cannabis Medicinal (Agape) tem como objetivo promover a divulgação sobre a produção e potencialidades da Cannabis para uso medicinal. O Simpósio foi aberto no auditório do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, pela professora da UFG Abadia dos Reis Nascimento, uma das coordenadoras do evento, e em seguida falou o presidente da Agape, Yuri Bem-Hur Tejota, sobre questões históricas, jurídicas e sociais da Cannabis. O vice-governador Lincoln Tejota também participou da solenidade.

O evento, que conta com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), tem atividades nos dias 5 e 6 no Tribunal de Contas do Estado de Goiás e, no dia 7, serão oferecidas oficinas voltadas para plantas em geral na Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás, no Campus Samambaia. Professores, alunos, pesquisadores, médicos, trabalhadores da área da Saúde, organizações sociais e toda a comunidade interessada no assunto vão participar de palestras e debates sobre Sistema endocanabinoide e aplicações clínicas atuais; Cenário da Cannabis para uso medicinal no mundo; Aspectos agronômicos e biológicos da Cannabis; Cannabis para uso medicinal; Potencial do cultivo da Cannabis medicinal no Cerrado em ambiente aberto e protegido; Visão empresarial e desenvolvimento de produtos a partir dos derivados da Cannabis sativa.

Anvisa libera venda de remédio à base de Cannabis no Brasil
Na última terça-feira, dia 3, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou uma resolução que autoriza o registro e a venda de remédios à base da Cannabis em farmácias no Brasil mediante apresentação de receita médica, porém rejeitou outra resolução que aguardava aprovação sobre o cultivo da maconha para fins medicinais no Brasil. Com a decisão, os fabricantes que desejarem entrar no mercado precisarão importar o extrato da planta. A regulamentação entra em vigor 90 dias após a publicação da decisão no Diário Oficial da União.

Segundo a professora Abadia dos Reis, é muito importante se pensar na liberação do plantio da cannabis no Brasil que possui clima e solo propícios para o plantio, com destaque para o bioma Cerrado. Para ela, a luta pelo plantio para fins terapêuticos e científicos deve continuar para possibilitar o desenvolvimento de novas pesquisas capazes de avaliar com mais precisão as propriedades terapêuticas da planta e suas variedades e características agronômicas e biológicas. As pesquisas com a substância têm foco para o tratamento de doenças como autismo, câncer entre outras. Cerca de 30 países cultivam atualmente a planta. Abadia dos Reis será também moderadora da mesa-redonda da tarde desta sexta-feira que discute sobre o Potencial do cultivo da Cannabis medicinal no Cerrado em ambiente aberto e protegido.

Apoio da Fapeg
O Simpósio conta com fomento da Fapeg por meio do edital de apoio à Realização de Eventos Científicos. Em sua fala, durante a solenidade de abertura, o diretor Científico e de Inovação, Marcos Arriel, ressaltou o compromisso da Fapeg no fomento à pesquisa científica, tecnológica e de inovação para o desenvolvimento do Estado de Goiás. “A Fapeg, ao fomentar a realização deste evento está cumprindo com seu papel de contribuir para a difusão do conhecimento científico”. O gerente de Inovação da Fapeg, Guilherme Resende, também participou do evento.

Arriel falou aos participantes sobre a política estadual de fomento à ciência, tecnologia e inovação da Fapeg seguindo as orientações do Governo de Goiás. Segundo ele, as linhas estratégicas para atuação nos quatro anos deste governo foram definidas junto ao Conselho Superior da Fapeg nas seguintes modalidades: 1- Pesquisas tecnológicas em áreas estratégicas em colaboração entre empresas e universidades, ou institutos de pesquisa sobre temas estratégicos para o desenvolvimento do Estado de Goiás; 2- Pesquisa para avanço científico e tecnológico que apoia pesquisa básica e aplicada de longo prazo que contemplem auxílio à pesquisa e bolsas; 3- Formação de recursos humanos para C&T por meio da concessão de bolsas regulares para graduação e pós-graduação nas diversas modalidades; 4- Inovação com o objetivo de acelerar e fortalecer a inovação tecnológica por meio de subvenção econômica às incubadoras e startups qualificadas; 5 Difusão científica e Tecnológica para garantir tanto a visibilidade da pesquisa quanto da inovação desenvolvida no Estado, por meio da difusão e popularização da CT&I, e da participação de pesquisadores em eventos de alta relevância, nacional e internacional.

Assessoria de Comunicação Social da Fapeg