Uma manhã de homenagens, agradecimentos e reconhecimentos marcou nesta quinta-feira (17), a solenidade de inauguração do Centro Multiusuário de Pesquisa de Bioinsumos e Tecnologias em Saúde (CMBiotecs) do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP), da Universidade Federal de Goiás (UFG). A inauguração faz parte das programações do aniversário de 60 anos da Universidade.

Localizado no Câmpus Colemar Natal e Silva, Setor Universitário, os quatro pavimentos do Centro, construídos em uma área de 1500 m², vão abrigar diversos laboratórios de pesquisas nas áreas de bioinformática, bioquímica, biologia molecular, vacinas e biotecnologia. O CMBiotecs recebeu investimentos da ordem de R$ 3.200.205,10, sendo R$ 2.494.621,35 provenientes da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e R$ 707.583,75 da UFG, além de um aporte de R$ 1,2 milhão para equipamentos feito pela Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape).

Uma apresentação cultural feita pelo professor do IPTSP Jonathas Xavier abriu a solenidade. A mesa diretiva foi composta pelo reitor da UFG, Edward Madureira, a vice-reitora, Sandramara Matias Chaves, o pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UFG, Jesiel Freitas, o diretor do IPTSP, José Clecildo Barreto Bezerra, o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), Robson Domingos Vieira, o diretor executivo da Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape) e ex-reitor da UFG, Orlando Afonso Valle Amaral, a ex-diretora do IPTSP, Flávia Aparecida de Oliveira, a técnica administrativa do IPTSP, Elaine Jacob da Silva Carmo, e a vice-presidente do Centro Acadêmico de Biotecnologia e representante dos discentes, Ana Carolina de Oliveira Carvalho.

Representando os discentes, Ana Carolina Carvalho destacou que “a inauguração do novo prédio vai proporcionar aos estudantes da graduação em Biotecnologia e futuros empresários e aos egressos, uma estrutura adequada para o desenvolvimento acadêmico e de pesquisas científicas inovadoras tendo como base e apoio profissionais e professores altamente qualificados. Eu fico extremamente honrada de estar representando os alunos, porque a inauguração do novo prédio é uma vitória e vai dar início à uma nova fase do IPTSP.”

Em nome dos colegas, a técnica-administrativa Elaine Jacob da Silva Carmo lembrou do tempo transcorrido entre a concepção do, inicialmente, Centro Integrado de Doenças Infecto Parasitárias e Produção de Bioinsumos (CIPDIPBIO), em 2012, e a inauguração do CMBiotecs. “Nestes anos de espera destaco três lições: Persistência para buscar alternativas e soluções para todos os desafios que foram surgindo; foco, sem ele o projeto poderia ter sido substituído por outro ou não ter sido concretizado; e coragem para continuar mesmo diante das adversidades. O compromisso da direção com esse modelo de laboratório é fundamental. Sem os servidores técnico-administrativos igualmente comprometidos é quase improvável que um laboratório multiusuário cumpra o seu propósito”, comentou.

O diretor executivo da Funape, Orlando Afonso Valle do Amaral falou da sua felicidade ao ver a obra inaugurada, cuja construção, segundo ele, foi uma verdadeira saga. “Hoje é dia de celebrar essa batalha coletiva, almejada e ansiada. Eu tenho certeza que essa obra significa muito para o IPTSP, para a UFG, para o Estado e para a interação com o setor produtivo. Parabéns a todos pela grande conquista!”

Governo e academia
O presidente da Fapeg, Robson Vieira, ressaltou em sua fala que inaugurações de um conjunto de obras tão significativas como as que marcaram as últimas duas semanas de comemorações do aniversário da UFG “só aumentam a responsabilidade da Fapeg”. “Como não se apaixonar por um Centro como esse aqui no IPTSP, que tem a formação, a pós-graduação e a inovação focada em entregar produtos para a sociedade?”, diz ele.

Vieira afirmou que a Fapeg, como agente de fomento, procura oferecer além do suporte emergencial, o apoio através de editais que fomentam e fortalecem a ciência e tecnologia no Estado, lembrando dos editais que aproximam o Governo da Ciência e que se encaixam na pós-graduação na área de saúde também. “Oferecemos editais que abrem caminhos para a captação de recursos das instituições em todas as áreas. Novas iniciativas serão lançadas em 2021 focadas em pesquisas e inovação”. “Não é fácil chegar a esse patamar de excelência alcançado aqui no IPTSP e esse grande centro não só fortalece a ciência, mas fortalece também o Estado”, finalizou sua fala. O diretor Científico e de Inovação da Fapeg, Marcos Arriel e o chefe de gabinete, Diogo Mochcovitch, também participaram da solenidade.

Já o diretor do IPTSP, José Clecildo destacou que a condição de multiusuário do Centro abre portas para a obtenção de novos financiamentos junto à Finep e para a captação de novas parcerias e projetos junto às unidades acadêmicas da UFG e outras instituições. “A ação multiusuária tem sido estabelecida na UFG nos últimos anos e é uma condição da Finep para novos financiamentos”, explicou.

“Atualmente, a palavra bioinsumos na época de covid-19 virou palavra-chave na saúde mundial e isso nos anima para estimular alunos na criação de biostartups e novas descobertas”, comentou o professor Clecildo. Falou ainda sobre o projeto recém-aprovado pela Fapeg de mais de R$ 700 mil de apoio ao combate à covid-19 e sobre as conversas que vêm sendo mantidas com a Merck Brasil, que está interessada em alguns produtos trabalhados nos laboratórios do Centro.

O pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UFG, Jesiel Freitas Carvalho, ressaltou ser um privilégio participar de uma obra dessa envergadura construída durante uma grande jornada que passou pela gestão de três reitores e três diretorias. “Será um centro multiusuário que vai associar a atividade de pesquisa de excelência em que o IPTSP se destaca, combinada com a transformação desse conhecimento científico em desenvolvimento tecnológico e inovação. É algo importante para o desenvolvimento do país e especialmente na área de saúde”, disse ele.

O reitor da UFG, Edward Madureira, comentou que “mesmo quando as condições são as mais adversas, a Universidade não para e está cada dia mais forte, destacando a importância da autonomia universitária como “um valor que é construído no coletivo e deixa a instituição extraordinariamente forte”. O reitor ressaltou ainda a importância da integração entre universidades e institutos federais. “A pandemia reforçou a importância de compartilhar infraestrutura, aulas, conteúdos, pesquisas, armazenamento de dados e para isso precisamos de atores que fazem com que essa integração se torne mais fácil. Aí temos a Fapeg que compreendeu isso e desempenha um papel fundamental”, declarou.

O reitor ainda enfatizou que “apesar de toda adversidade, a UFG não tem uma obra parada sequer e ainda está ousando iniciar algumas, fruto de projetos que são a única fonte que sobra para a gente hoje. Infelizmente o recurso para expansão não existe mais, mas mesmo assim a Universidade não para. A competência instalada aqui faz com que continuemos avançando”, conclui.

Ao final da solenidade a professora Flávia Aparecida de Oliveira, fez um discurso em homenagem aos ex-diretores do Instituto.

Assessoria de Comunicação da Fapeg