O Governo de Goiás não esperou passar a pandemia para agir efetivamente na busca de iniciativas que promovam o reaquecimento da economia do Estado e a recuperação dos prejuízos econômicos. Criada no dia 4 de agosto, a Secretaria de Estado da Retomada realiza ações para geração de emprego e renda e de diminuir a burocracia no acesso ao crédito, com foco nos mais vulneráveis. 

Nosso esforço está direcionado aos trabalhadores que procuram por um emprego formal. Para isso, a volta de atendimento presencial do Sine, que está vinculado à Retomada, foi um primeiro passo importante para conectar as ofertas de vagas de emprego com as pessoas que estão desempregadas em decorrência da pandemia. 

Uma parceria entre a secretaria e a Associação Pró-desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial) está em criação para permitir que os trabalhadores desempregados das categorias mais afetadas acessem as vagas oferecidas pelos setores que estão em crescimento. 

Um estudo realizado pela Rede de Pesquisa Solidária, formada por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), revelou uma nova categoria de pessoas que ocupam cargos estáveis, mas que passaram a sofrer maior vulnerabilidade. De acordo com o estudo, 83,5% dos trabalhadores no Brasil estão em posições vulneráveis. Deste total, 36,6% possuem vínculos informais, e 45,9%, apesar de ocupar cargos formais, foram drasticamente afetados pela nova dinâmica econômica imposta pela pandemia. A este último grupo foi dado o nome de “novos vulneráveis”.

Muito já foi feito desde que o governador determinou que a prioridade do acesso aos recursos para crédito e garantias seja para micro e pequenas empresas que ainda não tiveram acesso a estes recursos. Além da liberação de R$ 200 milhões pelo FCO, o Governo de Goiás conseguiu que os micro e pequenos empreendedores tivessem acesso facilitado a empréstimos, incluindo novas regras que desconsideram a análise de crédito durante a pandemia. 

A retomada do emprego, a promoção do empreendedorismo, diagnosticar as demandas profissionais, e mapear as áreas mais vulneráveis nas cidades goianas, são atribuições que estão no DNA da Secretaria da Retomada. 

Identificar os goianos que mais precisam do apoio do Estado de Goiás, e criar as conexões necessárias para promover emprego, renda e qualidade de vida é outro desafio assumido pela Retomada. É nosso dever socorrer primeiro a “fratura exposta”, os mais vulneráveis e os atingidos pela pandemia com maior intensidade. 

Os recentes números positivos sobre a atividade industrial goiana servem para entendermos que o Estado está no caminho certo. Ao mesmo tempo, acredito que também nos estimulam a trabalhar mais ainda para criar interações e parcerias para acelerar a retomada econômica e social de Goiás. 

César Moura é secretário de Estado da Retomada

(Artigo publicado originalmente no jornal O Popular, em 1º de setembro de 2020).