Recursos para CTI e ações emergenciais são pautas da abertura do Fórum do Confap, em Brasília

Solenidade de abertura do Fórum do Confap, em Brasília.
Solenidade de abertura do Fórum do Confap, em Brasília, com a participação do ministro do MCTI, Celso Pansera. Foto: Ascom Fapeg.

Presidentes das Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) de todo o Brasil estão reunidos em Brasília (DF), na sede da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), para discutir questões relacionadas à gestão de recursos para o fomento à ciência, tecnologia e inovação no País. Eles participam da 1ª reunião do ano, no Fórum do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), realizado nestas quinta e sexta-feiras, 10 e 11 de março.

A solenidade de abertura, desta quinta-feira, contou com a presença do ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera; governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg; deputado federal, Sibá Machado; deputado distrital, Wasny de Roure – homenageado durante a abertura por sua longa trajetória em prol da CTI; presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal e anfitriã do evento, Ivone Rezende Diniz; presidente do Confap, Sergio Gargione; e vice-presidente do Confap e presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás, Maria Zaira Turchi.

De acordo com o ministro Celso Pansera, após a sanção da Lei nº 13.243/2016, que dispõe sobre o Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação, o Ministério tem buscado trabalhar a regulamentação dessa norma. “Tenho andado pelo País e vejo que muitas instituições estão começando a dar passos no sentido de usar a nova lei, ainda não regulamentada. Queremos colocar as linhas gerais da proposta para a sociedade brasileira até março para que possamos resolver isso em tempo mais curto possível”, salienta.

Pansera também comentou sobre a possibilidade de um empréstimo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), no valor de crédito de 2 bilhões de dólares. “Isso nos daria condições de injetar oxigênio no setor nos próximos quatro anos. Estamos tentando trabalhar com estratégias nacionais para que a nossa ciência mantenha a vitalidade que adquiriu nos últimos anos”, reforça. O ministro citou ainda a questão do Zika vírus e afirmou que o Ministério está estruturando junto à Casa Civil uma estratégia clara para o enfrentamento ao mosquito e à doença. “Algumas FAPs já avançaram significativamente nessa questão, mas estamos montando um pacote de investimentos para pesquisas junto com a Casa Civil da Presidência da República, Capes e Ministério da Saúde, que deverá ser apresentado em breve”, complementa.

O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, ressaltou que não há dúvidas de que o caminho para buscar soluções é através dos investimentos em ciência, tecnologia e inovação. “Apesar de todas as dificuldades financeiras que nós herdamos, nós fizemos questão de honrar com todos os nossos compromissos com ciência, tecnologia e inovação. Ao longo de 2015, a FAP teve um papel importante, seja no estímulo à pesquisa básica, ao estímulo inovação industrial, bolsas de pesquisa, iniciação científica, mestrado e doutorado, além de investimento em feiras de ciências nas escolas, parque tecnológico e parcerias com agências de fomento nacional e internacional”, detalha.

Ainda na solenidade de abertura, o diretor de Avaliação da Capes, Arlindo Philippi Jr, ressaltou que o Fórum Nacional do Confap pode “contribuir para o enfrentamento de circunstâncias que fragilizam determinados entes do SNCT”, por meio de esforços conjuntos de MCTI, FAPs e Ministério da Educação (MEC). Já o deputado Sibá Machado defendeu a retomada do texto aprovado por unanimidade no Congresso Nacional para o Marco em CTI, com a derrubada dos vetos feitos pela presidente Dilma Roussef quando da sanção da lei, em janeiro.

Presidentes das Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) reunidos na sede da Capes, em Brasília.
Presidentes das Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs), reunidos na sede da Capes, em Brasília (DF). Foto: Ascom Fapeg.

Protocolo
Após a solenidade de abertura, também foi realizada palestra sobre o Decreto de Regulamentação da Lei de Inovação, com a secretária executiva do MCTI, Emília Curi. ” A ciência precisa de união no setor e o Confap e as FAPS são fundamentais para esse processo. Com o novo marco, estamos reforçando uma parceria que não se acaba, ela se renova e se estende. E vamos colocar o documento aberto diante de todos em consulta pública para determinar as nossas ações”, acrescenta.

Em sequência, o debate se estendeu com questionamentos sobre a questão do Zika vírus e da possibilidade de novos editais conjuntos. O presidente do Confap, Sergio Gargioni, e o diretor de Avaliação da Capes, Arlindo Philippi Jr, também assinaram protocolo de cooperação – negociado com ampla participação da vice-presidente do Confap e presidente da Fapeg, Zaira Turchi – que sinalizam para a elaboração de dois editais: reuso de água nos centros urbanos, envolvendo a totalidade das FAPs; e água no semiárido brasileiro, com previsão de lançamento ainda neste semestre.

Assessoria de Comunicação Social da Fapeg, com informações da Coordenadoria de Comunicação do Confap e do MCTI.

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo