MILHO – AGRO EM DADOS / SETEMBRO 2024

As operações de colheita do milho 2ª safra avançaram em julho, alcançando 86,0% da área semeada no Brasil, favorecidas pela redução das precipitações a partir da segunda quinzena de abril, o que resultou no encurtamento do ciclo do cereal em grande parte do país. Em Goiás, no sudoeste goiano, principal região produtora do estado, a colheita caminha para a finalização, com 94,0% das áreas colhidas até agosto. Nas demais regiões, as atividades de colheita também devem se encerrar até 31/08.

No cenário goiano, produtores de milho de Rio Verde têm comercializado a saca de milho em média a R$47,00, ao passo que o custo de produção foi estimado em R$56,00, o que tem levado alguns agricultores a estocarem o grão em busca de preços mais favoráveis no futuro. 

As cotações domésticas do cereal mantiveram tendência de queda ao longo do ano, com ligeiros picos de recuperação, especialmente no mês de maio, associados ao aumento das exportações com valorização da moeda norte-americana. Em julho o preço do milho voltou a cair no mercado brasileiro, refletindo a maior oferta com o avanço da colheita da segunda safra.

No mercado internacional, a tendência de cotações mais baixas também segue pressionada pela oferta mundial elevada, em um cenário de condições favoráveis para as safras na Argentina e nos Estados Unidos que, segundo estimativas, será a terceira maior da história americana para 2024.

O etanol de milho vem conquistando espaço, como confirmado pelo grupo São Martinho, empresa do ramo sucroalcooleiro e energético, que destaca o etanol de milho como o investimento mais racional para sua indústria, no município de Quirinópolis (GO). A produção desse biocombustível vem crescendo sucessivamente e o aumento dessa demanda pode contribuir com a valorização do da commodity.

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