Em Goiânia, Gracinha Caiado premia campeões da 3ª Copa Quilombola

Primeira-dama e coordenadora do Goiás Social assiste partidas finais no Estádio Olímpico Pedro Ludovico Teixeira, participa da festa dos vencedores e destaca valorização do esporte e cultura

Primeira-dama Gracinha Caiado acompanha final da Copa Quilombola, no Estádio Olímpico

Com festa do Baco Pari, de Posse, equipe campeã na categoria feminina, e do Vão do Moleque, de Cavalcante, vencedor na categoria masculina, a 3ª edição da Copa Quilombola chegou ao fim, neste sábado (21/09), em Goiânia. O Estádio Olímpico Pedro Ludovico Teixeira foi palco das decisões e os troféus foram entregues pela primeira-dama e coordenadora do Goiás Social, Gracinha Caiado.

A competição é organizada pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel), e integra o Goiás Social, com foco não somente no âmbito esportivo, mas também na valorização histórica e cultural das comunidades. “Todo mundo sabe da paixão que tenho pelos quilombolas, pela tradição que carregam, como o artesanato, os festejos, a dança. Ao lado desta Copa Quilombola, mantemos nossas ações de governo reforçadas com eles em diferentes áreas, como ocorre também com o Programa de Aquisição de Alimentos Quilombola (PAA Quilombola), que gera renda”, exemplificou Gracinha.

“O esporte é extremamente importante para esses jovens. A Copa Quilombola tem uma importância fundamental, não apenas como competição esportiva, mas também como forma de integração entre pessoas. Temos mais de 1,5 mil meninas e meninos na disputa, mostrando que ela, hoje, já é uma referência, faz parte do calendário esportivo do estado e, sem dúvida nenhuma, é exemplo para o Brasil de como podemos trabalhar com essas comunidades que existem em tantos cantos do nosso país”, completou a primeira-dama.

Ao todo, 54 times disputaram o torneio em cada categoria. Na fase final, Goiânia e Trindade foram sedes. Na chave feminina, o Baco Pari conquistou o título inédito ao derrotar na decisão a equipe João Borges Vieira, de Uruaçu, campeã de 2022, por 2 a 0. Ao lado deles, se destaca o Quilombo Vazante, de Divinópolis de Goiás, vencedor no ano passado. Já no masculino, o Vão do Moleque manteve a hegemonia e levou o tricampeonato ao bater o Baco Pari por 1 a 0.

Apoio


Titular da Seel, Rudson Guerra destaca que o envolvimento do Estado na promoção da Copa Quilombola consolida o evento. “A competição já se tornou um ponto cultural do estado. O sentimento é de compromisso ainda maior para que, em 2025, ela seja ainda mais importante. Conseguimos trazer pessoas de clubes para acompanhar essas atividades e, quem sabe, captar jogadoras e jogadores para a realização do sonho de jogar em um time profissional”.

“O Goiás Social já atende essas comunidades com diversas ações, programas de várias secretarias do governo. É muito bacana essa sinergia e a integração que ocorre. Esse é, talvez, o único evento no ano em que todas as comunidades conseguem se reunir para conversar e celebrar. A Copa Quilombola ganha cada vez mais importância, pois muitos atletas poderão ter mais oportunidades no esporte no futuro”, afirmou o secretário de Estado de Desenvolvimento Social, Wellington Matos. Titulares de diversas pastas do Estado também acompanharam os jogos, assim como o ex-jogador Ernando, natural de comunidade quilombola em Flores de Goiás e com passagens pelo futebol profissional de clubes como Goiás, Vasco, Internacional, Bahia, Guarani e Sport.

O Governo de Goiás oferece, na Copa Quilombola, suporte estrutural para sua realização, incluindo alimentação, hospedagem e transporte para todos os atletas, comissões técnicas, arbitragem e staffs, além de material esportivo. As comunidades quilombolas também receberão do governo estadual mais materiais para o fomento do esporte local, como kits de bolas, uniformes completos, cronômetros, apitos, entre outros.

Atleta do Baco Pari, a atacante Gabriela Borges enalteceu o apoio do Estado à competição, ao esporte e também às comunidades. “Éramos pouco visados. Dar essa visibilidade para a gente, que sempre esteve naquela dificuldade, é muito importante. Temos todo o suporte, com ônibus, comida, hotel. Podemos sair 600 quilômetros longe de casa e mostrar nosso futebol, nossa garra para crescer. Sou muito grata”, concluiu a campeã. “Vim nas três edições e o nível só sobe. A organização é espetacular, entregam o melhor para todos nós. Só temos a agradecer ao governador e à primeira-dama por enaltecer o nome do povo kalunga”, declarou o meia Marcos Lima, campeão pela terceira vez com a equipe do Vão do Moleque.

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