AGR realiza roda de conversa sobre a Prevenção do Assédio Moral
Objetivo foi conscientizar servidores para a importância de se falar sobre o que é e o que não é assédio e sobre como reagir diante de condutas abusivas
O Serviço de Saúde e Segurança do Trabalho (Sesmt) da Agência Goiana de Regulação (AGR) realizou, na terça-feira (27/06), uma roda de conversa sobre o tema “Prevenção do Assédio Moral”, como forma de promover o diálogo e a troca de informações entre os servidores da Agência e os profissionais de saúde. A psicóloga Maria da Conceição Santos Souza, da Gerência Central de Saúde e Segurança do Servidor, da Secretaria da Administração (Sead), orientou as discussões, que contaram com a presença da diretora de Gestão Integrada, Andrea Bonanato, e do gerente de Gestão Institucional, Alexandre Ferraz. O presidente da AGR, Wagner Oliveira Gomes, participou do encerramento das discussões.
A diretora Andrea Bonanato iniciou a discussão explicando o assédio é uma conduta abusiva e que aquela roda de conversa era o momento ideal para que os colaboradores tirassem dúvidas a respeito do assunto, para se entender o que é o assédio moral e quais as formas de prevenir. “Sem dúvida, uma das formas mais eficazes de prevenção é a informação, é o que estamos fazendo aqui, para conhecermos o assunto e saber o que a administração pública tem feito para prevenir o assédio”, afirmou. Ela lembrou que em caso de abuso a primeira atitude deve ser procurador o superior hierárquico, e caso a pessoa não se sentir à vontade deve procurar o atendimento de Ouvidoria Setorial ou Geral do Estado. As reclamações podem resultar em sindicância e Processo Administrativo Disciplinar no âmbito da administração pública.
A psicóloga Maria da Conceição começou questionando os participantes sobre o que eles entendem como assédio, suscitando o diálogo entre os servidores. Questionada sobre como prevenir situações de assédio, Conceição distribuiu pequenas placas com palavras como: humanidade, compaixão, respeito, autoconhecimento, autocuidado, autocontrole, assertividade e outras. Segundo declarou, cada um tem o papel de contribuir para neutralizar, minimizar e eliminar os riscos de assédio no local de trabalho, adotando condutas acolhedoras e de respeito ao outro.
O coordenador do Sesmt na AGR, Jeremias Borges Vieira, destacou que a discussão se dá também em função da mudança recente da legislação da Cipa, que no ano passado alterou a denominação da Comissão para incluir também a prevenção ao assédio (Cipa/Assédio). Ele informou que há muitas formas de assédio e que isso não é novo, mas que, com o maior rigor da legislação, qualquer dessas formas não é mais tolerada. Dentre os aspectos que caracterizam o assédio moral, conforme ressaltou, está a intencionalidade e a recorrência das condutas que prejudicam os servidores.
Andrea Bonanato falou, também, sobre a importância de se distinguir o que é e o que não é assédio moral. Ela lembrou que há duas formas de assédio, o direto, com xingamentos, gritos e humilhação no ambiente de trabalho, e o indireto, que é aquela conversa rasteira, de corredor, em que se busca desqualificar ou isolar uma pessoa do grupo. “Mas temos que tomar cuidado e entender que nem tudo é assédio, como por exemplo, exigir o cumprimento de tarefas, aumento sazonal do volume de trabalho, exigir qualificação, etc, sem intenção de prejudicar, não é assédio”, afirmou.
O presidente Wagner Gomes destacou a importância de se discutir o tema e da necessidade de se criar internamente na Agência um canal de comunicação para tratar do assunto, para que os servidores tenham atendimento baseado na confiança. Ele ressaltou que o ambiente de trabalho deve ser de cobrança, mas sem faltar com o respeito para com todos e se a convivência, de alguma maneira, não for possível, que a situação seja resolvida com dignidade. Wagner Gomes também defendeu a preparação das lideranças sobre esse assunto.
Durante o evento, que reuniu cerca de 20 pessoas e teve o apoio dos membros da Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho e Assédio (Cipa) Hugo de Assis Furtado, Ene Lucia da Trindade Rodrigues e Marcela Faleiro, foram distribuídos mimos em forma de bolsas de sangue recebendo amor dos doadores, como parte do Junho Vermelho, de incentivo à doação de sangue.
PAS atende pelo WhatsApp 62 3201 6828
Ao encerrar a Roda de Conversa, Conceição Souza informou sobre o Programa de Acolhimento ao Servidor (PAS), do Governo de Goiás, criado há mais de dois anos, no âmbito da Secretaria da Administração, para oferecer apoio psicossocial aos servidores públicos estaduais. O programa já realizou mais de 1700 atendimentos. O PAS surgiu para atender os servidores durante a pandemia, dando apoio psicológico e auxiliando na superação de dificuldades resultantes do isolamento social. Por meio dele é realizado um acolhimento profissional, de curta duração, que oferece direcionamentos comportamentais. É garantido o sigilo ético e privacidade durante todo o processo, de acordo com as exigências do Conselho Federal de Psicologia (CFP).
Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (AGR) – Governo de Goiás