Sobre Goiás
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Sumário
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Produto Interno Bruto (PIB)
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Composição do PIB
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Setores Econômicos
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Agropecuária
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Indústria
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Comércio Exterior
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Infraestrutura
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Rodovias
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Ferrovias
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Porto de São Simão
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Estação Aduaneira Interior – Porto Seco de Anápolis
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Plataforma Logística Multimodal de Goiás
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Energia
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Linhas de Financiamento
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Meio Ambiente
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Educação Superior
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Turismo
Goiás, um dos 26 estados brasileiros, está situado na região Centro-Oeste do país ocupando uma área de 340.106 km². Sétimo estado em extensão territorial, Goiás tem posição geográfica privilegiada. Limita-se ao norte com o estado do Tocantins, ao sul com Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, a leste com a Bahia e Minas Gerais e a oeste com Mato Grosso. Goiás possui 246 municípios e mais de 7,2 milhões de habitantes..
Goiânia, sua capital, é o núcleo polarizador da Região Metropolitana, aglomerado de 20 municípios que abriga mais de 2,5 milhões de habitantes e aproximadamente 40% do Produto Interno Bruto goiano. O crescimento econômico com grande oferta de oportunidades é o atrativo de muitos migrantes. Apesar de sediar grandes indústrias, o setor de Serviços é o pilar de sua economia. A capital é um centro de excelência em medicina e vem consolidando sua vocação para o turismo de negócios e eventos. Além de apresentar bons índices de qualidade de vida, acima da média nacional, Goiânia é uma das cidades com a área urbana mais verde do país. Em 2019, Goiás era a nona economia brasileira com um PIB maior que R$ 200 bilhões, representando 2,8% do PIB nacional. Sua renda per capita era maior que R$ 29 mil.
O expressivo resultado deve-se à evolução do agronegócio goiano, do comércio e ao crescimento e diversificação do setor industrial. Este setor teve na atividade de alimentos e bebidas, automobilística, fabricação de medicamentos, beneficiamento de minérios e, mais recentemente, na cadeia produtiva da cana-de-açúcar, seus grandes destaques.
O clima do Estado é predominantemente tropical, com duas estações bem definidas, sendo um período chuvoso e outro seco. Considerando o comportamento da média mensal das temperaturas máximas de Goiás dos últimos dez anos, os maiores índices térmicos do período diurno variam entre 28°C nos meses de maio e junho e 38°C nos meses de setembro e outubro, enquanto que, no período noturno, os maiores índices térmicos ficam entre 15°C e 21°C.
Os maiores índices pluviométricos ocorrem entre os meses de outubro a abril, sendo mais concentrados no verão. A precipitação média anual acumulada dos últimos dez anos para Goiás variou entre 1.200 a 1.700 mm, tendo a menor precipitação média anual ocorrido em 2019 e a maior em 2011.
Distância de Goiânia (capital) às principais capitais brasileiras |
|
Capital |
Distância (km) |
Belém |
2.046 |
Belo Horizonte |
874 |
Brasília |
210 |
Campo Grande |
877 |
Cuiabá |
934 |
Curitiba |
1.226 |
