Equipes de escola estadual de Formosa se sagram campeãs da 50ª Jornada de Foguetes
Jornada integra a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica e ocorreu entre os dias 4 e 7 de dezembro
Com apoio e incentivo do Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc/GO), três equipes do Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) Professora Izabel Christina de Sousa Ortiz, da cidade de Formosa-GO, conquistaram o título de campeãs nacionais de lançamento de foguetes na 50ª Jornada de Foguetes. O torneio faz parte da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), e ocorreu em Barra do Piraí, no Rio de Janeiro.
Os campeões são alunos do 7º, 8º e 9º anos do Ensino Fundamental. O supervisor das equipes, professor de Matemática Arlley Kacyo, explica que a participação na OBA se deu graças ao destaque que alcançaram na Mostra Brasileira de Foguetes, a MOBFOG. Os participantes da Jornada de Foguetes são selecionados entre os medalhistas da mostra.
Recordes e conquistas
A equipe de Goiás se destacou por ter conquistado mais de 130 medalhas ao longo do ano, trazendo da Jornada o troféu de campeões nacionais com um lançamento de 367,8 metros de distância. Com essa marca, bateram o recorde de lançamento de foguete com garrafa PET em Goiás, superando o registro anterior de 260 metros. Na mostra, os alunos goianos tiveram a oportunidade de construir e lançar foguetes de garrafas PET, usando materiais alternativos.
Segundo o professor Arlley, a primeira participação dos estudantes na Jornada foi na época da pandemia, quando os alunos estavam tendo aulas on-line. “Em uma turma de iniciação científica, do sétimo ano, eles escolheram o tema sobre astronomia. E dentro da astronomia escolheram fazer sobre o foguete de garrafa PET. Foi nosso primeiro ano de participação e já conquistamos três medalhas de bronze. Nós lançamos um foguete, ele foi a 133 metros”, afirma. A partir de então, o professor conta que foram várias as conquistas em torneios de astronomia. A Jornada de Foguetes é um deles.
Durante o evento, os participantes foram avaliados com base no alcance obtido pelos foguetes, que são construídos com garrafas PET. Além das premiações, os estudantes tiveram a oportunidade de participar de palestras e oficinas práticas sobre astronomia e ciências, com a presença de astrônomos e especialistas, observação de constelações, apresentações de alunos e lançamento de foguetes em uma pista de pouso.
Olimpíadas e oportunidades
De acordo com o professor Arlley, nas olimpíadas os alunos já começam a ter contato com o contexto universitário e, também, concorrem a bolsas em faculdades. “Quando eles forem terminando o Ensino Médio, têm as vagas olímpicas e os alunos medalhistas das olimpíadas já concorrem a elas. Com a própria medalha, as próprias conquistas, têm várias faculdades já querendo os melhores alunos ali, estudando com eles. Isso é fantástico, sem falar também das bolsas de iniciação científica júnior do CNPQ”, explica.
O professor também destaca a importância de uma vitória como essa para os alunos poderem acreditar no próprio potencial e na Educação pública. “Porque quando começamos a participar das olimpíadas, pensávamos que isso não era realidade de escola pública. A gente via no jornal, na televisão, os alunos ganhando medalhas e nunca pensamos que poderia acontecer com a gente. E é fantástico o impacto. No ano passado, fizeram reportagens com a gente e os alunos ficaram todos empolgados”, conta o professor.
Premiados
Professores líderes das equipes:
Arlley Kacyo da Silva Fraga
Roberto José da Paixão Filho
Equipe 9° ano
Alcance: 367,8 metros
Integrantes: Gabriela Engler Aroucha, Jamilly de Jesus Spindola Fernandes, Julia da Silva Flores
Equipe 8° ano
Alcance: 296,2 metros
Integrantes: Eduarda Koch, Geovana Dourado Alves, Igor Alencar de Oliveira
Equipe 7° ano
Alcance: 251,5 metros
Integrantes: Arthur Valadares de Oliveira, Pedro Henrique Silva Rosa, Yuri Rafael Tavares Ferreira
(Texto: Amanda Dutra – Comunicação Setorial Seduc/GO / Foto: Arquivo pessoal Arlley Kacyo)