Workshop discute criação de Consórcio Nacional em Educação e CT&I

workshop criação do Conecti
(Foto: Lucas Santos – CCS/CAPES)

Representantes do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e Scientific Electronic Library Online (SciELO) se reuniram, no último dia 30, em Brasília, no Workshop de Cocriação Conecti Brasil, para discutir o Consórcio Nacional em Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação.

Compondo o Conecti, estas agências e instituições pretendem criar um ecossistema multi-institucional para geração e disponibilização compartilhada de informações sobre Ciência, Tecnologia e Inovação de forma abrangente e sustentável para aumento da racionalidade e melhoria do processo de tomada de decisão estratégica alinhadas a iniciativas internacionais. A ideia é que seja criado um Repositório de Acesso Aberto Unificado para aumentar a interoperabilidade das informações da pesquisa brasileira. O Conecti Brasil deve ser lançado ainda este ano.

                                                                          O workshop

A proposta do workshop foi criar a visão de futuro do Consórcio Conecti e estabelecer os passos para se chegar lá. Foram constituídos grupos de trabalho para elaboração do projeto, construção do modelo de negócios com foco na sustentabilidade do consórcio e definição do plano de ação para a realização do projeto.

Representante do Confap no workshop, a assessora técnico-científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), Kedma Duarte, acredita que, com a integração e alinhamento das bases nacionais de CT&I aos padrões internacionais, o Conecti vai contribuir para tornar a pesquisa brasileira ainda mais visível.

Ela ressalta ainda a importância da integração das informações dos programas de Pós-Graduação com demais iniciativas de fomento à pesquisa científica e à inovação. “O consórcio vai proporcionar aos pesquisadores e dirigentes, resguardando a independência de cada instituição,  a tomada de decisão em políticas públicas científicas com vista ao crescimento da ciência brasileira rumo à ciência mundial”, aponta.

O Consórcio vai contribuir ainda com a popularização da ciência, pois os dados serão disponibilizados também ao cidadão que terá acesso às informações brasileiras diretamente na fonte, como por exemplo, quais pesquisas estão sendo feitas sobre determinada doença, quais cientistas estão desenvolvendo estas pesquisas, em quais instituições, em quais estados.

Plano de trabalho para o Conecti
Para traçar este mapa real de dados integrados da ciência, tecnologia e inovação, foi estabelecido um plano de ação que prevê a definição de identificadores únicos (instituições, pesquisas, publicações e do projeto de pesquisa); um estudo da infraestrutura de tecnologias da informação necessária; uma análise da legislação pertinente ao projeto que vai dar o respaldo e segurança jurídica para o consórcio para integração e acesso aos dados; uma proposta de um plano de comunicação com o pesquisador e autoridades envolvidas no projeto e; a elaboração de um plano de governança do consórcio.

Kedma Duarte explica que o Confap terá participação em quase todas as fases de construção do Consórcio Conecti. Um acordo entre RNP e Confap foi assinado durante o Fórum do Confap de Vitória, realizado em setembro, para a viabilização de um projeto que visa a facilitar a integração das informações do sistema brasileiro de Fundações de Amparo à Pesquisa (Faps),  denominado Confap Cris. Neste fórum, a convite do Confap, o professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Roberto Pacheco, um dos desenvolvedores da Plataforma Lattes para o CNPq apresentou uma  proposta para o Confap baseado no modelo europeu, o Euro Cris ( Current Research Information Systems). O Confap Cris parte do Projeto Sifaps, um sistema de indicadores idealizado em 2008 em direção a um projeto de integração completa, com dados obtidos diretamente das bases de dados das Faps e consolidados no repositório Confap Cris. Estes dados serão levados a um espaço de painel dinâmico para suporte estratégico à tomada de decisão do Confap. Um grupo de trabalho com representantes de cinco FAPs, dos Estados de Goiás (Fapeg), de São Paulo (Fapesp), de Minas Gerais (Fapemig), de Pernambuco (Facepe) e do Rio Grande do Sul (Fapergs) vai atuar junto à equipe do Programa Confap Cris e do Consórcio Conecti.

Segundo Roberto explicou durante o Fórum do Confap em Vitória, os pressupostos do programa Confap Cris envolvem a Internacionalização (ter por base múltiplas referências internacionais, por exemplo: Orcid, Eurocris e Vivo); Adoção Incremental, tanto no plano tecnológico como de governança; e participação das FAPs – o programa deve prever crescimento por adesão e de forma incremental. Ele explicou que o programa deve ser realizado em três fases –  protótipo, piloto e produto, envolvendo funcionalidades e tecnologias definitivas para acoplamento contínuo e incremental das FAPs no Confap Cris e com modelo de manutenção e operação para acoplamento das bases de dados das instituições do Consórcio Conecti.

Assessoria de Comunicação Social da Fapeg

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