Com “Uma aventura rumo ao cerrado”, alunos do 7° ano tiveram a oportunidade de produzir a obra literária com poemas e fotografias
 
Como forma de valorizar o caráter plural da Educação dentro da escola, as disciplinas eletivas visam impulsionar entre os estudantes novos olhares ante à inovação, à arte e a outras áreas. A exemplo disso, as turmas de 7° ano do Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) Doutor Dirceu Ferreira de Araújo tiveram, no último semestre letivo, a oportunidade de confeccionar um livro em uma eletiva focada em discutir a importância do bioma Cerrado.
 
Segundo a professora responsável pela eletiva, Maria Luzinete Gomes, a escolha do tema surgiu a partir da necessidade de ampliar o conhecimento da realidade de seus estudantes. “Assim, através da riqueza do bioma Cerrado e por meio de valores, habilidades e experiências, os estudantes teriam a capacidade de agir, conhecer e reconhecer os possíveis problemas ambientais que os cercam e modificar sua maneira de se relacionarem com o meio ambiente”, afirma.
 
A professora da área da Geografia está há quatro anos nesta escola e, desde que chegou na unidade, vem trabalhando eletivas voltadas à elaboração de poemas. Mas, recentemente, percebeu a urgência em discutir com mais profundidade sobre o bioma Cerrado com suas turmas: “Nós estamos sofrendo muito com esse desmatamento no nosso bioma e senti que era necessário apresentar essa parte para os estudantes com mais tempo. Porque as aulas de Geografia, às vezes, não eram o suficiente, daí eu resolvi escrever essa eletiva”.

Contribuição para os alunos
Assim, a turma uniu poesia e Cerrado em uma obra literária que expressa o aprendizado dos 38 alunos participantes da eletiva. O livro contou com a participação coletiva dos alunos tanto na produção textual, artística, gráfica, quanto na diagramação em suas 48 páginas. Com os alunos, a professora trabalhava vídeos e textos que serviam de base para rodas de conversa. Então, na aula seguinte, a partir de palavras-chave do debate anterior, os alunos iam compondo estrofes.
 
“Aí era da própria cabecinha deles mesmo que foi criando tudo. No final, é claro que a gente vai colaborando para ajustar a gramática, porém, as ideias surgiram deles mesmo. No momento da minha explicação e nas leituras que eles faziam, eles iam anotando suas próprias produções”, explica a professora. Além de Maria Luzinete, outras duas educadoras colaboraram na eletiva: Gisele Leandro e Priscila Lima.

”Eu pesquisei bastante”
Para a estudante Lívia Keyse Oliveira Serafim, de 12 anos, sua participação na obra foi muito significativa para se aprimorar em seus conhecimentos sobre o Cerrado e em produção textual. “Eu pesquisei bastante sobre as riquezas da nossa vegetação e, com os conhecimentos adquiridos, produzi poemas e ajudei a confeccionar o livro. Foi muito legal a experiência, porque a gente adquiriu bastante conhecimento sobre o Cerrado através das atividades realizadas e pelas pesquisas de campo”, afirma a aluna.
 
“Nessas pesquisas de campo, nós desenvolvemos vários conhecimentos: fomos ao Tribunal de Contas da União, ao museu ver as obras dos indígenas, e ao longo do tempo, ela [professora Maria Luzinete] passava os filmes sobre os indígenas para nós entendermos mais sobre o conteúdo e nós já irmos colhendo mais conteúdo para o livro”, explica o estudante Matheus Gabriel Rodrigues da Silva, também do 7° ano.
 
Matheus também pôde produzir ilustrações para compor o livro, com desenhos indígenas e de vários cenários que integram a paisagem do Cerrado. “Já desenho faz um tempo. Mas, essa foi uma nova experiência para mim, a primeira vez em que pude publicar esses desenhos assim”, explica o aluno.
 
A aluna Mayana Campos, do 8° ano, foi uma das estudantes fora das turmas de 7° ano que se disponibilizaram a participar da eletiva e auxiliar a professora Maria Luzinete na coordenação das atividades realizadas, liderando a turma no dia da culminância da eletiva. “A eletiva foi necessária para lembrarmos do quão importante é o bioma Cerrado. Além disso, pude ver que a matéria foi importante para a construção de laços e cooperação entre os alunos e os professores”, afirma.
 
“Colaborei com os estudantes durante a eletiva e participei da promoção para a valorização do Cerrado. Também apresentei a eletiva e achei superdivertido, porque os alunos prestaram atenção e pude ver eles fazendo o livro. Quando cada um ia escrevendo a sua parte eu percebia que era uma paixão pela eletiva e pela escola. Realmente, fiquei muito encantada com o livro”, conta Mayana.
(Texto: Amanda Dutra – Comunicação Setorial da Seduc/GO)