Semana de Museus é aberta com debate sobre o indizível
Que histórias conta um museu, suas coleções e objetos? E que histórias não contam? O que foi oprimido, o que ficou escondido? Para lançar luz sob essas questões e abrir a Semana Estadual de Museus, o Museu Zoroastro Artiaga recebeu na tarde desta terça-feira, 16, a mesa redonda Arqueologia do Indizível. Na abertura do evento, a secretária Raquel Teixeira disse que debater esses assuntos é sinal de avanço de mentalidade e coragem, pois podemos enxergar o que não víamos antes e renovar nossas posturas.
A Semana Estadual de Museus faz parte da 15ª Semana de Museus do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e conta com cerca de 30 ações em todas as unidades museológicas da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce Goiás). A abertura também contou com a presença do superintendente executivo de Cultura da Seduce, Nasr Chaul, superintendente de Patrimônio Histórico e Artístico, Tânia Mendonça, diretora do Museu Zoroastro Artiaga, Neusa Almeida, presidente do Conselho Estadual de Cultura, Nancy Ribeiro, outras autoridades, arqueólogos, estudantes e profissionais da área.
Logo após a abertura oficial da Semana, o público presente do auditório do Museu assistiu a palestra do professor historiador e mestre em Arqueologia Paulo Eduardo Zanettini, que foi seguida por uma mesa redonda com a mediação da arqueóloga Rosiclér Theodoro da Silva e da historiadora Rosinalda Corrêa da Silva.
Como explicou Zanettini, a arqueologia pode ser vista com uma ciência capaz de lançar luz a questões historicamente marginalizadas. “Estamos aqui para começar a desenhar um futuro para o país, e o museus estão fazendo parte”, disse o professor. Para ele, debates como os dessa tarde servem para nos reinterpretar, nos reler e, daí, vermos caminhos a seguir, novos caminhos, desafios e oportunidades. Um museu não é apenas um depósito de peças estáticas, ele pode despertar vocações e deve ter a destinação mais correta para o usufruto da sociedade.