Definidas áreas prioritárias para investimento da Capes em Goiás

Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação irá destinar R$ 200 milhões em bolsas em todo o país

Nesta quarta-feira (8), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) reuniu pró-reitores de pós-graduação e pesquisa de instituições de ensino superior para aprimorar a proposta técnica a ser apresentada à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) dentro do Programa de Desenvolvimento Estratégico da Pós-Graduação dos Estados.

O encontro teve como objetivo chancelar as áreas prioritárias a que serão destinados os recursos pactuados pelo Programa, conforme protocolo de intenções assinados entre Capes e Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) em dezembro de 2019.

As áreas definidas pela Fapeg como prioritárias para a destinação dos recursos em Goiás foram Tecnologia da Informação, Energia/Mineração, Biotecnologia e Nanotecnologia, Biodiversidade, Alimentos, Economia Circular, Agronegócio, Fármaco e Saúde.

A escolha das áreas foi realizada a partir de discussões anteriores realizadas pelo conselho superior da Fapeg. “É fundamental alinharmos as áreas prioritárias e construirmos juntos a proposta da Capes para que realmente possamos levar a demanda de acordo com a necessidade e o potencial do Estado”, avaliou o presidente da Fapeg, Robson Vieira.

O acordo prevê a disponibilização de R$ 200 milhões para a concessão de 1.800 bolsas para cursos de mestrado e doutorado avaliados com notas 3 e 4 para todo o Brasil. O objetivo da Capes é fomentar a formação de recursos humanos de alto nível com vistas à redução das assimetrias regionais e à indução do desenvolvimento estratégico da pós-graduação, por meio da integração entre Governo, Pós-Graduação e Setor Privado, propiciando o desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação.

 

Para Goiás

O número de bolsas que serão destinadas a Goiás ainda não está definido. A Pró-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), Milca Severino Pereira, considerou que esse é um ponto importante a ser discutido com a Capes. “Precisamos apresentar uma proposta que priorize  os interesses de Goiás. O número de bolsas concedidas precisa atender as demandas do Estado”, avaliou.

A pró-reitora da PUC-GO considerou que é necessário definir alguns critérios que considerem a relevância dos projetos a serem contemplados com recursos do Programa. “Podemos ser vistos com mais seriedade pela Capes quando perceberem que as bolsas serão destinadas a projetos de impacto”, ponderou Milca Severiano.

Sandro Dutra, pró-Reitor de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Ação Comunitária da Uni-Evangélica, destacou que a proposta precisa considerar também a importância das bolsas para o fortalecimento e manutenção de programas de pós-graduação estratégicos para o Estado.

Dutra considerou ainda que o grupo precisa continuar trabalhando coletivamente, atuando de maneira estratégica em defesa da pós-graduação e da pesquisa do Estado. “Precisamos agir junto ao governo e pensar a pós-graduação no contexto macro para que a Fapeg possa continuar dando apoio ao que a Capes não contempla”, defendeu.

 

Próximos passos

Realizada em parceria com as universidades goianas, a definição das áreas prioritárias está inserida na etapa inicial do Programa de Desenvolvimento Estratégico da Pós-Graduação. A partir de agora, a Fapeg irá discutir a proposta com outras instâncias do Governo de Goiás e com o setor produtivo.

Até o final do mês de janeiro, deve ser elaborado um documento completo com as demandas do Estado. A proposta será apresentada e analisada pela Capes, que irá elaborar um plano de trabalho a ser executado em parceria com a Fapeg.

As bolsas a serem concedidas pelo Programa serão selecionadas por meio de edital de chamamento público, a ser publicado pela Fapeg.

 

Assessoria de Comunicação da Fapeg     

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