Programa de Robótica Educacional e Educação Tecnológica, implementado nos colégios militares, permite que os estudantes aprendam Robótica e desenvolvam novas habilidades

Com a ajuda dos professores, os estudantes do Ensino Fundamental do Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás (CEPMG) Prudêncio Ferreira de Faria, do município de Crixás, estão desenvolvendo réplicas de peças de Robótica para a criação de novos projetos.

As peças são feitas a partir de uma impressora 3D, adquirida pela unidade escolar com recursos do programa Equipar 5, disponibilizado pela Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc/GO).

Para o comandante-diretor da unidade escolar, Deli Gonçalves Rios, as aulas de Robótica ficaram ainda mais estimulantes com a aquisição do equipamento. “Com o recurso do governo estadual, nós construímos uma impressora 3D para apoiar os alunos nas práticas das aulas de Robótica e tecnologia. Com isso, nós desenvolvemos um equipamento que produz peças idênticas àquelas dos kits enviados pela Seduc, ampliando, assim, a criação de novos projetos,” explicou.

De acordo com ele, depois que os colégios militares integraram o Programa de Robótica Educacional e Educação Tecnológica à grade curricular dos alunos do Ensino Fundamental, os estudantes passaram a ampliar os conhecimentos e a desenvolver novas habilidades, como a resolução de problemas matemáticos, além de estimular o raciocínio lógico, o trabalho em equipe e o uso de novas tecnologias.

Robótica educacional nos colégios militares
O programa, implementado em 2023 nos colégios militares, é voltado inicialmente para as turmas matriculadas no Ensino Fundamental. A proposta é ampliar até a 3° série do Ensino Médio, para que todos os estudantes tenham acesso aos conteúdos.

Nas aulas, os jovens aprendem sobre programação, criação e construção de robôs, montagem de peças e, no caso do CEPMG Prudêncio Ferreira de Faria, a desenvolver as próprias peças inteligentes de Robótica.

De acordo com o gerente de Políticas e Gestão dos Colégios Militares da Seduc/GO, capitão Marcus Vinícius Jorge Batista, essa é “uma abordagem que estimula o desenvolvimento de habilidades como resolução de problemas, pensamento crítico, colaboração e criatividade. Além disso, a Educação tecnológica engloba diversos campos do conhecimento, como ciência da computação, engenharia, design e comunicação.

Participação em olimpíadas
Com a implementação do Programa de Robótica Educacional e Educação Tecnológica na grade curricular dos colégios militares da rede estadual de ensino, os professores estão, cada vez mais, incentivando os estudantes a participarem de competições e olimpíadas voltadas à tecnologia e à Robótica.

No CEPMG Mansões Paraíso, em Aparecida de Goiânia, por exemplo, os alunos do Ensino Fundamental vão participar do nível 1 da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) de 2024. Esta etapa será realizada nos dias 14 e 15 de setembro, em Goiânia.

O capitão Marcus Vinícius afirma que participar da Olimpíada de Robótica é uma experiência ímpar na vida dos estudantes, pois esse projeto permite que os alunos coloquem em prática o que estão aprendendo em sala de aula. “Eventos como esse, além de todo o conhecimento adquirido, também impacta positivamente o aprendizado das aulas e o futuro dos nossas crianças e jovens”, comenta.

Olimpíadas científicas
A OBR é uma das olimpíadas científicas brasileiras que trabalham com a temática da Robótica. É uma iniciativa pública, gratuita e sem fins lucrativos que tem como objetivo estimular o interesse dos jovens para as carreiras científicas e tecnológicas. Também contribui para identificar jovens talentos e promover debates e atualizações no processo de ensino-aprendizagem brasileiro. (Texto: Isadora Ribeiro)