Florianópolis |
1.536 |
Fortaleza |
2.609 |
Manaus |
3.291 |
Porto Alegre |
1.847 |
Recife |
2.434 |
Rio de Janeiro |
1.338 |
São Paulo |
936 |
Vitória |
1.386 |
Fonte: IBGE/Instituto Mauro Borges – Secretaria-Geral de Governo (SGG) |
Dados gerais do Estado de Goiás |
|
Número de municípios |
246 |
População de Goiás (2021) (hab) |
7.206.589 |
Área (2021) (km2) |
340.242,856 |
Densidade demográfica (2021)(hab/km2) |
21,18 |
Participação na população do estado/Brasil (%) |
3,3 |
IDHM (2017) |
0,769 |
Taxa de urbanização (%) (2015) |
91,63 |
Taxa de Desocupação (%) (jul/set – 2017) |
9,2 |
Taxa bruta de mortalidade infantil (por 100 mil hab) (2017) |
14,52 |
Esperança de vida ao nascer (em anos) (2017) |
74,3 |
Fonte: IBGE, PNUD. |
Distância da capital a cidades goianas selecionadas |
|
Cidade |
Km |
Anápolis |
53 |
Rio Verde |
216 |
Aparecida de Goiânia |
18 |
Catalão |
258 |
Senador Canedo |
16 |
Itumbiara |
203 |
Luziânia |
186 |
Jataí |
305 |
São Simão |
351 |
Trindade |
18 |
Pirenópolis |
118 |
Caldas Novas |
165 |
Goianésia |
168 |
Rio Quente |
176 |
Cristalina |
275 |
Niquelândia |
347 |
Alto Paraíso de Goiás |
425 |
Fonte: GoInfra |
Municípios goianos mais populosos – 2021 |
|
Município |
População (hab) |
Goiânia |
1.555.626 |
Aparecida de Goiânia |
601.844 |
Anápolis |
396.526 |
Rio Verde |
247.259 |
Águas Lindas de Goiás |
222.850 |
Luziânia |
214.645 |
Valparaíso de Goiás |
175.720 |
Trindade |
132.006 |
Formosa |
125.705 |
Senador Canedo |
121.447 |
Novo Gama |
119.649 |
Catalão |
113.091 |
Itumbiara |
106.845 |
Jataí |
103.221 |
Caldas Novas |
95.183 |
Fonte: IBGE (População Estimada). |
Produto Interno Bruto (PIB)
Goiás é a nona economia brasileira com um PIB de R$ 208,7 bilhões, representando 2,8% do PIB nacional. Sua renda per capita resulta em R$ 29.732,40. Entre 2010 e 2019, o PIB goiano cresceu a uma taxa média de 1,5% ao ano, desempenho acima do nacional, que ficou em 0,7%. Este bom desempenho manteve Goiás no seleto grupo das 10 maiores economias entre os estados da Federação.
O expressivo resultado deve-se à evolução do agronegócio goiano, do comércio e também ao crescimento e diversificação do setor industrial.
Produto Interno Bruto – Vários Anos |
||||
Ano |
Valores Correntes (R$ milhão) |
Taxas de Crescimento (%) |
||
Goiás |
Brasil |
Goiás |
Brasil |
|
2010 |
106.770 |
3.885.847 |
– |
– |
2011 |
121.297 |
4.376.382 |
5,8 |
4,0 |
2012 |
138.758 |
4.814.760 |
4,5 |
1,9 |
2013 |
151.300 |
5.331.619 |
3,1 |
3,0 |
2014 |
165.015 |
5.778.953 |
1,9 |
0,5 |
2015 |
173.632 |
5.995.787 |
-4,3 |
-3,5 |
2016 |
181.760 |
6.269.328 |
-3,5 |
-3,3 |
2017 |
191.948 |
6.585.479 |
2,3 |
1,3 |
2018 |
195.682 |
7.004.141 |
1,4 |
1,8 |
2019 |
208.672 |
7.389.131 |
2,2 |
1,2 |
Fonte: IBGE, IMB. |
Produto Interno Bruto Per Capita – 2010-15 a 2019 |
||
Ano |
Valores Correntes (R$) |
|
Goiás |
Brasil |
|
2010 |
17.783,03 |
20.371,64 |
2015 |
26.265,44 |
29.326,33 |
2016 |
27.145,09 |
30.421,61 |
2017 |
28.316,09 |
31.702,25 |
2018 |
28.272,96 |
33.593,82 |
2019 |
29.732,40 |
35.161,70 |
Fonte: IBGE, IMB. |
Composição do PIB
Dentre os grandes setores da economia, o de Serviços é o que predomina em Goiás, representando 67,4% do fluxo de produção. Neste setor, pode-se ressaltar o Comércio, tanto o varejista como o atacadista, bastante dinâmico, principalmente na capital, bem como as atividades imobiliárias. O setor industrial participa com 21,2% no PIB goiano, e o agropecuário com 11,4% (2019). Embora tenha participação inferior, o setor agropecuário é de grande importância para a economia goiana, pois dele deriva a agroindústria, uma das atividades mais pujantes do estado, quer seja na produção de carnes, derivados de leite e de soja, molhos de tomates, condimentos e outros itens da indústria alimentícia, bem como na produção sucroenergética.
