Fapeg propõe Agenda 2030 em última reunião anual do Consup

Última reunião do Consup do ano de 2021A proposta foi apresentada durante a última reunião anual do Consup realizada na quarta-feira, dia 15. A ideia é elaborar uma agenda guia que tenha legitimidade para que as ações de ciência, tecnologia e inovação a serem definidas não sofram descontinuidade nos próximos sete anos. A Agenda deve começar a ser elaborada junto com o Consup a partir de 2022 para que comece a valer de 2023 a 2030.

A quarta e última reunião ordinária do Conselho Superior (Consup) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) de 2021 aconteceu na manhã desta quarta-feira, dia 15, mais uma vez de forma remota. O encontro fechou os trabalhos anuais discutindo uma pauta que envolveu estratégias de fomento para o próximo ano e a proposta de construção da Agenda 2030 para ser instituída a partir do ano de 2023 e executada até 2030, como um guia de propostas consistentes para atuação da Fapeg para o fortalecimento da ciência, tecnologia e inovação em Goiás.

Também foram realizadas discussões sobre os editais planejados para 2022 e outros assuntos como apresentação dos resultados dos prêmios do Confap, de CT&I Professor Francisco Romeu Landi, que premiou pesquisadores que se destacaram em suas pesquisas; e o de Boas Práticas em Fomento à CT&I 2021, no qual a Fapeg conquistou o primeiro lugar na categoria Gestão e Desenvolvimento Organizacional com a proposta Programa de Compliance Público do Poder Executivo do Estado de Goiás; e ficou em terceiro lugar na categoria Modernização Administrativa com a proposta Criação da Diretoria de Programas e Monitoramento.

Durante a reunião, também foi aprovada a nova instrução normativa instituída pela Fapeg para regulamentar a destinação e a titularidade dos bens gerados ou adquiridos no âmbito de projetos de ciência, tecnologia e inovação fomentados com recursos da Fapeg. O novo regramento foi explicado pelo diretor de Programas e Monitoramento, Vanderlei Cassiano.

A reunião foi conduzida pelo presidente da Fapeg, que também é presidente do Consup, Robson Vieira e contou com as presenças dos membros do Conselho e dos diretores da Fapeg, Marcos Arriel, Científico e de Inovação, e Vanderlei Cassiano, de Programas e Monitoramento, e do chefe de Gabinete da Fundação, Diogo Mochcovitch.

2021, ainda foi um ano atípico, em que a pandemia de covid-19 continuava a exigir esforços de toda a sociedade, em que os cortes nos orçamentos pelo governo federal se intensificaram na área da ciência, em que os índices de crescimento da economia despencavam, em que a sociedade via seus direitos básicos sendo retirados. Neste contexto, a direção da Fapeg construiu parcerias, lançou editais que direta ou indiretamente estão contribuindo para reduzir os impactos socioeconômicos que a crise sanitária provocou, firmou convênios e reorganizou o orçamento. O Consup teve papel preponderante nesta reformulação de ações prioritárias junto à direção da Fapeg.

Robson Vieira lembrou ainda sobre a questão financeira. “Passamos por um desafio muito grande nesses últimos três anos na parte de orçamento e ainda estamos passando, mas estamos em uma vertente crescente de trabalharmos com valores acima dos aprovados na Lei Orçamentária Anual, a LOA”.

O presidente da Fapeg agradeceu a presença dos conselheiros na última reunião do ano. A proposta de uma Agenda 2030, segundo ele, “será uma agenda de sete anos, com fomentos mais estruturados para que a gente possa implementar mudanças. A gente acredita que fomento e ciência, tecnologia e inovação não se fazem a curto prazo, então estamos propondo uma agenda para que a gente tenha um caminho bem estabelecido e legitimado e com isso a gente consiga alcançar metas traçadas em termos de indicadores e desenvolvimento para o nosso ecossistema”.

