Durante a Quaresma, Procon Goiás realiza pesquisa de preço dos pescados
A Quaresma é um período tradicional para os cristãos católicos brasileiros. Entre tantos ritos, o principal hábito é o de evitar o consumo de carne vermelha. Por conta disso, durante esses dias, a venda de peixes tende a aumentar. Para orientar os consumidores em relação aos valores desses produtos e alertar sobre os cuidados na hora da compra, equipes do Procon Goiás foram às ruas de Goiânia entre os dias 23 e 27 de fevereiro para pesquisa comparativa de preços de peixes de água salgada, doce e frutos do mar. Entre peixarias e supermercados, foram visitados 16 estabelecimentos da capital. A pesquisa envolveu 39 itens de diferentes marcas e tamanhos. O levantamento completo está disponível no site do Procon Goiás, pelo endereço www.procon.go.gov.br.
*Variação entre menor e maior preço*
Em supermercados, a maior variação de preço identificada foi de até 332,38%, no quilo do bacalhau Saithe. O valor desse produto variou de R$ 34,90 a R$ 150,90. Outro item com grande variação de preço, de mais de 206%, foi o camarão IQFC 7, que foi encontrado de R$ 43,90 a R$ 134,50. A equipe do Procon Goiás também encontrou uma variação de mais de 32% no quilo do pintado, comercializado entre R$ 22,58 e R$ 29,90.
A maior variação de preço identificada em peixarias foi no quilo do bacalhau porto, com valores entre R$ 99 e R$ 239,90. A variação é de pouco mais de 142%. Outro destaque da pesquisa foi o camarão rosa GG, com variação de 83,57%, sendo o menor preço de R$ 98 e o maior de R$ 179,90. O tucunaré também é um item bastante procurado para preparo de diversas receitas. O preço desse peixe variou de R$ 26 a R$ 39,90, ou seja, de 53,46%.
*Aumento médio na comparação com 2022*
Nas peixarias, comparando com o ano passado, a equipe de pesquisa e cálculo do Procon Goiás constatou a elevação de 12,58% no camarão IQFC, que registrou um preço médio de R$ 38,74 em 2022. Esse ano, o preço médio foi de R$ 43,62. A tilápia inteira, produto bastante consumido pelos brasileiros, teve aumento médio de pouco mais de 7%. Em abril de 2022, era comercializado em média a R$ 20,45 e, em março desse ano, a R$ 21,90. Além disso, foi possível identificar uma redução significativa no valor de um item. É o caso do quilo do peixe pintado, que ano passado era comercializado ao preço médio de R$ 31,40 e agora ao preço médio de R$ 21,90, uma redução de mais de 20,56%.
Em supermercados, o destaque é para o quilo do filé de salmão. Em 2022, era possível comprar o produto por R$ 87,45. Esse ano, o preço médio encontrado foi de R$ 138,56. Uma variação de mais de 58%. A equipe do Procon Goiás identificou ainda um aumento médio de 11,8% no quilo do pintado inteiro, que ano passado custava R$ 24,88 e esse ano R$ 27,82. O quilo da tilápia inteira teve redução de 32%. Em 2022, era comercializada em média por R$ 32 e esse ano o preço médio é de R$ 16,93.
*Orientações ao consumidor na hora da compra*
– A pesquisa divulgada pelo Procon Goiás dá uma noção dos preços médios praticados. De modo geral, de acordo com o levantamento, algumas espécies de peixes e frutos do mar ora estão mais baratos nas peixarias e ora estão mais em conta nos supermercados. Portanto, ficar atento a promoções dos estabelecimentos e pesquisar continua sendo a principal ferramenta do consumidor.
– O consumidor deve estar bastante atento em relação às condições de armazenamento e higiene dos produtos e do local. No supermercado, o pescado deve estar exposto em balcão frigorífico e na feira, envolto em gelo picado, sempre protegido do sol e de insetos. É necessário verificar se o produto tem selos de inspeção, data de acondicionamento e prazo de validade.
– Os produtos congelados devem ser conservados sempre a temperaturas inferiores a -18ºC e resfriados abaixo de 0ºC. O consumidor pode checar se há presença de água ou piso úmido próximo ao freezer, pois isso pode ser um indicativo de que o balcão foi desligado ou teve a temperatura reduzida, o que pode acabar prejudicando a qualidade do pescado.
– A aparência do pescado deve ser sempre verificada. Pressione os dedos para constatar a firmeza da barriga do peixe e veja se os olhos estão brilhantes. Também é preciso checar se as guelras estão vermelhas e se as escamas estão presas ao corpo. Bacalhau e outros peixes secos não devem apresentar manchas vermelhas ou pintas pretas no dorso nem umidade, o que pode indicar presença de bactérias.
– No caso do camarão, eles devem ser firmes e com a carapaça presa ao corpo. O odor deve ser o característico do produto, sem ser forte demais. No caso de lulas e polvos, a orientação é para que se adquira os de cores mais claras, pois são os mais frescos.
O consumidor deve estar atento, pois os comerciantes são obrigados a cumprir as ofertas apresentadas em anúncios ou folhetos publicitários. Na hora de registrar o produto no caixa, observe se o preço equivale à oferta divulgada.
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