Estudantes de 18 escolas da rede pública estadual visitam Exposição Cultural Indígena em Goiânia

Serão 24 dias de exposição, que oportunizará a estudantes de diversas realidades a refletirem sobre a ancestralidade brasileira e a apreciarem a arte indígena

Os estudantes Felipe, Nicole e Mariana, do Colégio Estadual Agenor Cardoso, de Goiânia, ainda não tinham tido a oportunidade de visitar uma exposição de arte indígena. Na tarde dessa sexta-feira (03/05), puderam, pela primeira vez, apreciar obras ancestrais na Vila Cultural Cora Coralina. A visita faz parte de uma ação do Governo de Goiás, por meio das secretarias de Estado da Educação (Seduc/GO) e da Cultura (Secult/GO), que visa oportunizar a alunos de 18 escolas públicas estaduais a apreciação, de forma guiada, da exposição “Bancos Indígenas do Brasil – Grafismos”.

Até o dia 20 de maio, a exposição gratuita receberá as turmas com seus respectivos professores, para uma experiência imersiva na história indígena do trabalho manual. Além disso, a programação com alunos conta com o desenvolvimento de uma dinâmica de produção de Grafismos com o professor indígena José Alecrim, do Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte da Seduc/GO.

Contribuição pedagógica e cultural

Para Felipe Eduardo Souza Soares, do 1° ano do Ensino Médio, a experiência da exposição foi única. “Diferente do que a gente acostumado no nosso cotidiano, porque são objetos, monumentos antigos que a gente não sabe bem de quanto tempo é. São coisas interessantes que a gente não imagina que naquela época eles teriam essa noção de construir, de ter esse simbolismo”.

Nicole Munholi, do 2° ano do Ensino Médio, concordou com o colega e acrescentou a relevância de ter contato com as obras. “ É importante conhecer a nossa história mais profundamente. Porque tem coisas bem complexas, a história é bem complexa, dos monumentos, de tudo. Eu achei bem diferente”, afirmou.  

A mais nova, Mariana Côrrea, do 6° ano do Ensino Fundamental, ressaltou a dinâmica dos grafismos para pensar sobre o que foi observado na exposição. “Foi muito bom prá ver algo novo que não é frequente no dia a dia. Achei muito legal a experiência e eu voltaria de novo”, contou.

A professora de Arte Educa, Aline Siqueira, reconhece a importância pedagógica na atividade prática com os alunos, ressaltando a grande interação e participação deles no momento da apreciação e da dinâmica. “Eles estavam super ansiosos pra saírem da escola e pra terem contato com uma cultura diferente. Às vezes é a própria raiz deles e nem fazem ideia disso. E sentar sobre uma peça, um banco indígena é muito interessante. Conhecer esses grafismos também.

Trabalhando com Desenho em Quadrinhos, a educadora já pensa em estender a experiência para dentro de sala de aula, visando a fusão de estilos artísticos. “Penso em fazer um fanzine e ver o que eles conseguem trazer e misturar dentro desse mangá. De repente, misturar uma cultura indígena a uma japonesa, por exemplo, o que será que vai sair, né? Eu super curiosa com o resultado pós daqui também”, falou, animada.

A exposição

Os bancos indígenas estão imbuídos de significados, transitando entre arte e artefato, tradição e experimentação. Feitos em madeira, refletem a sofisticação estética e saberes ancestrais das nações indígenas brasileiras de diversas etnias. Além das peças, a exposição conta com registros fotográficos e vídeos do fotógrafo Rafael Costa, oferecendo aos estudantes uma imersão ainda mais completa na cultura e na arte indígenas.

A apresentação traz mais de 258 peças esculpidas por artistas de 40 etnias que habitam o Território Indígena do Xingu e a Amazônia brasileira. Ao todo, a Coleção BEĨ possui 1.300 peças oriundas de povos de diferentes regiões. A mostra “Bancos Indígenas do Brasil – Grafismos” está aberta à visitação pública, com entrada gratuita, até 26 de maio de 2024, a partir das 9h até às 17h, na Vila Cultural Cora Coralina, em Goiânia.

(Texto: Amanda Dutra – Comunicação Setorial / Fotos: Ciranda da Arte/SEDUC)

Banner Mobile

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo