Procon Goiás divulga pesquisa de preços de comida por quilo
Aumento médio da refeição nos últimos 4 anos foi de 77,23%, muito acima da inflação oficial para o mesmo período: 31,89%
Consumir em média 500 gramas de refeição no mês equivale ao gasto de 50% do valor do salário mínimo
Variação entre menor e maior preço, de segunda a sexta feira, pode chegar 158%
Técnicos do Procon Goiás visitaram entre os dias 17 e 29 de abril, 22 restaurantes da região central e proximidades onde há um grande fluxo de consumidores, verificando os preços da comida por quilo, marmitex, refrigerantes e sucos praticados em diferentes dias da semana.
Preço médio da comida por quilo na capital teve aumento muito superior ao índice da inflação oficial acumulado nos últimos 4 anos
O preço médio da refeição fora de casa na capital ultrapassou, e muito, a inflação oficial nos últimos quatro anos.
De acordo com os dados coletados no levantamento de preços realizados pelo Procon Goiás nos últimos 4 anos, (janeiro/2011 a abril/2015), o preço médio do quilo da refeição praticado por estabelecimentos comerciais da mesma região (centro e proximidades) em janeiro/2011 era de R$ 16,82 o quilo.
Comparando com o preço médio atual, R$ 29,81, o quilo da refeição nesse período registrou um aumento médio de 77,23%, muito acima da inflação oficial acumulada registrada pelo IPCA no mesmo período que registrou 31,89%.
Em três restaurantes estabelecidos nos Setores Universitário, Central e Vila Nova, o reajuste nos últimos 4 anos foram de 47,59%, 66,11% e 67,99% respectivamente.
Comer fora de casa pode comprometer metade do salário mínimo, com consumo médio diário de quinhentos gramas de refeição
Comer fora de casa pode ter um custo bastante considerado sendo o peso ainda maior para trabalhadores com renda menor. No entanto, cabe a cada consumidor avaliar o melhor custo benefício de fazer a refeição fora de casa, devendo levar em conta o custo com transporte, tempo de preparo e o custo com supermercado.
Para um trabalhador com renda de um salário mínimo por mês, com hábito de consumir em média 500 (quinhentos) gramas por dia de refeição e um copo de suco de laranja, tendo ainda como parâmetros a quantidade de dia útil por mês de 21 dias e o valor médio do quilo da refeição, o custo no final do mês será de R$ 388,50, o que comprometerá quase a metade do salário mínimo apenas com a refeição (49,31%).
Em janeiro de 2011 esse comprometimento do salário mínimo apenas com a refeição fora de casa comprometia 44,25% do salário mínimo, tendo um aumento de 5 p.p. nos últimos 4 anos.
De segunda a sexta-feira, variação do quilo da refeição chega a 158,73%
No quesito refeição, o preço é importante, mas a qualidade do produto que será consumido é fundamental, portanto, o consumidor deve procurar aliar os dois pontos.
O preço do quilo da refeição, coletado pelo Procon Goiás na região central e proximidades, pode ser encontrado entre R$ 18,90 a R$ 48,90, variação entre menor e maior preço de 158,73%.
Com relação ao marmitex com churrasco (unidade), a variação chega a 312,00%, com preços oscilando entre R$ 7,50 a R$ 30,90.
Já o suco de laranja, que tem diferentes tamanhos de acordo com cada estabelecimento, pode ser encontrado ao menor preço de R$ 3,00 enquanto o maior chega a custar R$ 5,00, variação de 66,67%.
Com relação aos refrigerantes, a coca cola de 600 ml pode oscilar entre R$ 3,50 e R$ 5,00, variação de 42,86%.
Fique atento – Preço com churrasco!
Quando o estabelecimento cobra preço diferenciado do quilo da refeição “com” e “sem” churrasco, o consumidor deve ter o cuidado para não pagar a mais pela refeição. Neste caso, o consumidor deve utilizar dois pratos, um somente com o item mais caro (churrasco) e outro com os itens com preço normal (arroz, feijão, etc).
Ao dar preferência para o churrasco, o consumidor precisa saber que pagará a mais somente por este complemento e não pelos demais ingredientes que tem preço do quilo menor.
De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, as informações devem ser claras e precisas, portanto fique de olho. É importante que o consumidor fique atento ao preço do quilo. O preço tem que ser colocado em local visível e de fácil entendimento.
A informação do preço a cada 100 gramas, por exemplo, deve ser clara. Se essa informação não for suficiente e induzir o consumidor a erro quanto ao preço, deve ser denunciado junto aos órgãos de defesa do consumidor.
Acesse aqui o RELATÓRIO completo da pesquisa.
Acesse aqui a PLANILHA completa da pesquisa.
30/04/2015
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