IF Goiano, IFG e UFG criam plataforma digital para produtores de hortifrutigranjeiros
Uma ideia na cabeça e 48 horas para criar uma solução que atenda a pequenos e médios produtores de Goiás do ramo de hortifrutigranjeiros. Foi assim que um grupo de estudantes do Campus Goiânia do Instituto Federal de Goiás (IFG), do Campus Trindade do Instituto Federal Goiano (IF Goiano) e da Universidade Federal de Goiás (UFG) criou a Tracking Coop, projeto que venceu o Hackathon Desafio AgroStartup na Campus Party Goiás e hoje é uma das startups que participa do programa de incubação Campo Lab, do sistema da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). A startup também está incubada no Estado.
A plataforma de comercialização cooperativa, que está em desenvolvimento, busca aproximar produtores hortifrutigranjeiros e comerciantes para que possam negociar diretamente na plataforma. “A iniciativa facilitará a comercialização da produção, pois permite que dois ou mais produtores ofereçam sua produção em conjunto para conseguirem maior poder de barganha”, explica o estudante do curso de Engenharia da Computação do Campus Trindade Henrique de Deus Cardoso, 18. Ele é um dos componentes do grupo de trabalho que desenvolveu o projeto na Campus Party.
A Tracking Coop também tem a vantagem de oferecer serviço de rastreabilidade aos produtos. “Por meio dela, o consumidor fica sabendo onde e quando foi produzido o alimento que consome, e quais os fertilizantes e demais substâncias foram utilizados no cultivo”, explica a estudante de Sistemas de Informação e servidora do Campus Goiânia do IFG Danielle Almeida – outra componente do grupo. A rastreabilidade de hortifrutigranjeiros é uma exigência instituída, em 2018, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O encontro de Danielle e Henrique só foi possível graças ao Desafio Hackathon AgroStartup na Campus Party Goiás, ocorrido em setembro, em Goiânia e que uniu a eles, também, Carlos Henrique Rodrigues Carvalho (aluno do curso de Gestão da Informação da UFG e funcionário do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás, ligado ao sistema Faeg/Senar) e Letícia Mendes Azevedo (estudante de Agronomia da UFG). Os quatro aceitaram o desafio de pensar soluções para promover a comercialização de produtos agropecuários durante o evento, aliando a expertise das áreas de Tecnologia da Informação e da Agronomia.
A ideia fez tanto sucesso que a equipe venceu em 1º lugar no Hackathon e faturou 10 mil reais para desenvolver a plataforma digital. O grupo conquistou também a oportunidade de participar do programa de incubação de startups focadas no agronegócio Campo Lab, que é desenvolvido pelo Sistema Faeg/Senar. A startup está em fase de validação, que consiste em registrar e buscar atender as demandas dos três principais públicos-alvo da plataforma digital, que são: produtores hortifrutigranjeiros, varejistas/supermercadistas e engenheiros agrônomos responsáveis pela emissão de laudos para rastreabilidade dos produtos hortifrutigranjeiros.
O objetivo é que as operações entre esses três perfis de usuários do sistema ocorram digitalmente, seja por meio de um site ou por meio de um aplicativo da Tracking Coop destinado a celulares smartphones. A equipe pensa em monetizar a plataforma, a partir da oferta de planos de assinatura mensal para a utilização do sistema pelos produtores, comerciantes e agrônomos.
Até o final do ano, o grupo precisa criar os protótipos de telas do sistema para apresentar aos usuários. A intenção é realizar testes iniciais do novo sistema e coletar as opiniões e sugestões de produtores, agrônomos e de varejistas sobre a plataforma. Posteriormente, será aplicado um projeto piloto junto a uma pequena produção de bananas na cidade de Itaguaru, no interior de Goiás, que é administrada pela família de Henrique, integrante da startup.
Outros frutos – Após a experiência na Campus Party, o estudante do Campus Trindade foi contratado por uma empresa para gerenciar um projeto e já empregou outros dois colegas. Ou seja: conseguiu emprego com carteira assinada, gerou mais empregos e está com a startup incubada. O exemplo de Henrique prova que estudar e saber aproveitar as oportunidades pode levá-lo aonde quiser – muitas vezes até antes do esperado.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Instituto Federal de Goiás (IFG) – Adaptada
Com informações da Ascom/Campus Trindade