Pesquisa do Procon Goiás identifica aumento de 15% no valor dos ovos de páscoa e prevê queda de venda
Aumento médio dos ovos de chocolate chega a 15% com previsão de queda nas vendas
Redução no peso maquia o aumento “real” em alguns produtos
Pesquisa de preços pode evitar que o consumidor entre na promoção do tipo: Pague 2, leve 1
Previsão de queda nas vendas de aproximadamente 3,4%
De acordo com informações repassadas por alguns comerciantes da capital durante a coleta de preços, a previsão é de queda nas vendas na comparação com o mesmo período do ano passado. Os comerciantes acreditam na estimativa da Confederação Nacional do Comércio (CNC), que prevê uma queda nas vendas de aproximadamente 3,4%. Se essa previsão se concretizar, será o segundo ano seguido de queda nas vendas desses produtos no período, que disputa com o dia dos namorados a quinta colocação no ranking do calendário do varejo nacional.
Apesar da previsão de queda nas vendas, este ano o consumidor também vai pagar, em média, até 15,52% mais caro, de acordo com levantamentos realizados pelo PROCON Goiás. De acordo com o órgão, pelo fato de alguns produtos, mesmo estando mais caros, terem sofrido redução no peso, demonstra que o aumento “real” é ainda maior que o demonstrado pelos números.
Ainda assim, a tendência é que os preços se tornem ainda maiores a partir de maio deste ano (2016), considerando que o governo alterou a forma de tributação cobrada sobre o chocolate. Antes, era cobrado o equivalente a R$ 0,09 sobre o quilo do chocolate branco e de R$ 0,12 sobre o quilo dos demais. A partir de maio, estarão sujeitos a uma alíquota de 5% de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre o preço final de venda.
Os itens foram pesquisados em 16 estabelecimentos da capital
No total, são 53 (cinqüenta e três) itens pesquisados como ovos de chocolate e caixa de bombons de diferentes marcas e gramaturas em 16 (dezesseis) estabelecimentos da capital. A coleta de preços se iniciou no dia 8/3 e estendeu até ontem, 21/3.
Aumento médio dos ovos de chocolate chega a 15,52%
Considerando os preços médios praticados na páscoa do ano passado, neste ano esses produtos estão, em média, 15,52% mais caros. Contudo, os aumentos individuais em alguns itens foram bem maiores que a média geral.
O ovo de chocolate Talento Avelãs da Garoto, de 375 g, registrou um aumento anual de 20,52%. Na páscoa do ano passado o preço médio era de R$ 36,25 e neste ano é vendido, em média, a R$ 43,69;
Outro exemplo é o ovo de chocolate Hot Wheels ao leite da Lacta, de 100 g, que teve um aumento médio anual de 28,50%, passando de R$ 30,55 para R$ 39,26;
Com um aumento médio anual de 25,60%, o ovo de chocolate Crunch crocante da Nestle, de 240 g, passou de R$ 26,38 (preço médio praticado no ano passado), para R$ 33,13 (atualmente).
As caixas de bombons também tiveram aumento acima da média. A caixa de bombom Ferrero Rocher de 187g, passou de R$ 26,65 para R$ 32,30, aumento de 21,21%.
Redução no peso de alguns produtos maquia o aumento “real” do produto
Ao realizar o cálculo do aumento médio do preço dos produtos pesquisados pelo PROCON Goiás, são considerados produtos “idênticos”, ou seja, mesma marca, tipo e peso. Porém, alguns produtos que tiveram aumento médio no preço podem ter um aumento “real” ainda maior em virtude da redução no peso.
É o caso do ovo de chocolate Kit Kat da Nestlé, com peso de 330 gramas. No ano passado, o preço médio do produto era de R$ 46,80 e pesava 400 gramas. Neste ano, apesar da redução no peso, ou seja, 330 gramas, o preço médio foi de R$ 52,65, um aumento de 12,51%. Contudo, se considerarmos o preço médio por gramas, verifica-se que em 2015 o grama custava em média R$ 0,11 (onze centavos) e atualmente, R$ 0,15 (quinze centavos). Ou seja, o aumento real desse produto é de 36,36%.
A redução no peso é uma pratica comum e, por si só, não configura prática abusiva, desde que tal informação seja claramente informada ao consumidor em sua embalagem.
Principais variações entre menor e maior preço
Mesmo se tratando de produtos “idênticos”, mesma marca, modelo e peso, as variações entre os preços praticados pelos estabelecimentos é muito grande e o consumidor que deixar a pesquisa de lado pode acabar entrando na promoção do tipo: “pague 2, leve 1”.
Com 106,15% de variação, o ovo de chocolate Clássicos ao leite da Garoto de 200 gramas, foi encontrado ao menor preço de R$ 17,90 e o maior chegando a custar até R$ 36,90;
O ovo de chocolate Sonho de Valsa da Lacta de 270 gramas teve os preços oscilando entre R$ 23,69 a R$ 39,90, variação de 68,43%;
68,43% também foi a variação entre menor e maior preço encontrada no ovo de chocolate Bis ao Leite da Lacta de 230 gramas. Os preços variaram entre R$ 23,69 a R$ 39,90;
O ovo de chocolate Galak da Nestle de 210 gramas, pode ser encontrado ao menor preço a R$ 27,29 e o maior chegando a R$ 41,90, variação de 53,54%;
A variação de preço na caixa de bombom da Garoto de 300 gramas chegou a 63,02%, com preços variando entre R$ 6,49 a R$ 10,58;
Ovo de chocolate x caixa de bombom
O PROCON Goiás fez uma simulação da diferença paga a mais pelo formato do ovo em contrapartida à caixa de bombons da mesma marca e mesmo modelo. Independentemente da preferência do consumidor, o órgão demonstra na ponta do lápis a diferença de preços por grama entre ambos.
No caso da caixa de bombom da Nestlè – “Especialidades” com 355 gramas, considerando o preço médio (R$ 9,24), cada grama chega a custar R$ 0,026 (dois centavos). Já o mesmo chocolate – “Nestlè – Especialidades” de 350 gramas em formato de ovo chega a custar em média R$ 0,125 (doze centavos), considerando o preço médio do produto (R$ 43,73). Ou seja, neste caso, o grama de chocolate do ovo chega a custar quase 5 vezes mais que o bombom.
Dicas e Orientações
Ao adquirir ovos de chocolate com brinquedos em seu interior, os pais devem ficar atentos às informações da embalagem, se o produto traz o selo do Inmetro e a faixa de idade recomendável para o uso do brinquedo;
Dar especial atenção às informações do rótulo como as especificações de peso, data de validade, composição e, principalmente a restrição de consumo;
Ao adquirir ovos de chocolate nas bancas de promoção, muitas vezes quebrados e por esta razão com preços mais acessíveis, não dá ao consumidor o direito de reclamar por este fato específico. Porém, estas informações de que o produto esta com preço promocional pelo fato de estar quebrado, deve ser fornecida de forma clara e precisa ao consumidor.
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Assessoria de imprensa do Procon Goiás:
Larissa Oliveira 3201-7134