►Variações entre menor e maior preço pode chegar a 232% nos ingredientes para preparo e até 664% nas verduras

►Canjica amarela é a “vilã” do aumento, chegando a 40,66%

►Receita típica fica até 24% mais caro que o valor gasto no ano anterior

►Principais ingredientes para o preparo registram aumento médio de 7,59%

Com a proximidade do dia de São João e São Pedro, comemorados nos dias 24 e 29/6, muitos consumidores já se organizam para o preparo das tradicionais comidas típicas desta época do ano. No cardápio há uma grande variedade de doces e salgados capazes de fazer qualquer um esquecer a dieta. No entanto, o que não deve ser esquecido de fato é a pesquisa de preços, pois alguns produtos estão bem mais caros que os praticados no ano passado, chegando até mesmo a superar a inflação oficial do mesmo período que ficou em 3,59% medido pelo IPCA/IBGE.

Esse é um dos resultados da pesquisa de preços que o órgão está divulgando com intuito de fornecer informações de preços e orientações gerais na hora da compra desses produtos. Pesquisadores visitaram desde o dia 7 de junho até ontem, 19/6, quatorze estabelecimentos da capital, verificando os preços de 67 produtos como milho de pipoca, amendoim, canjica, paçoca, pé de moleque, fubá, leite de coco, condimentos (canela, erva doce, cravo, etc), além de verduras como bata doce, etc.

Principais insumos para o preparo dos pratos típicos das festas juninas estão, em média, +7,59% mais caros, com elevação no preço de até +40,66%

 Comparando os produtos que figuraram no levantamento de preço realizado pelo PROCON Goiás em 2016, com os preços médios praticados no levantamento deste ano de 2017, concluímos que os ingredientes para o preparo dos pratos típicos desta época do ano como fubá, milho de pipoca, leite de coco, creme de leite, amendoim, canjica, paçoca, pé de moleque, etc, estão em média +7,59% mais caros.

Já os condimentos como canela, erva doce, cravo da Índica, noz moscada, etc, estão até +5,22% mais caros que os praticados no ano passado.

Enquanto as bebidas como vinho e cachaça, estão até +8,78% mais caros no bolso do consumidor.

Apenas as verduras como batata doce, mandioca, pinhão, abóbora moranga, milho verde, etc, apresentaram redução no preço médio de até -17,55%.

No entanto, individualmente, o “vilão” deste ano foi o pacote de canjica amarela da marca PPA, pct de 500 gramas. Neste caso, o preço médio passou de R$ 1,83 em 2016, para R$ 2,57 este ano. Aumento médio individual de +40,66%.

Veja outros exemplos de aumento médio individual:

Variação entre menor e maior preço chega a 232%

Entre os insumos utilizados para o preparo dos tradicionais pratos típicos das festas juninas, um dos principais ingredientes utilizados teve variação de 232,73%. É o caso do leite de coco – Bom Coco – 200 ml (vidro) cujos preços variaram entre R$ 1,65 a R$ 5,49.

Em relação às variações entre menor e maior preço, deve-se ressaltar que todos os produtos foram pesquisados considerando o mesmo tipo de produto, ou seja, mesma marca e mesma gramatura.

Veja outras variações de preços:

O preparo da canjica ficou “salgado” e 24% mais caro neste ano, se comparado aos preços médios praticados no ano passado. A variação entre menor e maior preço entre os produtos mais utilizados (e idênticos) também chega a 71%

Muitas vezes, por se tratar de produtos com preços aparentemente pequenos, pode dar uma falsa impressão ao consumidor de que a pesquisa não fará muita diferença. Por isso o PROCON Goiás fez uma simulação para o preparo de um prato típico das festas juninas: a canjica.

Pra essa receita foram utilizados canjica amarela, leite condensado, leite de coco, canela em rama e em pó, cravo da Índia e leite.

Para esse comparativo, foram considerados os mesmo produtos, ou seja, mesma marca e mesmo tamanho.

No ano passado, para o preparo dessa receita o consumidor teria que desembolsar o equivalente a R$ 20,96. Já neste ano, esses mesmos produtos estão custando, em média, R$ 26,01. Ou seja, enquanto a inflação acumulada nesse período foi de pouco mais de três e meio por cento (3,59%), esses produtos registraram um aumento médio de +24,09%.

Para demonstrar ainda a importância da pesquisa de preços, para adquirir os ingredientes para o preparo dessa receita, considerando os menores preços encontrados na pesquisa, o consumidor terá que desembolsar o equivalente a R$ 19,58. No entanto, para aqueles que acham que a pesquisa não faz tanta diferença, terá que arcar com um custo a mais equivalente a 71,50%, pois a soma desses mesmos itens chega a R$ 33,58.

Orientações gerais

 A regra, mais uma vez, é pesquisar. Neste caso, é interessante elaborar uma listinha com os produtos necessários antes mesmo de sair de casa e pesquisar os preços em pelo menos três estabelecimentos. Também é interessante fracionar a compra entre eles. Compare ainda os preços por marcas diferentes, pois no levantamento de preços realizado pelo PROCON Goiás foram encontradas grandes variações, ao comparar produtos de marcas diferentes.

A qualidade dos produtos também deve ser observada, bem como as informações contidas nas embalagens como identificação do fabricante, prazo de validade, ingredientes, peso e origem.

Ao optar por comprar produtos a granel, também deve ser informada a data de validade do produto por meio de cartazes e a pesagem do produto deve ser feita na presença do consumidor. Quando esses produtos estiverem expostos, devem estar protegidos de poeira e insetos, etc.

Higiene é fundamental. Portanto, ao consumir esses produtos em quermesses, esteja atento à  higiene, tanto do local, dos produtos, como de quem está manuseando-os. A manipulação deve ser feita por pessoas com avental, luvas e que estejam com os cabelos presos e protegidos com lenço.

Para acessar o relatório da pesquisa clique aqui

Para acessar a planilha de preços  clique aqui

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