Composição do Produto Interno Bruto Goiano – 2019 |
|||
Atividade |
Valor Adicionado |
||
Preços Correntes (R$ milhão) |
Participação (%) |
||
Agropecuária |
21.176 |
11,4 |
|
Indústria |
39.178 |
21,2 |
|
Serviços |
124.843 |
67,4 |
|
Fonte: IBGE, IMB. |
Maiores Economias Municipais – Goiás – 2019 |
|
Município |
Valor do PIB (R$ milhões) |
Goiânia |
52.914.394 |
Anápolis |
14.738.302 |
Aparecida de Goiânia |
14.370.794 |
Rio Verde |
9.982.046 |
Catalão |
7.000.189 |
Jataí |
5.334.834 |
Itumbiara |
4.123.845 |
Luziânia |
4.109.688 |
Senador Canedo |
3.754.399 |
Mineiros |
2.741.185 |
Total dos Municípios |
119.069.676 |
Participação no estado (%) |
57,06 |
Estado de Goiás |
208.672.000 |
Fonte: IBGE, IMB. Elaboração: Instituto Mauro Borges / Secretaria-Geral de Governo (SGG) |
Setores Econômicos
Agropecuária
Apesar da crescente industrialização, a agropecuária continua sendo uma atividade econômica importante em Goiás, uma vez que a produção de carnes e grãos impulsiona as exportações. O estado é o quarto produtor nacional de grãos com uma produção em torno de 22,815 milhões de toneladas o que representa 9,5% da produção de grãos brasileira. A pauta agrícola é bastante diversificada e composta principalmente por: soja, sorgo, milho, cana-de-açúcar, feijão, tomate, entre outros produtos.
A pecuária goiana também é altamente expressiva e posiciona o estado entre os maiores produtores do país. O rebanho bovino é o 2º no ranking brasileiro e é formado por 22,8 milhões de cabeças, com participação de 10,6% no efetivo nacional. A suinocultura e avicultura também se encontram consolidadas, principalmente na região Sudoeste Goiano. O estado se posiciona, em ambas, no 6º lugar no ranking nacional, cuja produção representa 5,0% e 5,3% da produção brasileira, respectivamente. O efetivo desses rebanhos cresceu muito a partir dos anos 2000 com a vinda de grandes empresas que atuam no setor de carnes.
Estado de Goiás: Principais Produtos Agrícolas – 2020 |
||
Produto |
Quantidade (Toneladas) |
Participação Goiás/Brasil (%) |
Cana-de-açúcar |
76.480.368 |
10,10 |
Soja |
12.837.120 |
10,54 |
Milho |
11.838.775 |
11,39 |
Tomate |
1.098.311 |
29,26 |
Sorgo |
1.173.014 |
42,36 |
Feijão |
351.454 |
11,58 |
Algodão herbáceo |
162.377 |
2,30 |
Fonte: IBGE (PAM) Elaboração: Instituto Mauro Borges / Secretaria-Geral de Governo (SGG) |
Estado de Goiás: Abate de Animais – 2017 |
||
Tipo de Animal |
Nº de Cabeças |
Participação Goiás/Brasil (%) |
Aves |
378.602.112 |
6,5 |
Bovinos |
3.179.805 |
10,3 |
Suínos |
1.760.903 |
4,1 |
Fonte: IBGE Elaboração: Instituto Mauro Borges / Secretaria-Geral de Governo (SGG) |
Indústria
Goiás é destaque na indústria de alimentos e bebidas, mineração, fármacos, fabricação de automóveis e etanol. É um dos estados líderes no ranking nacional da produção de commodities minerais e agrícolas e de medicamentos genéricos. Está, também, inserido na geografia da indústria automotiva nacional com grandes montadoras de veículos com cerca de 1,8% na indústria automotiva brasileira. A expectativa é de que Goiás se tornará o terceiro no ranking de produção automotiva do país.
O estado é o 2º maior produtor nacional de cana-de-açúcar (76 milhões de toneladas) e, em decorrência disso, Goiás é o 2º maior produtor nacional de etanol cuja produção na safra 2017/2018 atingiu 4,6 bilhões de litros. Ainda, na produção de açúcar o estado é o 4º maior com 2,3 milhões de toneladas. Para tanto, o número de usinas implantadas em Goiás aumentou bastante. Atualmente há 36 usinas em atividade, uma em implantação e duas suspensas.