A Agenda deve ser construída baseada em indicadores, vocações regionais, regionalização, focada em problemas concretos e orientada para resultados tendo a ciência como o principal ator para resolver os grandes problemas. A meta é promover o crescimento expressivo da comunidade CT&I, alcançar crescimento real dos indicadores e promover estabilidade nos valores e gestão do fomento.

Editais planejados

O diretor Científico e de Inovação, Marcos Arriel, apresentou aos conselheiros os editais planejados para 2022 e a meta de manter a consistência no fomento e a regularidade anual com o lançamento da chamada pública de Bolsas de Formação, ainda em janeiro, com o objetivo de fomentar a formação de recursos humanos qualificados e fortalecer os PPGSS do Estado recomendados pela Capes, mediante a concessão de bolsas a alunos de mestrado e doutorado.

Outro edital planejado é de Auxílio Pesquisa, para selecionar e fomentar projetos de pesquisa a serem desenvolvidos sob a responsabilidade de um pesquisador responsável, com vínculo empregatício com a instituição de pesquisa no Estado. Arriel destacou ainda o lançamento de uma chamada temática: “Goiás 300 anos”, que terá como objetivo selecionar propostas para apoio financeiro de projetos visando incentivar a pesquisa em acervos a produção de trabalhos originais, promovendo a melhoria da educação científica e as comemorações do tricentenário do estado de Goiás.

O presidente da Fapeg afirma que pretende “manter cerca de três ou quatro programas de forma regular e consistente para que a comunidade científica possa contar sempre com recursos perenes para desenvolver suas pesquisas e inovações. Acho que isso é o mínimo que uma fundação tem que ter e tem que prover para a comunidade”. Vieira ressaltou que a Fapeg vai continuar trabalhando com áreas prioritárias, na descentralização de projetos estruturantes para o interior e que retenção de talentos no Estado é um desafio desde o início de sua gestão.

 

Por meio de convênio ad referendum, o presidente da Fapeg apresentou o projeto de criação do Centro de Excelência em Bioinsumos (CEBIO) que terá como objetivo desenvolver novas tecnologias e consolidar e garantir a segurança do uso de bioinsumos para o controle de doenças, pragas e na indução do crescimento. As 13 primeiras biofábricas começam a ser implantadas já no início de 2022. O Centro terá foco em duas vertentes: ter unidades de transferência tecnológica do bioinsumo para o produtor e ter as unidades de referência onde serão realizadas a pesquisa e a inovação em bioinsumos com três grandes temáticas Doenças em plantas, Controle biológico de pragas e Crescimento e desenvolvimento de plantas”, explicou o presidente da Fapeg. As biofábricas serão ligadas a instituições públicas de ensino e pesquisa. A Fapeg e parceiros obtiveram junto à Secretaria da Economia, a destinação de R$ 8 milhões que já começam a ser aplicados na aquisição das biofábricas.

Ainda dentro das estratégias, o presidente da Fapeg colocou em pauta a necessidade de mudanças culturais, entre elas a busca pelo profissionalismo de uma gestão baseada em dados gerados e compartilhados com a sociedade, com a construção de ferramentas confiáveis que gerem dados para a tomada de decisões e construção de uma política pública de fomento à ciência, tecnologia e inovação, integração dos dados da Fundação e disponibilidade e confiabilidade desses dados.

O Consup

O Consup foi estabelecido pela mesma lei de criação da Fapeg, nº 15.472 de 12 de dezembro de 2005 como instância máxima de deliberações da Fundação. Além do presidente da Fundação, que também conduz os trabalhos do Consup, a entidade conta com 15 membros indicados entre representantes das instituições de pesquisa e de ensino superior, dos setores empresarial e do governo, que atuam de forma a contribuir para a orientação das políticas de fomento em prol do desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação no Estado de Goiás promovidas pela Fapeg.

Assessoria de Comunicação da Fapeg

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