Em parceria com Reino Unido, Brasil terá centro de inovação em construção civil
A parceria entre Brasil e Reino Unido para construção do Parque de Inovação e Sustentabilidade do Ambiente Construído (Pisac) foi tema de encontro entre o secretário-executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Elton Zacarias, e o diretor-executivo do grupo britânico Building Research Establishment (BRE), Peter Bonfield, na terça-feira (13). Fundada em 1921 como instituição governamental, a BRE atua hoje como organização privada na elaboração de códigos e regulamentos de construção civil.
O parque tecnológico, que será instalado no campus Gama da Universidade de Brasília (UnB), será criado para o desenvolvimento de produtos e processos inovadores na área da construção civil, que contribuam para a sustentabilidade ambiental e econômica de empreendimentos. O projeto é coordenado pelo Laboratório do Ambiente Construído, Inclusão e Sustentabilidade (Lacis) da UnB e pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Por meio da Finep, o MCTIC já investiu R$ 8 milhões na fase inicial do projeto.
“Ações desse tipo, de pesquisa tecnológica e inovação no setor de construção, são muito importantes, ainda mais quando se tem um governo que investe tanto em moradia popular, em programas como o Minha Casa, Minha Vida, com recursos do orçamento da União”, disse o secretário.
Parque Tecnológico
A planta conta com quatro blocos principais e estruturas auxiliares. Nesse ambiente, soluções para a cadeia produtiva da indústria da construção serão testadas, desenvolvidas e monitoradas. “O objetivo é elevar o desempenho ambiental, a produtividade e a qualidade da indústria e de seus produtos,” afirmou a diretora do Centro de Excelência BRE/UnB, Raquel Blumenschein. “Temos dez terrenos onde estamos desenvolvendo protótipos em parceria com o setor produtivo e a academia.”
Segundo a diretora, mais de 340 profissionais já estão envolvidos no desenvolvimento de protótipos.
Além disso, as atividades do Pisac visam integrar pesquisa, mercado e poder público, para subsidiar o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas, oferecer uma plataforma de colaboração transnacional para a criação de soluções e democratizar as tecnologias existentes.
“O impacto dentro da Universidade de Brasília tem sido muito grande”, acrescentou Raquel. “Podemos demonstrar como trabalhar com o setor produtivo e o setor público no desenvolvimento de soluções de cadeias produtivas.”
Atualmente, já existem seis centros como o Pisac na China, Estados Unidos, Europa e Chile.
Fonte: MCTIC