BOVINOS – AGRO EM DADOS / DEZEMBRO 2025

Em Goiás, a bovinocultura possui ampla distribuição territorial, conforme dados do IBGE, mas permanece concentrada em pólos consolidados. Em 2024, Nova Crixás liderou o efetivo estadual, com 772,8 mil cabeças, seguida por São Miguel do Araguaia, com 595,7 mil, e por Porangatu, com 470,4 mil. Embora a configuração geral se mantenha estável, alguns municípios registraram avan- ços expressivos no rebanho entre 2023 e 2024, com destaque para Divinópolis (+29,7%), Uirapuru (+18,4%), Monte Alegre de Goiás (+12,1%) e Aruanã (+11,6%). Esse movimento reforça a presença de núcleos tradicionais fortemente estruturados, ao mesmo tempo em que evidencia a expansão gradual da atividade em outros municípios.

Ao analisar a série histórica, de 2019 a 2024, a bovinocultura de corte apresentou avanços significativos. Segundo o IBGE, o rebanho brasileiro cresceu 10,9%, saltando de 214,6 para 238,1 milhões de cabeças, enquanto o efetivo goiano atingiu 23,2 milhões de cabeças, incremento de 1,7% para esse período. No Brasil, a produção de carne avançou 26,0%, totalizando 10,3 milhões de toneladas de carcaça em 2024. Para Goiás, o crescimento foi semelhante, os abates geraram 1,0 milhão de toneladas de carcaça, aumento de 36,0%. Esse resultado, entre outros fatores, reflete em uma expectativa positiva para as vendas externas. A análise da Inteligência de Mercado Agropecuário/SEAPA aponta que, diante desse cenário, as exportações brasileiras e goianas de carne bovina podem alcançar um novo recorde em 2025.

Quanto à comercialização no mercado internacional, o setor de carnes ocupa o segundo lugar nas exportações do agronegócio goiano, após o complexo soja. Entre 2019 e 2024, as exportações de carne bovina cresceram 59,5% em valor e 50,2% em volume. No acumulado de janeiro a outubro de 2025, a carne bovina foi responsável por 57,9% do volume total de carnes exportadas pelo estado. Ademais, esse desempenho reflete na balança comercial, que nesse período já superou o resultado de todo o ano de 2024, alcançando um saldo positivo superior a US$ 1,7 bilhão — marco histórico para Goiás. Dessa forma, evidencia-se a consolidação do estado como terceiro maior exportador nacional da proteína, sustentada pela evolução e robustez desse segmento.

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