Fátima Gavioli, ao lado do ministro da Educação, Camilo Santana, e outros secretários estaduais, debateu a Educação profissionalizante e o ensino integral no âmbito da proposta do programa Juros por Educação

“É muito importante que aconteçam essas discussões.” Foi assim que a secretária de Estado da Educação de Goiás, Fátima Gavioli, deu início à sua fala sobre a ampliação da formação profissional no Ensino Médio da rede pública estadual, durante o seminário Juros por Educação, na primeira edição do Fórum Valor Econômico 2024.

O evento, promovido na manhã desta terça-feira (07/05), em Brasília, contou com a presença do ministro da Educação, Camilo Santana, de secretários estaduais de Educação e de autoridades políticas em debate sobre a Educação profissional e a recente proposta do programa federal que pretende incentivar os Estados a investirem nessa modalidade de ensino, o Juros por Educação.

Para a secretária Fátima Gavioli, garantir que os estudantes do Ensino Médio tenham acesso ao ensino técnico é, também, incentivar e estimular o desenvolvimento desse aluno para a vida. “O que nós queremos, de verdade, é oportunizar os nossos jovens. Colocar esse estudante no mercado de trabalho, fazer gerar emprego e renda, fomentar a economia. É isso que queremos”, destacou Gavioli.

De acordo com ela, a modalidade é muito importante e Goiás está trabalhando para ampliar a Educação profissional nas escolas públicas estaduais, mas enfatiza que implantar uma política pública como esta, demanda pesquisas, tempo e mais recursos do que o ensino regular.

Do mesmo modo enxerga o secretário de Educação do Paraná, Roni Miranda. Ele, que também acredita que a Educação técnica é um meio de incentivar os jovens a estudarem mais e, até mesmo, de se contribuir no combate à evasão escolar, explicou que antes de implementar os cursos, é fundamental planejar e fomentar propostas de carreiras e/ou áreas profissionais em que as regiões locais possuam a oferta de trabalho.

Sobre o programa Juros por Educação

O programa Juros por Educação é uma proposta de política pública do Governo Federal, desenvolvido por meio dos ministérios da Educação (MEC) e da Fazenda. A política prevê, entre 2025 e 2030, a renegociação das dívidas públicas dos estados, com redução da taxa de juros, a fim de que o investimento economizado seja voltado à expansão da Educação profissional vinculada ao Ensino Médio.  

Para o ministro Camilo Santana, o programa é uma política inovadora e que vem para se somar à Educação, tanto ao Ensino Médio integral, quanto ao ensino técnico-profissional. O ministro relatou que os governadores têm recebido a proposta com muito entusiasmo, mas ainda é preciso fechar efetivamente como se darão alguns pontos que ainda estão pendentes da proposta.

“Nenhuma política vai ser implementada sem o consentimento dos estados”, é o que explica o ministro Camilo. Segundo ele, em Goiás, por exemplo, o governo estadual tem investido fortemente na Educação. “Não há dúvidas de que essa proposta fará a Educação no país avançar e de que Goiás irá dar um salto importante no Ensino Médio”, afirmou. (Texto: Isadora Ribeiro – Comunicação Setorial / Fotos: Solimar Oliveira)