Webinar discute ética e tecnologia

palestra ética e tecnologia diogo“Novos paradigmas éticos na tecnologia: desafios e oportunidades” foi o tema de um webinar proposto pela Secretaria de Desenvolvimento e Inovação (Sedi) como parte das ações do Programa de Compliance Público (PCP). O evento aconteceu na quinta-feira, dia 6, e teve como convidado o chefe de Gabinete da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), Diogo Mochcovitch. A palestra teve como público 127 servidores da Sedi e da Fapeg que participaram de discussões virtuais sobre o novo direcionamento ético diante dos desafios tecnológicos que estão surgindo.

Para Diogo Mochcovitch, que é doutor em Filosofia e pós-doutor em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), “os desafios são para os modelos de teorias éticas ditas clássicas e as oportunidades são novas formas de pensar abordagens distintas com o modelo atual da sociedade tecnológica”.

O palestrante fez uma contextualização da ética, explicando sobre ética e moral e colocando que “ética é o guarda-chuva que ampara os códigos morais.” Ele introduziu o tema abordando sobre as teorias éticas ditas clássicas (da virtude) até chegar à filosofia moderna (do cálculo moral, do dever e obrigações morais). Após isso, propôs um desafio às teorias apresentadas correlacionando tecnologia com o conceito de agência, isto é, a capacidade humana de intervir ou não no mundo, sobre o modelo de mundo tecnológico que vivemos, a integração com a tecnologia, as diferenças de paradigmas entre real X virtual e a atual realidade do online X offline.

Diogo Mochcovitch fez uma análise sobre a tecnologia no mercado de trabalho atualmente, com a automação no setor produtivo, Internet das Coisas, Inteligência Artificial e Big Data, principalmente sobre a questão dos algoritmos. Explicou como a Fapeg está procurando cumprir o seu papel neste cenário de novos formatos e automações de empregos ao preparar editais de inovação e empreendedorismo com direcionamento ético diante das novas mudanças que estão por vir.

“Tendo os seres humanos sido superados pela tecnologia em muitas tarefas, e nos tornando cada vez mais dependentes dela, o modelo de ética precisa ser menos universal, menos imperativo e mais empático, visualizado no caso a caso, buscando as ferramentas cada vez mais socioemocionais, para responder aos dilemas que se apresentam hoje”, acredita o palestrante. Para ele, “nossa própria educação está interligada com os modelos de éticas apresentados e assim como as mudanças na educação, temos que mudar o modelo de Ética”, diz o palestrante.

“Quanto menos achar que sabemos o que fazemos porque lemos em um manual ou porque alguém disse que é errado, e procurarmos entender o outro, praticar a virtude, buscando a excelência, mais fácil será criarmos soluções para essa temporada tecnológica que apenas iniciou. Procurar a virtude, sem estabelecer que todas as respostas estão em um manual de regras rígidas parece ser uma tendência que remonta à própria teoria das virtudes, de Aristóteles”, conclui Diogo Mochcovitch.

O Programa de Compliance Público do Governo de Goiás é composto por quatro eixos prioritários: a ética, a transparência, a responsabilização e a gestão de riscos no setor público.

Assessoria de Comunicação da Fapeg

 

 

 

 

 

 

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