Governador Ronaldo Caiado participa de aula inaugural do projeto Alfabetização e Família

Projeto é uma parceria entre o Gabinete de Políticas Sociais e Secretaria de Estado da Educação, que visa a busca ativa e na alfabetização dos moradores da região

Atualizado em 20/9, às 12:14

Foi lançado neste final de semana em Cavalcante, o projeto do Governo de Goiás, Alfabetização e Família, para atender as cidades mais carentes do Estado com a alfabetização de jovens e adultos. O programa nasceu de uma parceria entre o Gabinete de Políticas Sociais e a Secretaria de Educação do Estado de Goiás.

No lançamento, que teve a presença do governador Ronaldo Caiado, do ministro Osmar Terra e da secretária de Educação Fátima Gavioli, foi promovida uma aula com mais de 20 pessoas que estão tendo a oportunidade de aprender as primeiras palavras. Na aula inaugural, a secretária contou para os alunos sua história de vida, explicou a eles que já foi boia fria e que teve a oportunidade de ser alfabetizada após os 14 anos de idade.

O governador Ronaldo Caiado destacou que toda hora é hora de começar. “A gente assiste essas grandes transformações com a coragem e a determinação de cada um aqui e o meu pedido a cada um é um só: não desistam! Não desistam!”.

Um dos alunos que iniciaram o processo de alfabetização em Cavalcante, Altair Floral, sofreu um acidente quando estava indo para a aula inaugural e destacou que quando chegou ao hospital pediu um atendimento rápido porque ele não queria perder a aula. “Pedi para o médico fazer um curativo e depois eu voltaria porque eu preferia perder o dedo do que perder a aula”, comentou.

Os depoimentos emocionados continuaram durante toda a aula inaugural. “Eu não tive a oportunidade de estudar. Eu não fui criado pelo meu pai nem pela minha mãe, e o povo que criou a gente queria que a gente só trabalhasse”, explicou Paulino Ribeiro dos Santos.

Outra aluna, Alice Flora Alves, destacou que não teve como continuar estudando porque morava na zona rural. “Nós todos morávamos em roça e as escolas eram muito longe. Era preciso andar 10 km para chegar na escola e quando chegava, a gente estava tudo molhado; aí paramos de estudar” ressaltou.

O projeto tem como público alvo os jovens, adultos e idosos e seu objetivo é fomentar, a partir da alfabetização desses grupos, a construção da cidadania, inclusão social e equiparidade.

O projeto é de responsabilidade da Superitêndencia de Modalidades temáticas, a Superitêndente Nubia Rejiane afirmou que o resgate da cidadania caminha no sentido de dar a essas pessoas a “possibilidade de um futuro melhor e menos desigual”.


Kits de material
Com a finalidade de auxiliar na participação dos alunos no projeto, a Seduc montou kits de material pedagógico para serem entregues gratuitamente aos participantes. Os kits incluem cadernos, dicionários, tesouras, vidros de cola, caixas de lápis de cor e de escrever, entre outros itens.

Um olhar sensível por parte dos professores também faz parte da concepção do projeto. Ao ampliar as chances de alfabetização para as pessoas que, em sua maioria, nunca tiveram contato com os estudos devido às suas condições econômicas, o programa pretende não ignorar o conhecimento popular já adquirido e a história de vida de cada um dos beneficiados, assim como o espaço social em que eles estão inseridos.

Para tanto, serão lecionadas ao menos 10 horas de aula semanais, entre três e oito meses. Durante o processo de alfabetização, os docentes não deixarão de respeitar o desenvolvimento individual de cada estudante.

Errata: Em versão anterior, esta notícia informava, erroneamente, que o processo de alfabetização teria duração de oito meses. No entanto, o programa tem como meta inicial alfabetizar as famílias em três meses, prazo esse que pode ser prolongado conforme o desenvolvimento e a necessidade individual de cada estudante.

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