A indústria da mineração em Goiás é bastante diversificada, apresentando segmentos modernos e gestão similar às das grandes corporações internacionais, ajustando-se ao cenário da economia global. São sete pólos distribuídos pelo estado, com produção de cobre, ouro, cobalto, níquel, nióbio, fosfato e vermiculita que ocupam posições importantes na cadeia produtiva nacional.
A diversificação produtiva da indústria goiana vem ocorrendo devido aos investimentos de grandes empresas privadas aqui instaladas ou em instalação. As principais atividades industriais de Goiás são a de alimento e bebidas, mineração e de automóveis e máquinas agrícolas.
Estrutura da Indústria Goiana Participação das principais atividades industriais, 2015 (%) |
|
Atividades |
Participação (%) |
Indústria de Transformação |
100,0 |
Alimentos e bebidas |
37,3 |
Fabricação de álcool |
8,5 |
Medicamentos |
6,9 |
Automóveis, camionetas e utilitários |
7,0 |
Produtos químicos (adubos, fertilizantes, defensivos) |
3,4 |
Metalurgia |
2,7 |
Minerais não metálicos |
4,7 |
Demais segmentos |
28,5 |
Fonte: IBGE Elaboração: Instituto Mauro Borges / Secretaria-Geral de Governo (SGG) |
Comércio Exterior
Goiás tem apresentado nos últimos anos boa performance exportadora. Em 2021, as exportações somaram US$ 9,3 bilhões e as importações 5,6 bilhões. A pauta exportadora reflete as vantagens competitivas de Goiás em recursos naturais, estando concentrada em produtos básicos, sobretudo commodities agrícolas e minerais, quais sejam: complexos de soja e de carne, cobre e ferroligas, principalmente.
China, Espanha, Estados Unidos, Tailândia e Países Baixos (Holanda) foram os principais destinos dos produtos goianos em 2021. Os produtos importados vêm principalmente da Argentina, China, Estados Unidos, Alemanha e Rússia.
Principais Produtos Exportados – Goiás – 2021 |
||
Produtos |
Em Milhões de US$ FOB |
Participação (%) |
Exportação |
9.306,16 |
100,00 |
Complexo soja |
4.291,94 |
46,12 |
Complexo minério |
1.879,81 |
20,20 |
Ferroligas |
832,00 |
8,94 |
Sulfetos de minérios de cobre |
526,97 |
5,66 |
Ouro |
444,43 |
4,78 |
Amianto |
61,43 |
0,66 |
Complexo carne |
1.768,82 |
19,01 |
Carne bovina |
1.350,15 |
14,51 |
Carne avícola |
402,18 |
4,32 |
Carne de suínos |
16,31 |
0,18 |
Milho e derivados |
241,93 |
2,60 |
Açúcares |
362,57 |
3,90 |
Couros |
188,77 |
2,03 |
Demais produtos |
451,99 |
4,86 |
Fonte: Ministério da Economia Elaboração: Instituto Mauro Borges / Secretaria-Geral de Governo (SGG) |
Principais Produtos Importados – Goiás – 2021 |
||
Produtos |
Em Milhões de US$ FOB |
Participação (%) |
Importação |
5.623,96 |
100,00 |
Produtos farmacêuticos |
1.120,09 |
19,92 |
Veículos automóveis, tratores, ciclos e outros veículosterrestes, suas partes e acessórios |
430,46 |
7,65 |
Adubos (fertilizantes) |
1.209,64 |
21,51 |
Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhose instrumentos mecânicos, e suas partes. |
381,20 |
6,78 |
Combustíveis minerais, óleos minerais e produtos dasua destilação; matérias betuminosas; ceras minerais. |
1.291,69 |
22,97 |
Demais produtos |
1.190,88 |
21,18 |
Fonte: Ministério da Economia Elaboração: Instituto Mauro Borges / Secretaria-Geral de Governo (SGG) |
Estado de Goiás – Exportação e Importação, Principais países de destino e origem do comércio exterior – 2021 |
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Países de Destino |
Exportação |
Países de Origem |
Importação |
||
Em Milhões de US$ FOB | Participação (%) | Em Milhões de US$ FOB | Participação (%) | ||
China |
3.821,51 |
41,06 |
Argentina |
1.157,45 |
20,57 |
Espanha |
444,84 |
4,78 |
China |
832,89 |
14,80 |
Estados Unidos |
311,94 |
3,35 |
Estados Unidos |
475,00 |
8,44 |
Tailândia |
267,74 |
2,88 |
Alemanha |
409,78 |
7,28 |
Países Baixos (Holanda |
266,55 |
2,86 |
Rússia |
305,07 |
5,42 |
TOTAL |
9.306,16 |
TOTAL |
|
|
|
Fonte: IBGE Elaboração: Instituto Mauro Borges / Secretaria-Geral de Governo (SGG) |
Infraestrutura
Rodovias
Em Goiás, as rodovias são responsáveis pela maior parte do transporte de cargas e passageiros. Existem cerca de 25 mil quilômetros de rodovias no Estado, sendo aproximadamente 21 mil quilômetros de jurisdição estadual (Goinfra, 2022) e 4 mil quilômetros de jurisdição federal (DNIT, 2021). A maioria das rodovias são pavimentadas e os trechos de maior importância estão duplicados ou em fase de duplicação. As principais rodovias federais do Estado são a BR-153, que liga o norte ao sul do país, a BR-060, passando pelo Distrito Federal, Goiânia e chegando ao Mato Grosso do Sul, e a BR-050, que liga o Distrito Federal ao sudeste do Brasil.
