SUÍNOS – AGRO EM DADOS / FEVEREIRO 2025

A cotação diária do suíno vivo, registrada em R$ 10,14/kg no dia 26 de novembro de 2024, manteve-se inalterada até o dia 02 de dezembro, consolidando-se como o maior valor alcançado no ano. Entretanto, semelhantemente a carne bovina, em dezembro o movimento de alta nas cotações foi interrompido, com redução de 8,0% frente ao mês de novembro, reflexo do aumento da disponibilidade interna de animais prontos para o abate. Além disso, nesse período, o poder de compra do produtor caiu em relação aos principais insumos, para o milho a redução foi de 6,9% e para o farelo de soja de 5,7%, de acordo com o Cepea.

No âmbito das exportações brasileiras, o Chile se destaca como o principal importador de carne suína da América Latina, apresentando um aumento significativo em suas aquisições ao longo dos anos, saltando de 43,8 mil toneladas em 2020 para 112,6 mil toneladas importadas em 2024, um crescimento de 157,1%. A China por sua vez, vem reduzindo suas aquisições desde 2022, no ano passado a diminuição foi de 38,0% em relação ao ano de 2023. Esse comportamento pode ser atribuído a recuperação do plantel chinês de suínos e a política interna de menor dependência de importação de proteínas.

No mês de dezembro, foi observado recuo no volume exportado pelo Brasil de 10,6% em relação ao mês anterior. Entretanto, na mesma base de comparação, para Goiás houve acréscimo de 23,0% nas transações. Ao comparar dezembro de 2024 ao mesmo período de 2023, é constatado redução nacional de 1,4% e goiana de 25,8%. Esse cenário pode ser decorrente dos estoques remanescentes gerados pelos países importadores, após o grande volume adquirido para as festividades de fim de ano.

Para o ano de 2025, é projetado pela Conab que o rebanho suíno brasileiro atinja 46,1 milhões de cabeças, crescimento de 1,2%, e a produção alcance 5,4 milhões de toneladas de carcaça, acréscimo de 1,6% em comparação ao ano anterior. Além disso, a expectativa é de que a demanda interna por carne suína continue firme, com preços competitivos em relação às demais proteínas e para o mercado externo, continuidade no bom desempenho das exportações.

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