O Dimensionamento da Força de Trabalho (DFT) já foi aplicado em diversos órgãos da administração pública federal e Goiás será o primeiro estado a utilizar a ferramenta para aprimorar a gestão de pessoas. O projeto tem parceria com a Universidade de Brasília (UnB) e será supervisionada pela Secretaria da Administração (Sead)

Investir na qualidade da gestão pública, na capacitação dos seus gestores e na inovação das ferramentas que otimizem processos administrativos têm sido o tripé da gestão pública estadual, estabelecido pela Secretaria de Estado da Administração (Sead). E nesta quinta-feira (25) foi a vez de os servidores conhecerem mais um projeto que vai sistematizar pessoas e processos na gestão pública goiana: o DFT – Dimensionamento da Força de Trabalho.

A Sead lançou, com a presença de servidores de vários órgãos do estado, a aplicabilidade do DFT como alternativa de otimização de pessoal nos órgãos da administração pública estadual. O projeto tem parceria com a Universidade de Brasília (UnB), por meio do Grupo Projectum, equipe de pesquisadores da Instituição que busca soluções inovadoras para garantir a eficiência e efetividade da gestão.

O programa será executado pelo grupo da UnB e supervisionado pela Subsecretaria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas da Sead e terá 19 meses de duração. Ao todo, o programa será aplicado em 42 unidades administrativas de órgãos públicos do Estado, sendo 30 departamentos da própria Sead e 12 de outras pastas.

Para o subsecretário de Gestão de Pessoas, Alexandre Demartini, o serviço público passa por mudanças, transitando por diferentes sistemas de gestão e precisa, cada vez mais, alcançar um melhor equilíbrio da sua força de trabalho. “Nosso objetivo nesse primeiro momento será avaliar quantas pessoas são necessárias para garantir a boa prestação do serviço público, obtendo, assim, um retrato da real necessidade de força de trabalho nos órgãos públicos durante a execução de tarefas. Nosso objetivo é aprimorar a gestão de pessoas com mais transparência e mais eficiência na prestação do serviço ao cidadão”, destaca.

O pesquisador, professor doutor em economia da UnB e coordenador do Grupo Projectum, André Serrano, explicou como a ferramenta pode auxiliar a gestão de pessoas na otimização de tarefas. “Trata-se de uma mudança de cultura, em que é necessário alterar o paradigma da máquina pública. O Estado precisa aprimorar e comprovar à sociedade que seu trabalho é eficiente, o que se reflete nas ações governamentais, contribuindo por mais transparência e mais economicidade. O que vamos implantar, começando pela Sead, será a partir de modelos integrativos matemáticos, econômicos e psicológicos, elaborados pelos nossos pesquisadores. Com isso vamos desenvolver metodologias e tecnologias com vistas à eficiência e efetividade da gestão de organizações e de pessoas da administração pública goiana”, disse.

O pesquisador da UnB, Pedro Paulo Murce, doutor em Psicologia e também integrante do grupo, apresentou as etapas do processo, que já inicia com treinamento na próxima semana. “A gestão da Força de Trabalho é um método para gerir os componentes humanos e organizacionais de acordo com as atribuições institucionais, visando monitorar, avaliar e controlar processos, atividades, produtos e resultados coletivos do trabalho. Com isso, esperamos alcançar um diagnóstico completo, melhorando, inclusive o espaço e a condição de trabalho. Com toda a nossa experiência, já constatamos que nem sempre contratar servidores públicos significa que demandas reprimidas serão suprimidas”, enfatizou.

O Dimensionamento da Força de Trabalho (DFT) fornecerá à administração pública goiana um conjunto de indicadores numéricos, uma descrição do trabalho e relatórios compilados com dados de pessoal de cada unidade administrativa, além de atender às recomendações dos órgãos de controle e melhorar a utilização do espaço de trabalho.

Secretaria da Administração – Governo de Goiás