Ferrovias
Por sua localização privilegiada no território brasileiro, o Estado de Goiás é contemplado por projetos ferroviários de grande importância para o país. A Ferrovia Norte Sul conecta Goiás à Região Norte do país a partir de Anápolis, onde também há uma conexão com a Ferrovia Centro Atlântica, que atende a região sudeste do Estado e o Distrito Federal chegando ao Porto de Santos (SP). Em início de obras, a Ferrovia de Integração Centro-Oeste ligará Mara Rosa (GO) a Água Boa (MT) e faz parte do projeto da Ferrovia Transcontinental, planejada para ter aproximadamente 4.400 km de extensão em solo brasileiro (VALEC, 2022), ligando os oceanos Atlântico, no Brasil, e Pacífico, no Peru, proporcionando uma alternativa logística para cargas oriundas do Oriente Médio e Ásia, onde está o principal parceiro comercial do país (China)
Porto de São Simão
Com 2.400 km de extensão, a Hidrovia Tietê-Paraná tem como trecho mais relevante o percurso entre São Simão-GO e Pederneiras (SP), sendo responsável pelo transporte de grande parte de grãos e farelos do Centro Oeste, o que favorece de forma econômica e segura o escoamento de parte da produção goiana de grãos. O Complexo Portuário de São Simão, localizado à margem direita do Rio Paranaíba, no sul de Goiás, transporta madeira, carvão, adubo e areia, mas também, grandes empresas transportam soja, farelo de soja e milho. Portanto, por este porto passa boa parte dos produtos que predominam na pauta goiana de exportação. As mercadorias vão de São Simão até Pederneiras ou Anhembi-SP em barcaças e depois seguem por modal ferroviário ou rodoviário até o porto de Santos-SP.
Estação Aduaneira Interior – Porto Seco de Anápolis
O Porto Seco Centro Oeste S/A é um terminal alfandegado de uso público destinado à armazenagem e à movimentação de mercadorias nacionais, importadas ou destinadas à exportação, sendo utilizado como facilitador das operações de comércio exterior. Atende aos setores de agricultura, siderurgia, construção e farmoquímicos; produtos florestais e minerais; bens de consumo (alimentos, bebidas e têxteis) e bens duráveis (automobilístico e eletroeletrônico), entre outros. Há uma área de aproximadamente 400 mil m² com estrutura e com capacidade para atender fluxo de mercadorias do mercado interno e externo. Oferece vantagens competitivas para as empresas que buscam viabilizar a armazenagem e a movimentação de suas cargas com total segurança e confiabilidade.
Em termos de logística, a localização do Porto Seco goiano é a melhor de todo o interior brasileiro. Ele está situado na cidade de Anápolis, distante 53 km da capital do estado, Goiânia, e 159 km de Brasília, local de entroncamento de importantes rodovias. Quando em operação, a Ferrovia Norte-Sul será ligada ao ramal ferroviário da FCA – Ferrovia Centro-Atlântica.Por associar os modais rodoviário e ferroviário, pelo Porto Seco de Anápolis podem ser transportados os mais diversos tipos de cargas, interligando todo o mercado do Centro-Oeste a outros pontos do país.
