Evento marca também a abertura da exposição Escolas Pelo Mundo

Um passeio pelo continente revisto por olhares didáticos e investigativos é o tema do bate-papo Rotas Abertas pela Educação, que será realizado nesta quarta-feira, 22/8, na Vila Cultural Cora Coralina. A iniciativa irá reunir o coordenador Cristiano Cunha, do projeto Escolas Pelo Mundo, e a articuladora Carolina Fonseca, do projeto Expedição catástrofe – por uma arqueologia da ignorância, para uma explanação sobre as experimentações, vivências e criações realizadas durante a execução dos projetos.  A mediação ficará a cargo de Gilson Andrade e Cassia Nunes.

O encontro terá início às 18 horas, marcando também a abertura da exposição Escolas Pelo Mundo, fruto da experiência do roteiro de viagens, que traz material no formato de interação, entre exposição de fotos, ilustrações e instalações físicas, de vídeo e sonoras. A mostra, de cunho artístico, traz uma análise sobre os espaços físicos e ideológicos de instituições de ensino, coletadas em escolas das zonas periféricas e centrais das cidades por onde a equipe passou. A proposta do evento é compartilhar com o público a realidade da educação como provocadora para as imersões, possibilitando uma reflexão sobre o campo da arte como um lugar de produção de conhecimento e pensamento.

Sobre os projetos:

Escolas pelo Mundo – América do Sul foto

O projeto As Escolas Pelo Mundo cruzou a América do Sul em busca de registros visuais e sonoros de escolas públicas nas capitais de países como Brasil, Uruguai, Argentina, Chile, Paraguai, Bolívia, Peru, Equador e Colômbia. O roteiro de viagens se desdobrou numa proposta de exposição a partir da elaboração do material produzido durante as imersões. O projeto foi contemplado pelo Fundo Estadual de Arte e Cultura, da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce).

Cristiano Cunha é produtor cultural e fotógrafo autodidata, trabalha com educação não formal há 10 anos atuando com arte educação e educação ambiental em projetos desenvolvidos por meio de parcerias com instituições sociais e o poder público. Atualmente é pesquisador e coordenador do projeto de artes visuais  denominado: “As Escolas pelo Mundo”, que está em sua segunda edição de mostras sobre escolas públicas na América do Sul.

Expedição catástrofe – por uma arqueologia da ignorância

A expedição configura-se como uma experimentação para confrontar, no campo das relações intrínsecas entre estética e política, o fechamento de oito escolas públicas rurais por dia, entre 2003 e 2013. Um dos processos que culminou o projeto foi a implantação da “Torre de Transmissão”, uma ação de leitura performativa ininterrupta dos nomes das 60 mil escolas rurais fechadas desde 1995, durante 24 horas, transmitida em regime de simultaneidade (streaming) para diferentes mídias, cidades e canais. A leitura foi realizada por múltiplas vozes, de sujeitos de trajetórias e histórias políticas diversas na paisagem rural do município de Goiânia, localizada no Campus Samambaia da Universidade Federal de Goiás. O projeto foi contemplado pelo Rumos Itaú Cultural (2015/2016).

Carolina Fonseca é designer, doutora em processos urbanos contemporâneos pela Universidade Federal da Bahia, com a tese “Tramas cartográficas contemporâneas: sobre política, representação e produção da cidade”. Atualmente é professora do curso de Design de Ambientes da Faculdade de Artes Visuais e coordena o grupo de pesquisa Entrópicos.

Serviço

Bate-papo Rotas Abertas pela Educação – Sala de Mídias

Exposição As Escolas pelo Mundo – Sala Antônio Poteiro

Lançamento: Quarta-feira, 22/8, às 18h,

Visitação pública: De 22/8 a 06/10

Visitação de escolas: De 28/8 a 31/10 (Turno vespertino)

Local: Vila Cultural Cora Coralina. Rua 3, s/n – St. Central

Classificação: Livre

Entrada gratuita (Sujeita a lotação do auditório)

Para mais informações pelo Facebook, Instagram ou e-mail asescolaspelomundo@gmail.com