LÁCTEOS – AGRO EM DADOS / JANEIRO 2025

O ano de 2024 foi de desafios para a pecuária leiteira brasileira, em virtude do clima extremo de escassez de chuvas enfrentado no segundo e terceiro trimestre do ano. Todavia, o ano foi marcado por valorização do preço pago ao produtor pelo litro de leite, no qual atingiu o maior valor do ano no mês de setembro, de acordo com o Cepea. A partir de outubro, com o início das chuvas, era esperado aumento da oferta, que por sua vez, cresceu aquém do esperado, mantendo as cotações elevadas nesse período. 

Em relação às exportações de lácteos, no ano de 2024, foi registrado aumento nas aquisições de derivados lácteos, especificamente de leite condensado pelos Estados Unidos, manteiga pela Argentina, e soro de leite pelas Filipinas. Em fevereiro foi alcançado o melhor desempenho do ano em volume e faturamento. Desse volume, 97,8% foi de leite em pó enviado para Cuba, em decorrência da parceria firmada entre o Brasil, Emirados Árabes Unidos e o país cubano em dezembro de 2023, a fim de promover a segurança alimentar e nutricional na América Latina. 

A expectativa para 2025 é de que seja um ano positivo, porém com desafios a serem enfrentados pela cadeia. O êxito da pecuária leiteira dependerá de fatores como o clima, a disponibilidade de mão de obra no campo, e a condição macroeconômica brasileira, na qual com aumento de renda e diminuição do desemprego, é observado maior consumo de produtos lácteos. Para as importações, os volumes adquiridos devem permanecer estáveis, entretanto, podem apresentar uma tendência de redução, caso a valorização do dólar se mantenha constante.

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