Assim, o município de Anápolis está prestes a representar o marco zero da interligação entre as ferrovias Norte-Sul e Centro-Atlântica. As operações de movimentação e distribuição do Porto Seco Centro Oeste S/A colocará o município na rota dos grandes projetos logísticos do Brasil, aumentando sua capacidade operacional e de ligação com as regiões Norte, Nordeste, Sul e Sudeste.
Plataforma Logística Multimodal de Goiás
A Plataforma Logística Multimodal de Goiás, em fase de implantação em Anápolis, irá consolidar a cidade como um dos principais centros distribuidores do país. Anápolis, devido à localização estratégica é considerada o “Trevo do Brasil” pela facilidade natural de integração aos demais centros consumidores do país. Em um raio de 1.000 quilômetros, encontra-se em torno de 75% do mercado consumidor brasileiro. Situa-se a aproximadamente duas horas de voo para a maioria das capitais do país. Essa condição será fortalecida com a integração inteligente de variados modais (terminais, armazéns, rodovia e ferrovia).
Anápolis conta ainda com o maior distrito industrial do estado, o DAIA-Distrito Agroindustrial de Anápolis com a quantidade de 150 empresas (CODEGO,2022). O Distrito Industrial abriga o 2º polo farmacêutico do Brasil com cerca de 20 empresas, além de outras indústrias. Quanto ao modal aéreo, o Aeroporto de Cargas de Anápolis que está em fase final de conclusão de suas obras, faltando apenas as obras do pátio de manobras e dos hangares, permitirá a movimentação de aeronaves com 400 toneladas de carga.
O projeto global dessa Plataforma prevê terminais de frete aéreo, aeroporto internacional de cargas, polo de serviços e administração, centro de carga rodoviária e terminal de carga ferroviária.Quando em funcionamento, a Plataforma Logística combinará multimodalidade, telemática e otimização de fretes, promovendo assim o conceito de central de inteligência logística.
Energia
No que diz respeito à energia elétrica, Goiás é o nono estado brasileiro em capacidade instalada e sua produção provém principalmente de usinas hidrelétricas, seguidas por usinas termelétricas, pequenas centrais hidrelétricas, usinas fotovoltaicas e centrais geradoras hidrelétricas, respectivamente.
Segundo dados da Aneel (2022), o Estado possui 156 empreendimentos em operação, gerando 7.800.551,91 kW de potência. Está prevista para os próximos anos, uma adição de 778.940 kW na capacidade de geração do Estado, proveniente de empreendimentos planejados ou em construção. Neste atlas, apresenta-se a atual distribuição espacial da infraestrutura energética do Estado
Linhas de Financiamento
O Programa de Desenvolvimento Industrial do estado de Goiás (Produzir) foi criado para contribuir com a expansão, modernização e diversificação do setor industrial goiano, estimulando a realização de investimentos, a renovação tecnológica e o aumento da competitividade estadual. Propicia a redução do custo de produção da empresa, através do financiamento de até 73% do ICMS devido pelo período de até 15 anos.
As principais versões do Produzir são as seguintes:
- Microproduzir (incentivo às micro e pequenas empresas);
- Teleproduzir (incentivo à implantação de call-centers);
- Centroproduzir (incentivo à instalação de central única de distribuição de produtos de informática, telecomunicação, móvel, eletroeletrônico e utilidades domésticas em geral);
- Logproduzir (incentivo às empresas operadoras de logística);
- Comexproduzir (Incentivo às operações de comércio exterior);
Além desses programas de incentivo, Goiás conta ainda com recursos do Fundo Constitucional do Centro Oeste (FCO). O FCO foi criado em 1988 com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento econômico e social do Centro-Oeste brasileiro. O aporte permanente dos recursos do Fundo, pela União, (29% para Goiás, 29% para Mato Grosso, 23% para Mato Grosso do Sul e 19% para o Distrito Federal) possibilita financiamentos de longo prazo para os setores econômicos, gerando novas perspectivas de investimentos para o empresariado.
Goiás capta em média 27% do FCO ou R$ 4 bilhões anuais em investimentos. Desse aporte, cerca de 50% foram direcionados para a modalidade empresarial e 50% para financiamento de atividades rurais.
