Comércio varejista goiano cresce 1,2% em março
As vendas do comércio varejista brasileiro apontaram retração de 0,5% em março, confirmando a expectativa de desaceleração gradual do consumo ao longo de 2014. Em Goiás, embora a taxa tenha sido positiva de 0,3%, houve recuo na comparação com fevereiro/14 (1,1%), ambas as comparações na série com ajuste sazonal.
Conforme dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o comércio varejista goiano apresentou no mês de março de 2014, expansão de 1,2% em volume de vendas em relação ao mesmo mês de 2013; no acumulado em doze meses a taxa foi de 5,1%. Na receita nominal de vendas, a alta foi superior ao indicador de volume, com 5,5% em março; em doze meses a taxa de crescimento da receita atingiu 11,2%.
O comércio varejista ampliado contempla além do varejo, o segmento de atacado na construção civil e veículos, motocicletas, partes e peças, registrou recuo de 6,7% para o volume de vendas e queda de 2,0% para a receita nominal de vendas, ambas em relação ao mesmo mês do ano anterior (Tabela 1 e 2).
No comércio varejista do Brasil houve variação negativa de 1,1%, dessa forma, o indicador alterou a sequência de resultados positivos desde março de 2013. Para a receita nominal, a taxa foi de 4,7%, contra 14,2% registrado em março de 2014.
Diferente dos meses de janeiro e fevereiro, em que todos os estados tiveram variações positivas no recorte regional, no mês de março de 2014 a maioria dos estados tiveram variações negativas. As maiores taxas positivas de crescimento ainda mantiveram-se nos estados da região Norte e Nordeste. Goiás obteve a terceira colocação entre os estados da região Centro-Oeste, à frente apenas do Distrito Federal. (Gráfico 1).
Tabela 1 – Brasil e Estado de Goiás: Variação do volume de vendas no comércio varejista – 2014 (Base: Igual mês do ano anterior = 100) |
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Segmentos |
Variação (%) |
||||||||||
Brasil |
Goiás |
||||||||||
Variação Mensal |
Acumulado |
Variação Mensal |
Acumulado |
||||||||
No Ano |
12 Meses |
No Ano |
12 Meses |
||||||||
jan/14 |
fev/14 |
mar/14 |
jan/14 |
fev/14 |
mar/14 |
||||||
Comércio Varejista Geral |
6,4 |
8,7 |
-1,1 |
4,4 |
4,5 |
7,4 |
10,3 |
1,2 |
6,1 |
5,1 |
|
Combustíveis e lubrificantes |
6,9 |
13,9 |
4,0 |
8,1 |
7,3 |
0,5 |
7,2 |
-7,2 |
-0,3 |
4,7 |
|
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo |
5,6 |
5,5 |
-2,8 |
2,6 |
2,1 |
6,0 |
5,9 |
-1,1 |
3,4 |
-1,2 |
|
Hipermercados e supermercados |
5,6 |
5,3 |
-3,0 |
2,4 |
2,0 |
6,1 |
6,2 |
-1,2 |
3,5 |
-1,1 |
|
Tecidos, vestuário e calçados |
3,0 |
7,2 |
-7,3 |
0,5 |
2,7 |
12,9 |
20,7 |
9,8 |
14,1 |
13,9 |
|
Móveis e eletrodomésticos |
5,7 |
10,6 |
3,8 |
6,5 |
6,1 |
6,3 |
11,5 |
5,2 |
7,5 |
9,4 |
|
Móveis |
4,1 |
14,7 |
7,4 |
8,3 |
1,4 |
4,9 |
14,8 |
7,0 |
8,5 |
4,6 |
|
Eletrodomésticos |
7,3 |
9,6 |
3,2 |
6,6 |
9,2 |
5,5 |
9,4 |
3,1 |
5,9 |
10,1 |
|
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos |
13,9 |
14,9 |
9,6 |
12,7 |
11,4 |
25,2 |
20,3 |
27,2 |
24,3 |
20,2 |
|
Livros, jornais, revistas e papelaria |
0,3 |
-4,8 |
-8,2 |
-3,5 |
-0,2 |
-1,5 |
15,1 |
3,5 |
4,2 |
5,9 |
|
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação |
-3,8 |
7,2 |
-4,9 |
-0,7 |
5,8 |
9,4 |
12,4 |
-12,7 |
2,2 |
18,9 |
|
Outros artigos de uso pessoal e doméstico |
11,0 |
17,0 |
-3,8 |
7,4 |
9,2 |
14,6 |
25,9 |
-9,5 |
8,4 |
9,7 |
|
Comércio varejista ampliado geral |
4,7 |
8,2 |
-5,7 |
2,1 |
3,2 |
1,6 |
3,6 |
-6,7 |
-0,7 |
3,0 |
|
Veículos, motocicletas, partes e peças |
1,6 |
4,8 |
-16,0 |
-3,7 |
-0,3 |
-3,9 |
-6,1 |
-15,8 |
-8,7 |
0,4 |
|
Material de construção |
4,4 |
16,8 |
1,4 |
7,2 |
7,4 |
-1,0 |
12,6 |
-4,6 |
1,9 |
3,5 |
|
Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio. Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2014. |
Em Goiás, o comércio varejista ampliado (que abrange o segmento de construção civil e veículos, motocicletas, partes e peças) também interrompeu o comportamento das taxas positiva dos últimos meses, quando recuou 6,7% no volume de vendas e 2,0% na receita nominal (Tabela 1 e 2). A queda refletiu o recuo nos dois setores, veículos, motos, partes e peças, cujo resultado em relação a março de 2013 foi de -15,8% e material de construção que obteve variação no volume de vendas de -4,6%.
