SUÍNOS – AGRO EM DADOS / MARÇO 2025

A desvalorização das cotações do suíno vivo, iniciada em dezembro do ano passado, persistiu em janeiro de 2025, impactando na redução do poder de compra do suinocultor brasileiro, em razão do aumento nas despesas com ração, transporte, mão de obra, sanidade, entre outros.

De acordo com a Embrapa, a variação do custo com ração, em relação ao mês anterior, foi de 1,28%, e no acumulado de doze meses ficou em 5,95% nos principais estados produtores de carne suína. Entretanto, com a flutuação nas cotações, a competitividade da carne suína aumentou frente às demais, devido à leve valorização da proteína avícola e à estabilidade da bovina em relação a dezembro de 2024.

Em fevereiro, houve recuperação nas cotações do suíno vivo. Quando comparado ao mês anterior, o reajuste foi de 11,1% na média mensal, em razão da oferta ajustada frente às demandas interna e externa aquecidas.

No panorama internacional, em janeiro, houve crescimento de 29,8% no volume exportado por Goiás, com acréscimo nas aquisições de Singapura (+17,6%), Chile (+107,6%) e Haiti (+149,7%). Em relação aos países importadores, o Quênia iniciou as aquisições de carne suína goiana em 2023. Em 2024, adquiriu 135,0 toneladas e, já no primeiro mês de 2025, atingiu 52,1% do volume adquirido no acumulado do ano anterior (70,3 toneladas), ocupando o quarto lugar no ranking de destinos das exportações goianas.

Em janeiro, o cenário também foi positivo para as exportações brasileiras, com acréscimo de 6,4% na quantidade exportada, frente ao mesmo período de 2024, com envio para 80 destinos. Em relação aos principais países importadores, mesmo com redução de 4,7 pontos percentuais em comparação a janeiro do ano anterior, a China respondeu pela maior parcela do mercado, absorvendo 20,0% do volume total exportado. Já as Filipinas e o Japão tiveram aumento em suas aquisições e foram responsáveis por 18,5% e 8,3%, respectivamente, do volume destinado à exportação. Dessa forma, ocuparam o segundo e o terceiro lugar no ranking de destinos das exportações brasileiras nesse período. A diversificação dos mercados externos tem se mostrado indispensável para diminuir a dependência das transações com o país asiático.

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