Fundo Newton anuncia 700 mil libras em financiamento para pesquisas contra o vírus zika no Brasil

O Fundo Newton anunciou na última quarta-feira, dia 13, 700 mil libras em financiamento para pesquisas sobre o vírus zika no Brasil. O anúncio foi feito pelo conselheiro chefe para Assuntos Científicos do Governo Britânico, Mark Walport, em reunião no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O evento contou com a participação da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

“Ainda não há uma data prevista para lançar o edital, mas existe uma urgência muito grande. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação tem um papel crucial de nos orientar na área de ciência e inovação e de nos ajudar a encontrar a melhor maneira de realizar essa parceria na área de zika”, disse o gerente do Fundo no Brasil, Diego Arruda.

Segundo a chefe substituta da Assessoria de Assuntos Internacionais (Assin) do MCTI, Ana Lúcia Stival, no ano passado, a pasta assinou um acordo com o governo britânico para criação do grupo consultivo do Fundo Newton.
“O objetivo da reunião foi fazer um balanço das ações em andamento e planejar novas ações e áreas prioritárias de atuação conjunta entre os dois países, como mudanças climáticas e mitigação do aquecimento global, doenças negligenciadas e emergentes, e inovação. O Fundo continuará atuando no Brasil até 2020”, explicou.

Para o diretor de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde do CNPq, Marcelo Marcos Morales, a cooperação com o Fundo Newton inclui o projeto Reflora, de repatriamento das informações sobre a flora brasileira que estão depositadas nos museus britânicos. “Estamos repatriando todas essas informações para o museu virtual da flora brasileira no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, e são milhões de imagens”, destacou.

Na reunião, o presidente da Finep, Wanderley de Souza, defendeu que a cooperação com o fundo britânico avance para o lançamento de um edital para pesquisas. “A Finep trabalha em todas as áreas de inovação, como por exemplo, energia renováveis, agricultura, indústria farmacêutica. O que vamos fazer agora é identificar algumas áreas focais, como a sugestão de energia renováveis, que o lado britânico colocou na reunião e já é um primeiro foco”, disse.

Parceria
Já o diretor de cooperação internacional do Confap, Mario Neto Borges, lembrou o lançamento de um grande edital, em 2014, que contou com a participação de 19 Fundações de Apoio à Pesquisa (FAPs), sendo que 15 delas tiveram projetos financiados. “Tivemos 317 propostas e financiamos 71. Foi um sucesso absoluto”, comemorou, acrescentando que, no ano passado, três editais foram preparados em parceria com o Medical Research Council, Economic Social Research Council e Biotechnology and Biological Research Council. “Tudo isso soma programas que ultrapassam 25 milhões de libras, o que é um recurso expressivo”.

O diretor do Confap ressaltou, ainda, que o objetivo agora é fazer cooperação na área de meio ambiente, baixo carbono e energias renováveis. “Queremos trabalhar junto com Natural Environment Research Council e também na área de inovação com o Innovate Uk, que é outro pilar do programa do fundo Newton”, finalizou.

O Fundo Newton é uma iniciativa do governo britânico para promover o desenvolvimento social e econômico de 15 países por meio de pesquisa, ciência e tecnologia em capacitação, colaboração em pesquisas sobre desenvolvimento e transferência de conhecimento para criação de soluções colaborativas. No Brasil, o Fundo Newton é coordenado pela Rede Britânica de Ciência e Inovação que tem o objetivo de estimular a colaboração científica e tecnológica entre os dois países.

Fonte: Ascom MCTI e Confap.

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo