Procon Goiás divulga pesquisa de preços de tarifas bancárias

Com a redução nas taxas de juros, os bancos começaram a compensar esta perda por meio de aumento nas tarifas bancárias. Em abril deste ano, os bancos já haviam dado sinais de que poderiam usar os preços dos serviços para compensar as perdas geradas pela redução das taxas de juros. No entanto, o governo começou a acompanhar o valor dessas tarifas.

Como o aumento acabou ocorrendo, conforme noticiado pela imprensa em outubro deste ano, desencadeou uma nova ofensiva do governo para reverter esse movimento. Ou seja, a mesma estratégia utilizada pelos bancos públicos na redução das taxas de juros, foi utilizada na redução das tarifas, iniciada pela Caixa e pelo Banco do Brasil, com o intuito de forçar os bancos privados na redução dessas tarifas.

Com a intenção de orientar e incentivar os consumidores a darem maior atenção aos serviços cobrados em conta corrente ou poupança, o Procon Goiás visitou, de 08 a 13 de novembro, 8 (oito) instituições bancárias, verificando os preços praticados nas tarifas bancárias.

O órgão de defesa do consumidor orienta que tais valores só são cobrados, quando ultrapassados os limites gratuitos considerados serviços essenciais, ou quando ultrapassados os serviços contratados, que constam nos pacotes de serviço padronizado pelo Banco Central do Brasil ou pelo pacote básico, criado por cada instituição bancária.

Principais variações entre o menor e maior preço

O valor do extrato de um determinado período foi a tarifa com maior variação dentre todas as outras pesquisadas. Se o extrato for solicitado nos Terminais de Auto Atendimento (caixas eletrônicos) o preço pode variar de R$ 1,35 a R$ 5,00, variação de 270,37%. Se esse mesmo serviço for realizado nos guichês de atendimento pessoal, os preços podem variar de R$ 1,40 a R$ 5,50, variação de 292,86%. Agora, essa mesma tarifa, realizada nos Correspondentes Bancários, a variação chega a 316,67%, pois os preços oscilaram entre R$ 1,20 a R$ 5,00.

Dentre os serviços mais utilizados, podemos citar a diferença ocorrida no saque realizado nos TAA, onde os preços variaram entre R$ 1,15 a R$ 2,10, variação de 82,61%.

92,31% é a diferença no serviço de transferência por meio de DOC/TED nos TAA, onde o menor valor encontrado foi de R$ 6,50 e o maior a R$ 12,50.

Com relação ao pacote de serviço padronizado, a variação foi de 384,21%, onde o menor valor cobrado foi de R$ 9,50, e o maior foi de R$ 46,00.

Preço médio das tarifas bancárias está mais barato, se comparado com os preços de novembro de 2011

Praticamente todos os serviços, independente do canal de atendimento (TAA, guichê de atendimento pessoal ou CB), tiveram reduções no preço médio.

Dentre os destaques, citamos a tarifa de saque nos CB que passou do preço médio de R$ 2,63 para R$ 1,62, redução de -38,61%; Este mesmo serviço, nos TAA a redução foi de -16,96% e nos guichês de atendimento pessoal, o desconto foi de -11,19%.

Uma transferência por meio de DOC/TED, a redução no preço médio foi de -11,59%, passando de R$ 9,73 para R$ 8,60;

Orientações gerais

Antes da contratação de qualquer pacote oferecido pelos bancos, além de se informar sobre quais serviços e a quantidade de eventos disponibilizados, o consumidor tem que ter em mente que também há uma série de serviços essenciais gratuitos e avaliar se há ou não necessidade de se contratar, um pacote de serviço, seja um pacote padronizado ou o pacote básico oferecido por cada banco, diferenciadamente. Se os serviços gratuitos suprem suas necessidades, não há motivos desta contratação.

Serviços como fornecimento de cartão com função débito, segunda via de cartão (exceto nos casos de pedidos de reposição formulados pelo próprio correntista decorrentes de perda, roubo, furto, danificação e outros motivos não imputáveis ao banco), até 4 saques por mês, até duas transferências entre contas na própria instituição, até dois extratos por mês com a movimentação dos últimos trinta dias, realização de consultas mediante utilização de internet, compensação de cheques, até 10 folhas de cheques por mês (desde que o correntista reúna os requisitos necessários à utilização de cheques, de acordo com a regulamentação em vigor e as condições pactuadas) e a prestação de qualquer serviço por meio eletrônico, quando a conta prevêem a utilização (exclusivamente dos meios eletrônicos), não podem ser cobrados do correntista (consumidor).

Como há uma quantidade máxima de saques a serem realizados por mês, seja nos serviços essenciais, nos pacotes básicos ou nos pacotes padronizados, quando há um evento que ultrapasse essa quantidade, ele é cobrado separadamente, no entanto, com relação a esse serviço (saques) quando realizados em terminais de auto atendimento em intervalo de até 30 minutos, independente da quantidade de saques realizados, é considerado apenas um evento.

O pacote padronizado, criado pelo Banco Central do Brasil, e que é igual para todos os bancos, inclui a confecção de cadastro para início de relacionamento, 08 saques (já incluídos os eventos gratuitos), 04 saques (já incluídos os eventos gratuitos), 02 extratos do período referente ao mês imediatamente anterior e 04 transferências entre contas na própria instituição. No entanto, o banco pode, a seu critério, criar um pacote de serviço básico, com a inclusão de outras tarifas, desde que mantenha a quantidade do serviço padronizado.

O relatório completo pode ser acessado aqui: RELATÓRIO

A planilha completa ode ser acessada aqui: PLANILHA

 

Mais informações:
Assessoria de Imprensa – Procon Goiás
3201-7134
imprensa@procon.go.gov.br
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