Um complexo de grupos de desenvolvimento de novas tecnologias no setor farmacêutico em Goiás foi inaugurado nesta quinta-feira (17). Trata-se do LIFE – Laboratórios Integrados para Inovação em Ciências Farmacêuticas, da Universidade Federal de Goiás (UFG). O complexo reúne o Farmatec (Laboratório de tecnologia e nanotecnologia farmacêutica), iBIOM (Laboratório de Inovação em biomateriais), ToxIn e cNanoMed (Centro de Pesquisa Integrada em Nanomedicina), com o objetivo de inserir a universidade no cenário nacional com pesquisas relevantes e contribuições positivas para toda a sociedade.

A inauguração faz parte das comemorações dos 60 anos da UFG e contou com as presenças do reitor da UFG, Edward Madureira; da vice-reitora, Sandramara Chaves; do pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UFG, Jesiel Carvalho; da diretora de Cooperação Institucional do CNPq, Maria Zaira Turchi; da coordenadora da Farmatec, Eliana Martins Lima; da diretora da Faculdade de Farmácia, Telma Alves Garcia; entre outras autoridades. Da Fapeg, o diretor Científico e de Inovação, Marcos Arriel, esteve presente representando o presidente da Fundação, Robson Domingos Vieira.

O novo prédio, localizado no Câmpus Samambaia, tem área de mais de 2 mil metros quadrados e custou mais de R$9 milhões, recursos obtidos com Ministério da Ciência e Tecnologia, por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG).

Farmatec

O FarmaTec – Centro de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação em Fármacos, Medicamentos e Cosméticos – é o resultado de mais de duas décadas de trabalhos na área de P&D de produtos farmacêuticos, associado a uma infraestrutura completa de pesquisa na área que viabiliza desde ensaios de baixa complexidade até protocolos de estudos clínicos, compreendendo toda a cadeia de desenvolvimento de produtos farmacêuticos.

A missão do laboratório é oferecer suporte em diversas técnicas e ensaios de baixa e alta complexidade na cadeia de desenvolvimento de produtos farmacêuticos. A coordenadora do Farmatec, professora Eliana Martins Lima, apresentou uma linha do tempo desde 1992, quando tiveram início as atividades de pesquisa em Tecnologia Farmacêutica na UFG. Ainda em 1999, ocupando uma área de 30 metros quadrados e contando apenas com quatro alunos para pesquisa, a professora buscou fomentos para viabilizar uma área maior e com mais recursos para a pesquisa farmacêutica.

Em 2001, o projeto foi aprovado pela Finep e de lá para cá novos fomentos foram conquistados, entre eles, da Fapeg. Eliana agradeceu a Fundação, que em 2018 viabilizou, por meio de um convênio, a transferência de recursos que contribuíram para a construção do Farmatec. Emocionada e orgulhosa dos números já conquistados, ela ressaltou que os pesquisadores deste centro já tiveram mais de 400 artigos científicos publicados em periódicos internacionais, e contribuiu para a formação de 110 mestres e 65 doutores.

O diretor Científico e de Inovação da Fapeg, Marcos Arriel, afirmou que, além das bolsas de formação e o acordo de 2018 no valor de R$2,7mi, em breve, terão outras oportunidades para a Fundação continuar contribuindo para o desenvolvimento de pesquisas na área farmacêutica. “A Fapeg vem fazendo parte da história deste Centro e há espaço para novos acordos”. Arriel aproveitou para parabenizar a UFG pelos seus 60 anos, que contribui para a formação de recursos humanos altamente qualificados para o estado de Goiás.

Para a diretora da Faculdade de Farmácia, Telma Alves Garcia, este centro é multiusuário e multidisciplinar, e “não poderia ser feito sem a integração de várias mãos”. Para Zaira Turchi, do CNPq, esta nova obra vai contribuir para a ciência em todo o estado.

O pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UFG, Jesiel Carvalho, ressaltou a relevância de a universidade estar inaugurando agora em seus 60 anos tantos projetos, mesmo em um momento tão difícil para o país. O reitor da UFG, Edward Madureira destacou que os pesquisadores da universidade conseguem hoje captar valores maiores até do que o custeio da instituição, o que mostra a relevância de nossa pesquisa. No entanto, afirma que nada disso seria possível sem as agências de fomento: Finep, Fapeg, Capes, CNPq. “Temos massa crítica que pode mudar a realidade de Goiás e capacidade muito maior do que os recursos oferecidos hoje pelas agências”, ressaltou.

Assessoria de Comunicação da Fapeg