Filmes nacionais para todos os gostos no Fica 2017

Festival vai de 20 a 25 de junho, na cidade de Goiás

De volta ao Cineteatro São Joaquim, a Mostra Competitiva do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica 2017) conta com uma lista de 25 filmes na disputa. Entre esses, 10 são brasileiros, com 4 goianos entre os representantes nacionais.

Entre os dias 20 e 25 de junho, na Cidade de Goiás, os filmes serão exibidos na programação do festival e estarão sob julgamento do público, do júri e da imprensa – que escolhem de forma autônoma o melhor filme.

As produções goianas neste Fica trazem uma tonalidade típica da região, como a luta e a garra do povo. Como poderá ser visto no filme Algo do que Fica, do diretor Benedito Ferreira, que fala sobre o Césio 137, quando se completam 30 anos do acidente. A obra Da Margem do Rio o Mar é um documentário de 13 minutos que realiza um ensaio reflexivo sobre a beira da rua.

Cada vez mais em voga, o empoderamento feminino é retratado no filme Real Conquista, da diretora Fabiana Assis, que traz uma atualização das técnicas e da linguagem da produção local. O diretor Renné França traz um mundo pós-apocalíptico em um gênero que costuma levar o público aos cinemas – terror, no filme Terra e Luz. Essa obra é retratada na cidade de Goiás e traz criaturas que se assemelham a vampiros, em uma humanidade busca sobrevivência.

A extensa lista de filmes brasileiros conta com a participação de diretores de renome nacional e internacional como Simone Cortezão, Márcio Farias e Vicent Carelli.

Destaques para Ninguém nasce no Paraíso, de Alan Schvarsberg, vencedor do melhor curta Júri Popular na Mostra Brasília do 48º Festival de Cinema de Brasília, e Tarja Preta, de Márcio Farias, escolhido como Melhor Curta Nacional no 9º Festival Brasileiro de Cinema, que aconteceu em Penedo, Alagoas.

Confira a lista e a sinopse dos filmes nacionais que na tela do Fica 2017:

FILMES GOIANOS

– Algo do que Fica (foto acima) (2017, Dir. Benedito Ferreira, Ficção, 23 minutos)

Avó e neta estão de mudança da casa onde vivem no centro de Goiânia, ao lado do lote do acidente do Césio 137. Em breve a casa será demolida para a construção de um museu. Enquanto isso, uma estranha presença orbita a casa.

 

– Da Margem do Rio o Mar (2017, Dir. Rei Souza, Documentário, 13 minutos)

Breve filme ensaio sobre a beira da rua.

 

– Real Conquista (2017, Dir. Fabiana Assis, Documentário, 15 minutos)

Em Goiânia, no bairro Real Conquista, uma mulher, marcada por um forte passado de violência, luta por melhores condições de vida.

– Terra e Luz [Earth and Light] (2016, Dir. Renné França, Ficção, 73 minutos)

Em um futuro próximo, o ser humano foi praticamente dizimado por criaturas que se assemelham a vampiros. Neste mundo em que a noite é mortal, um homem tenta sobreviver a qualquer custo, ao mesmo tempo em que tem a chance de recuperar sua própria humanidade.

FILMES BRASILEIROS (NÃO GOIANOS)

– Subsolos [Underground] (2015, PERNAMBUCO, Dir. Simone Cortezão, Ficção, 31 minutos)

“Subsolos” conta a história de um solitário porteiro de uma mineradora que vaga entre funções e oportunidades de trabalho dentro da indústria, e uma mulher que mora na fronteira de uma cava de mineração. Por causa do crescimento da cava, Rita é a última moradora que resiste ao fim do bairro e sobrevive em meio às ruínas. Rômulo, perdido entre grandes paisagens entrópicas e produtivas, decide seguir com o minério rumo a outro continente.

– Tarja Preta [Black Label] (2015, PERNAMBUCO, Dir. Márcio Farias, Documentário, 24 minutos)

“Tarja Preta” é um curta- documentário sobre uma pequena cidade do interior do Brasil, Itacuruba. Descobriu-se que se trata da cidade com o maior número percentual de pessoas que sofrem de depressão no País. Este projeto tenta através dos moradores, apresentar todas as ligações entre eles, sua cidade e seus medicamentos, para assim compreender melhor o que se passa lá e o que fez esta cidade ficar assim.

– Em Torno do Sol [Around the Sun] (2016, RIO GRANDE DO NORTE, Dir. Julio Castro e Vlamir Cruz, Ficção, 12 minutos)

Em 1989 uma intensa tempestade solar causou o histórico blackout que assolou o Canadá e arredores. Muito Tempo depois o aumento das interferências solares tornou os equipamentos eletrônicos itens obsoletos… o uso de eletricidade é raro na Terra. Obsolescência programada, dependência de energia… convivendo com as escolhas tortuosas dos seus antepassados, Senhor X busca novas possibilidades.

 

– Martírio (2016, PERNAMBUCO, Dir. Vincent Carelli, com co-direção de Tita e Ernesto de Carvalho, Documentário, 162 minutos)

A grande marcha de retomada dos territórios sagrados Guarani Kaiowá através das filmagens de Vincent Carelli, que registrou o nascedouro do movimento na década de 1980. Vinte anos mais tarde, tomado pelos relatos de sucessivos massacres, Carelli busca as origens deste genocídio, um conflito de forças desproporcionais: a insurgência pacífica e obstinada dos despossuídos Guarani Kaiowá frente ao poderoso aparato do agronegócio.

 – Contagem Regressiva (2016, RIO DE JANEIRO, Dir. Luis Carlos de Alencar, Documentário, 92 minutos)

A cidade do Rio de Janeiro foi dilacerada pela realização dos megaeventos. Durante a preparação para os Jogos Olímpicos, toda a já histórica tradição de violência de Estado e terrorismo racial se intensificou na cidade maravilhosa.

– Ninguém Nasce no Paraíso (2015, DISTRITO FEDERAL, Dir. Alan Schvarsberg, Documentário, 25 minutos)

No paraíso da ilha de Fernando de Noronha espécies em extinção, como a tartaruga marinha, encontram políticas de preservação. Já a espécie humana encontra-se em risco de extinção diante da proibição de nascimentos na ilha, quando as gestantes são expulsas aos 7 meses de gravidez.

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