Fica Atitude e Escola Sustentável: Legados do festival na Educação em Goiás

Reportagem: Elisama Ximenes / Fotos: Léo Iran e Silvio Quirino

 

– Lançada a primeira Escola Sustentável do Estado de Goiás, no Centro de Educação em Período Integral Alcide Jubé;

– Vídeos dos alunos da rede estadual demonstram mudança de consciência entre os jovens no projeto Fica Atitude.

 

A programação do Fica 2018 nesta quarta-feira,6/5, foi marcada por dois momentos emblemáticos do legado do festival nos seus 20 anos de história. Foi lançada a primeira Escola Sustentável do Estado de Goiás, no Centro de Educação em Período Integral Alcide Jubé, uma das mais tradicionais escolas públicas do Estado e teve início a exibição dos vídeos do projeto Fica Atitude no Cineteatro São Joaquim, na Cidade de Goiás.

O professor Jonas Berquó, coordenador Regional de Educação, Cultura e Esporte da Cidade de Goiás (CRECE), explica que o objetivo do projeto é promover uma educação sustentável, que incentive os alunos a reutilizarem e a plantarem, e que, acima de tudo, “fomente uma consciência ambiental, que atinja toda a comunidade da região”.

A ideia de construir esse modelo de escola foi do jornalista André Trigueiro, consultor ambiental do Fica e a proposta tem coordenação de Patrícia Mousinho.

O Cepi é a primeira escola do projeto, que deve ser replicado em outras unidades do estado. A diretora do Cepi Alcide Jubé, professora Rosângela Caixeta, se disse muito orgulhosa de fazer parte desse momento histórico para a educação em Goiás. “Estamos implantando gradativamente e no Fica 2019 queremos apresentar os resultados da aplicação do modelo”, explicou.

 

Fica Atitude

No início da manhã, o Cineteatro São Joaquim ficou lotado para a primeira sessão de exibição dos vídeos produzidos para o projeto Fica Atitude por escolas dos municípios de Faina, Araguapaz, Aruanã, Cidade de Goiás, Mossâmedes, Mozarlândia, Sanclerlândia e Buriti de Goiás.

Idealizado pelo professor Jonas Berquó, junto com a ex-secretária Raquel Teixeira, ainda em fevereiro desse ano, o projeto mobilizou mais de 2 mil estudantes da CRECE da Cidade de Goiás. As crianças e adolescente da rede estadual se envolveram na produção dos vídeos sobre os projetos de sustentabilidade desenvolvidos nas escolas. Para filmar e editadar exclusivamente com o celular, os alunos participaram de oficinas oferecidas pelo curso de Cinema e Audiovisual do Instituto Federal de Goiás. No total, 87 projetos foram inscritos e 16 foram selecionados para exibição no Fica 2018.

 

Criatividade

A criatividade e inovação foram destaques nos projetos apresentados. As escolas desenvolveram temas como irrigação hidropônica, compostagem, revitalização de rios, campanhas de descarte consciente de lixo, trabalhos de reciclagem, recolhimento de pilhas e baterias, revitalização de praças e tudo por meio da ação e do diálogo com a comunidade e as autoridades locais.

A superintendente de Educação da Seduce, Zenilde Teixeira, que representou o secretário Marcos das Neves, ressaltou a importância do Fica Atitude para incentivar e mostrar as habilidades e o potencial dos estudantes com a biologia e o meio ambiente e com o cinema e o audiovisual.

“O que eu vi aqui hoje me deixou emocionada, eu amei, o Fica é o que é hoje devido a uma mudança de atitude”, declarou a professora Raquel Teixeira, ex-secretária de Educação, Cultura e Esporte, que foi uma das idealizadoras do projeto ainda na sua gestão. Segundo Raquel, por meio desses vídeos, é possível perceber que o Fica, hoje, é propriedade das cidades e das comunidades. “Isso aqui faz valer a pena a carreira de educadora, acredito, mais do que nunca, na força da juventude e da educação!”, afirmou.

Para o coordenador Jonas Bercó, os filmes exibidos no primeiro dia de Fica Atitude mostraram um resultado melhor que o esperado. “O maior legado que fica é uma mudança de consciência”, destacou.

A estudante do 9° ano Geise Kelly, 13 anos, da Escola Estadual Getúlio Dédio de Brito, de Mozarlândia, vem pela primeira vez ao Fica e conta que foi gratificante participar do projeto com garrafas pet, que foi desenvolvido na sua escola. “A mudança de atitude em relação ao meio ambiente tem que começar por nós, porque se não for a gente, quem vai mostrar?”, indaga Júlia Karen, estudante do Colégio Estadual de Aplicação Professor Manuel Caiado.

 

Premiadas

No primeiro dia de mostra, oito vídeos foram exibidos e os demais poderão ser vistos nesta quinta-feira, 7/6, a partir 8h30, no Cineteatro São Joaquim. Entre as produções selecionadas, quatro serão premiadas com recursos e investimentos materiais para incentivar a produção audiovisual nas respectivas escolas. No primeiro dia as vencedoras foram a Escola Estadual Brasil Ramos Caiado, de Araguapaz, e o Colégio Estadual Dom Cândido Penso, de Aruanã.

Ambas as diretoras das escolas premiadas no primeiro dia firmaram o compromisso de incentivar ainda mais a produção audiovisual na escola, principalmente agora que vão receber recursos voltados exclusivamente para isso. A diretora da Escola Estadual Brasil Ramos Caiado, de Araguapaz, Sheile Palhares, demonstrou sua emoção em receber o prêmio. “É muito gratificante, nosso projeto, além de economizar água, ajudou a diminuir a deterioração das paredes pelas águas que caiam do ar condicionado e as hortaliças cultivadas devem ajudar no lanche da escola”, explica.

 

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