O conselheiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) e ex-reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Edward Madureira, foi nomeado nesta quinta-feira (19) como secretário de Ciência e Tecnologia para a Inclusão Social, dentro do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A nomeação reforça o reconhecimento da UFG e de Goiás no cenário nacional. O professor terá agora a tarefa de trabalhar ainda mais pela difusão da ciência e tecnologia para toda a população brasileira, mas ele pretende manter algumas atividades na UFG. Confira a entrevista com ele publicada pelo Portal UFG.

Que caminhos o senhor percebe na Secretaria que assumirá?
Edward Madureira – Essa secretaria trata de Políticas de Inclusão Social e vejo oportunidades imensas. Outros ex-reitores já estiveram lá. A ciência e a tecnologia têm avançado e eu vejo duas grandes linhas de ações nessa Secretaria: fazer com que os avanços da tecnologia cheguem às pessoas em sua plenitude, pessoas de baixa renda, com dificuldades de acessibilidade e, por outro lado, fazer com que essas tecnologias façam com que essas pessoas avancem socialmente e economicamente. Muitas tecnologias podem facilitar atividades de nossa sociedade. É importante que o governo garanta que as pessoas tenham suas necessidades básicas atendidas, mas é importante que possamos garantir as portas de saída dos programas de governo. Há tecnologias que podem permitir essas portas de saída da condição de vulnerabilidade. Por intermédio da ciência e tecnologia temos oportunidades incríveis de trabalho para a inclusão. Na agricultura, por exemplo, temos diversas tecnologias que podem melhorar a renda do homem do campo. E isso é possível em diversas outras atividades.

Como a Secretaria se relaciona com as universidades?
Edward Madureira – Um aspecto que tem tudo a ver com a universidade é a divulgação da ciência. Esse trabalho de despertar no jovem o gosto pela ciência e tecnologia é uma das atividades da secretaria. Programas de incentivo para buscar o jovem na escola, por exemplo. E essa é uma grande oportunidade de trabalhar com as universidades, que junto com os institutos federais, possuem uma capilaridade muito grande no país. Trabalhar de forma articulada com esses entes é uma forma de promover ações ligadas a inclusão social. Essa secretaria também coordena a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Também existem vários convênios com prefeituras para a implantação de projetos de de inclusão digital.

Para a UFG o que significa essa indicação?
Edward Madureira – Vejo esse convite como reconhecimento da UFG no cenário nacional. A UFG assumiu um protagonismo forte dentro do sistema de universidades. Vejo esse convite como um marco pela nossa inclusão nas esferas de decisão do governo federal. Claro que minha participação na Associação Nacional dos Docentes das Instituições Nacionais de Ensino Superior (Andifes) também teve importância, mas o fato de um professor da UFG ser lembrado para um cargo como esse é muito importante, é o retrato do papel que a universidade desenvolve no meio acadêmico, no Estado e no país. E é também sinal de que Goiás está sendo convidado a participar desse projeto.

O senhor manterá atividades na UFG durante esse período?
Edward Madureira – Dependerá muito das atividades da Secretaria. Sei de outros secretários, também professores, que mantém atividades nas universidades. Um trabalho que gostaria de manter é a participação nas discussões da Comissão de Implantação do Parque Tecnológico do Câmpus Samambaia, coordenada pela Pró-reitoria de Pesquisa e Inovação (PRPI-UFG). É uma atividade que tem tudo a ver com o MCTI e, a medida do possível, quero acompanhar essas discussões, porque acredito muito que a interação da universidade com a sociedade, por meio de ações de ciência e tecnologia, contribui de forma decisiva para o desenvolvimento econômico e social.

Fonte : Ascom UFG.