Meio Ambiente
O território goiano é coberto predominantemente pelo tipo de vegetação escassa do cerrado, com árvores e arbustos de galhos tortuosos, cascas grossas, folhas cobertas por pelos e raízes muito profundas. Goiás é o estado com a maior presença de Cerrado, possuindo mais de 90% de seu território dentro dos limites oficiais do bioma. Segundo maior bioma do Brasil e da América do Sul, menor apenas que a Amazônia, o Cerrado concentra 1/3 da biodiversidade nacional e 5% da flora e fauna mundiais. A flora do Cerrado é considerada a mais rica savana do mundo e estimam-se entre 4 e 7 mil espécies habitando esta região. O bioma foi classificado como uma das 34 áreas prioritárias mundiais para conservação da biodiversidade (hotspots).
Goiás possui características peculiares em relação à sua hidrografia. Seus rios alimentam três importantes Regiões Hidrográficas do país (Araguaia/Tocantins, São Francisco e Paraná). A rede de drenagens é densa e constituída de rios de médio e grande porte, contudo a navegabilidade é, em parte, prejudicada pelo grande número de cachoeiras e corredeiras. Os lagos artificiais representam 1,6% do território goiano e são em número de oito sendo que o Lago de Serra da Mesa, formado pelo represamento do Rio Tocantins, é o quinto maior lago do Brasil em área alagada, 1.758km², e o primeiro em volume d’água, 54 bilhões de m³.
O território goiano possui dois parques nacionais: das Emas e Chapada dos Veadeiros; 12 (doze) áreas definidas como parques estaduais, onde se destacam o Parque da Serra de Caldas Novas e o Parque de Terra Ronca, além de inúmeras outras unidades de proteção ambiental.
Educação Superior
A rede atual de instituições públicas e privadas de ensino existente no estado de Goiás oferece condições adequadas para a qualificação de mão de obra técnica, tanto de nível médio, como de nível superior, destacando-se: a Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Estadual de Goiás (UEG), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) com 27 unidades, além de quatro instituições municipais, distribuídos em várias regiões do estado. No setor privado de ensino superior há 85 estabelecimentos. A rede de educação superior goiana realizou 209.158 matrículas e o número de concluintes foi de 31.111.
Turismo
O turismo em Goiás está ancorado em suas belezas naturais proporcionadas pela fauna e flora exuberantes do Cerrado, belas cachoeiras, serras, rios e chapadas, como também no reconhecido patrimônio histórico, com tradições culturais altamente representativas e culinária rica e saborosa. São dez as regiões que dividem Goiás numa verdadeira rota de descobrimentos, aventuras, descanso e muita diversão, dentre as quais se destacam:
- Região Agro-ecológica – compreende o Parque Nacional das Emas – Sítio Natural do Patrimônio Mundial e Reserva da Biosfera do Pantanal, reconhecidos pela UNESCO.
- Região Vale do Araguaia – este rio vem se tornando um dos melhores polos de ecoturismo, lazer, pesca esportiva e camping do País. Os portões de entrada para o rio são as cidades de Aragarças, Aruanã e as vilas de Bandeirantes e Luís Alves.
- Região do Ouro – compreendendo as cidades de Pirenópolis (Patrimônio Histórico Nacional), Corumbá de Goiás (Sítio Histórico Estadual), Cidade de Goiás (Sítio Histórico do Patrimônio Mundial) e o Parque Estadual da Serra dos Pirineus.
- Região das Águas – “A maior fonte de águas termais do mundo”, com temperaturas que variam de 30º a 57ºC e comprovada capacidade terapêutica, está localizada em Caldas Novas e Rio Quente, municípios que abrigam o maior complexo hoteleiro de Goiás.
O Ecoturismo é bastante praticado devido à presençaem território goiano de dois dos principais parques nacionais do Brasil, o da Chapada dos Veadeiros e o das Emas. E, ainda, a presença do segundo mais importante sítio arqueológico do país, em Serranópolis; um dos campos rupestres com maior diversidade de flora do Brasil, localizado no Parque Estadual dos Pireneus, em Pirenópolis; e as belíssimas formações rochosas dos parques estaduais da Serra Dourada e da Serra de Caldas.
Goiás também atrai pescadores e amantes da natureza que buscam usufruir dos seus belos rios, lagos, lagoas e, principalmente o Rio Araguaia que apresenta adequada estrutura de lazer e entretenimento. Toda essa riqueza natural e artificial coloca o estado em condição privilegiada também para a prática de turismo náutico.