Educação Financeira nas escolas: Programa do Banco Central é tema de Workshop da Secretaria da Educação

Ação marca a ampliação e o fortalecimento da eletiva de Educação Financeira implementada em todas as escolas públicas estaduais

Organização de finanças e consumo consciente. Essas são duas das metas presentes na execução da eletiva de Educação Financeira nas escolas da rede estadual. Mais de 600 turmas no estado já estão desenvolvendo o módulo. “O intuito é preparar o estudante para a vida e a sociedade. Para um relacionamento saudável com o dinheiro”, assim a gerente de Ensino Fundamental da Seduc/GO, Tamara Trentin, resume o objetivo da eletiva.

Por tal importância, a Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc/GO), em parceira com o Banco Central do Brasil, promoveu a 1ª Formação do programa Aprender Valor para assessores pedagógicos (APEDs) das Coordenações Regionais de Educação (CREs). O evento ocorreu na última quarta-feira (08/05) e contou com palestras de dois analistas do BC, João Evangelista e Adriana Medeiros.

Segundo a coordenadora estadual do Aprender Valor, Marlene Faria, esta formação busca, para além de discutir a relevância da eletiva, capacitar os profissionais da Educação para repassar esse conhecimento financeiro de forma que possa influenciar os estudantes em todas as áreas da vida. “Não só o aluno é impactado, porque se estende até toda a família dele, influenciando a ter um consumo consciente”, explica.

“Mais do que adquirir conhecimento, é saber tomar decisões”

O analista do Banco Central, João Evangelista, explicou em sua palestra acerca do desenvolvimento da eletiva com os estudantes e como é um processo que vai além de aprender componentes básicos sobre dinheiro, finanças e contas. “Pois, não é só um processo de aquisição de conhecimentos, mas, principalmente, de tomada de decisões e do estabelecimento de prioridades com vistas a decisões financeiras”.

“É importante que a criança comece a aprender desde cedo e que transmita para sua família, sua comunidade. De maneira em que a gente tenha toda uma sociedade brasileira com maior desenvoltura no trato com o dinheiro”, afirmou.

A tomada de decisões conscientes, responsáveis e autônomas, segundo o especialista, é a chave para a formação de cidadãos menos endividados. “Estamos sujeitos a influências o tempo todo: da publicidade, dos amigos, vizinhos. Então, é necessário pensar ‘de quem é o seu, o meu dinheiro? Estamos realmente no controle de nossos gastos?’ É preciso perceber o quanto o nosso dinheiro pode ser transformado num produto ou num serviço, necessário ou não, a depender de nossas escolhas”, reforçou.

A união de habilidades teóricas e socioemocionais

A analista do BC, Adriana Medeiros, também ressaltou a relevância de se trabalhar Educação Financeira nas escolas abarcando o viés disciplinar interligado à psicologia econômica. “Os projetos do Aprender Valor trazem junto às habilidades da Educação Financeira, a autogestão e a consciência social. Esses pontos são trazidos nas atividades em grupo, no diálogo entre professor e estudante, e é algo que temos dedicado atenção especial pois faz parte da Educação do futuro. As relações da nossa vida perpassam o uso do dinheiro”.

O Aprender Valor

O programa é uma iniciativa do Banco Central do Brasil (BC), em parceria com o Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDDD) e do Ministério da Justiça, que visa investir no ensino de Educação Financeira a alunos do Ensino Fundamental das escolas públicas brasileiras desde 2020. Para isso, recomenda-se às escolas uma abordagem transversal proposta pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

“O projeto vai além da Matemática Financeira, de entender os juros, a questão do crédito, mas sim é relacionado a planejar, economizar, investir, para que os estudantes possam preparar e buscar os seus sonhos, sem encaminhar toda a vida de endividamentos. É uma questão de planejamento dessa vida adulta” aponta a gerente Tamara Trentin. O projeto abarca do 3° ano dos anos iniciais até o 9° ano do Ensino Fundamental II.

Eletivas para todo o Ensino Fundamental

A partir deste ano, o Governo de Goiás está promovendo a oferta de eletivas nas grades curriculares de todas as escolas da rede pública estadual, de Ensino Fundamental, por orientação do Ministério da Educação (MEC). Alunos de 3° ao 9° anos já podem escolher entre 11 opções de disciplinas adicionais. Dentre elas, o módulo Educação Financeira tem se destacado e, até o fim de 2024, todos as escolas públicas estaduais já terão a disciplina como opção de eletiva.

(Texto: Amanda Dutra – Comunicação Setorial / Fotos: Solimar Oliveira/Seduc/GO)

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