Secretária Raquel Teixeira recebe líder indígena Marcos Terena

Organizador da Conferência Mundial dos Povos Indígenas sobre o Meio Ambiente na Eco92, articulador dos direitos indígenas durante a Assembleia que redigiu a Constituição Federal Brasileira em 1988 e idealizador dos Jogos dos Povos Indígenas, Marcos Terena visitou a Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce) para apresentar projetos de políticas públicas em defesa dos direitos dos indígenas nesta terça-feira, 19/7.

Terena reconhece a qualidade da proposta educacional para os povos indígenas, desenvolvida pela Seduce, que visa trabalhar o conteúdo programado, mas respeitando as particularidades deste público, tais como linguagem e sazonalidade. “Eu conheço a professora [Raquel Teixeira] há mais de 20 anos, ela é uma pessoa que tem uma visão de vanguarda”, salientou o líder indígena.

Uma das bandeiras defendidas por ele é o desenvolvimento de cursos de graduação que respeitem as tradições indígenas. “A gente acha que durante muito tempo o sistema educacional foi muito conservador em relação aos indígenas. Houve um tempo, por exemplo, que as mulheres só serviam para ser técnicas de enfermagem e os meninos técnicos agrícolas”, relata.

Terena defende que os povos indígenas tenham acesso a cursos de graduação com oportunidade para atuação em diversos campos do conhecimento como direito, medicina e comunicação. No entanto, a principal preocupação dele é com a maneira como se dará este processo de ensino-aprendizagem, que na visão de Terena deve respeitar a cultura indígena.

Jogos

Outra bandeira de Marcos Terena é a realização de competições esportivas entre os indígenas. Ele propõe resgatar os jogos indígenas que, de acordo com ele, nasceram aqui em Goiás na década de 1990. O líder indígena defende que os povos sejam divididos em três categorias distintas: jogos típicos de cada tribo, modalidades disputadas entre tribos e futebol masculino e feminino.

Ações da Seduce

A Seduce trabalho o respeito às diferenças não só para os povos indígenas. Em 2016, a secretaria, por meio da Superintendência do Ensino Fundamental, começou a esboçar uma proposta de educação que respeita as diferenças da cultura quilombola e indígena.

Entre as particularidades levadas em conta na proposta de educação diferenciada, estão aspectos como salas multisseriadas e especificidades da cultura indígena e quilombola.

Para tanto, a secretaria trabalha com calendário acadêmico distinto e Projeto Político Pedagógico próprio para cada escola e sua extensão.

 

Goiânia, 19 de julho de 2017.

Comunicação Setorial da Seduce

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