Governo de Goiás debate cooperação com o MPT em busca de recursos para obras

Projeto de ampliação de escolas no entorno de Brasília e em municípios vulneráveis do interior goiano poderão ser viabilizados com a destinação de recursos judiciais

O quarto turno na região do entorno do Distrito Federal e a

necessidade de obras de infraestrutura na região nordeste de Goiás fora temas

de uma reunião entre a representantes da secretaria de Estado de Educação e o

procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho, Thiago Ranieri. O objetivo

foi de buscar parcerias e pedir a colaboração da instituição a fim de arrecadar

recursos para realização de obras.

Problemas de infraestrutura

Nas visitas, realizadas pela secretária Fátima Gavioli, a

escolas de diversos municípios para identificar os problemas mais urgentes a

serem sanados. Dentre eles, chamou-lhe a atenção um colégio de Santa Terezinha

de Goiás – um dos municípios do estado mais vulneráveis socialmente (link) – em

que os alunos têm aula a céu aberto, debaixo de uma árvore. “Eles estudam lá

fora, debaixo do pé de manga. Então, se chove, nem tem aula”, lamentou a

secretária.

Outra dificuldade é a falta de estrutura física em algumas

escolas do entorno de Brasília que levou as unidades a funcionarem em quatro

turnos. Essa realidade existe a mais de 10 anos na região do entorno do

Distrito Federal.Com quatro turnos em vez de três, os alunos perdem uma hora de

aula por dia e, em um dos turnos, o direito de receber merenda escolar.

“Eu fico com a sensação de que nós, por muitos anos, tomamos

conta de um grupo de pessoas que se dá bem na educação em Goiás. Somos o

primeiro lugar no Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica], então a

gente foi aumentando a diferença. É como se eu pegasse o satisfatório e

transformasse ele em cada vez mais em muito satisfatório. Em compensação, eu não

cuido da legenda vermelha e amarela, eu só vou deixando ela aqui”, expôs a

secretária.

Soluções por meio de parceria com o MPT

Diante da necessidade de ampliar a estrutura física de

escolas, principalmente nessas regiões, a Secretaria de Estado de Educação

(Seduc) elaborou um projeto de construção de aproximadamente 70 salas de aula.

Com esse quantitativo, será possível remanejar os estudantes das escolas onde

há quatro turnos hoje e fazer com que volte os períodos normais de aula. As 70

salas também incluem regiões como de Santa Terezinha de Goiás.

Para viabilizar esse projeto, a secretária pediu que o MPT

considere a realidade da educação de Goiás na destinação de recursos advindos

de ações judiciais. Neste sentido, o procurador-chefe mostrou disposição em

coordenar, junto com outros procuradores, a vinculação de recursos judiciais ao

projeto da Seduc.

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