O segmento de veículos, motos, partes e peças apresentou a maior variação entre os segmentos pesquisados (-15,8%) sobre igual mês do ano passado, com taxa acumulada no ano e nos últimos 12 meses de -8,7% e 0,4%, respectivamente. A forte queda em março nas vendas de veículos, motos, partes e peças, em relação a março de 2013, vêm sendo influenciada pela redução do ritmo de crescimento do crédito, conforme apontado pelo Banco Central.
O segmento de material de construção recuou no volume de vendas 4,6%, na comparação com o mês de março de 2013. As demais variações foram de 1,9% no ano e 3,5% no acumulado dos últimos 12 meses. Apesar da desaceleração da taxa interanual, a atividade ainda apresenta resultados positivos nos acumulados, mas ainda abaixo da média global do varejo. A redução do IPI para uma cesta de produtos do setor e as condições favoráveis do crédito habitacional (inclusive com o aumento do limite do uso do FGTS para financiamentos imobiliários) são fatores que vêm contribuindo para este comportamento.
Tabela 2 – Brasil e Estado de Goiás: Variação da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista – 2014 (Base: Igual mês do ano anterior = 100) |
|||||||||||
Atividades |
Variação (%) |
||||||||||
Brasil |
Goiás |
||||||||||
Variação Mensal |
Acumulado |
Variação Mensal |
Acumulado |
||||||||
No Ano |
12 Meses |
No Ano |
12 Meses |
||||||||
jan/14 |
fev/14 |
mar/14 |
jan/14 |
fev/14 |
mar/14 |
||||||
Comércio Varejista Geral |
12,7 |
14,2 |
4,7 |
10,3 |
11,6 |
13,0 |
14,6 |
5,5 |
10,8 |
11,2 |
|
Combustíveis e lubrificantes |
14,5 |
17,6 |
8,0 |
13,2 |
12,2 |
14,8 |
15,7 |
1,6 |
10,2 |
13,1 |
|
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo |
12,0 |
11,1 |
3,4 |
8,6 |
10,8 |
10,0 |
8,2 |
1,7 |
6,4 |
5,7 |
|
Hipermercados e supermercados |
11,9 |
10,8 |
3,0 |
8,3 |
10,6 |
10,1 |
8,6 |
1,6 |
6,5 |
5,6 |
|
Tecidos, vestuário e calçados |
8,8 |
12,5 |
-2,3 |
5,8 |
8,1 |
19,9 |
26,9 |
15,2 |
20,3 |
20,8 |
|
Móveis e eletrodomésticos |
12,9 |
19,0 |
11,7 |
14,3 |
12,3 |
11,6 |
18,4 |
10,9 |
13,4 |
14,1 |
|
Móveis |
12,2 |
24,5 |
16,7 |
17,3 |
9,6 |
11,9 |
23,9 |
14,0 |
16,1 |
11,5 |
|
Eletrodomésticos |
13,2 |
16,2 |
9,3 |
12,8 |
13,8 |
11,5 |
16,5 |
9,8 |
12,4 |
15,1 |
|
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos |
19,6 |
20,9 |
15,3 |
18,5 |
17,2 |
27,2 |
23,4 |
31,5 |
27,4 |
23,7 |
|
Livros, jornais, revistas e papelaria |
6,8 |
1,7 |
-1,8 |
3,0 |
5,8 |
|