Graças ao empenho do professor Yan e de outros educadores da rede, o Acervo Otávio Roth ofereceu Apoio Continuado para fomentar a participação de mais 20 escolas estaduais no projeto em 2024

O professor Yan Machado Sousa, que trabalha no Colégio Estadual Armindo Gomes, em Vianópolis, foi agraciado com o título de Professor Destaque em 2023 do projeto A Árvore – etapa Biomas Pantanal e Cerrado.

Esta ação itinerante internacional tem o objetivo de produzir uma grande árvore formada por folhas de papel desenhadas individualmente por mais de 90 mil crianças, de aproximadamente 70 países, como forma de celebrar a paz mundial através da arte colaborativa.

O êxito alcançado pelo professor Yan chamou a atenção da equipe do Acervo Otávio Roth, responsável pelo trabalho junto à Organização das Nações Unidas (ONU) e Fundação Abrinq. E isso foi decisivo para que o educador fosse convidado para abrir oficialmente as atividades do projeto em 2024. O lançamento será por meio de um webinar que será exibido no Youtube no canal da Fundação Abrinq nesta quarta-feira (20/03), às 14 horas.

Mobilização

A fim de fortalecer a parceria com a Seduc Goiás, o Acervo Otávio Roth concedeu um Apoio Continuado à rede com o objetivo de oportunizar a participação de mais de 6 mil estudantes de 20 escolas estaduais. Os alunos estão incumbidos de fazer os desenhos que vão compor a Árvore deste ano.

Segundo o professor Yan, o verdadeiro destaque da experiência pedagógica foram seus 300 alunos, pois eles ficaram responsáveis por produzir as folhas que seriam utilizadas tanto na instalação original quanto na réplica confeccionada na escola. “O projeto tinha como objetivo incentivar a autonomia dos discentes. Eles deveriam tomar decisões, organizar a exposição, fazer acontecer. Por isso eu digo que eu não sou o destaque, mas eles que são”, explica o professor.

Envolvimento

Para Yan, a participação dos estudantes foi muito proveitosa, havendo a possibilidade de trabalhar com seus alunos os 30 artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU, bem como a vida e obra do artista Otávio Roth, além, é claro, da produção das folhinhas.

De acordo com ele, os trabalhos foram realizados entre os meses de setembro e outubro com as turmas de 6° ao 8° ano do Ensino Fundamental dos períodos matutino e vespertino. “Eu fiquei impressionado com o interesse dos alunos sobre a questão dos direitos humanos. Confesso que isso me deixou satisfeito. Na produção das folhinhas também foi possível ver a dedicação e o capricho deles”.

Além de Yan Machado, a professora Leila Delfina Cruvinel, da Escola Estadual Alfredo Nasser, de Fazenda Nova, foi agraciada com uma Menção Honrosa, garantindo para sua instituição de ensino o título de Escola Destaque 2023 pela participação eficiente e proveitosa da comunidade escolar no processo de produção da Árvore.

A história do projeto

O projeto existe desde 1990 e foi pensado pelo artista plástico brasileiro Otávio Roth na Escola da ONU, em Nova Iorque. A ideia inicial propunha que A Árvore deveria chegar a um milhão de folhas até o ano 2.000, quando seria projetada sobre a fachada do edifício-sede da ONU, mas a meta não foi cumprida devido ao falecimento do artista em 1993.

Por isso, o projeto foi relançado em 2018 pelo Acervo Otávio Roth, promovendo-o como uma obra que materializa o processo contínuo da cultura de paz pela sensibilização de crianças de diferentes origens e de diferentes gerações. (Texto: Amanda Dutra – Comunicação Setorial da Seduc/GO)