PIB goiano 2022 cresceu mais do que o dobro do resultado nacional

Para melhor desenhar a dinâmica econômica de geração de riquezas em Goiás, e contribuir para a tomada de decisões governamentais e empresariais de impacto socioeconômico, o Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB) realizou um estudo de cálculo do PIB goiano de 2022, antecipando em dois anos a divulgação oficial feita pelo IBGE, em âmbito nacional. No estudo, o PIB goiano de 2022 apresentou crescimento de 6,6%, superando a expectativa de crescimento do PIB Nacional, que é de 2,9%. Esse é o maior avanço registrado em Goiás nos últimos doze anos.

Os pesquisadores se ampararam em dados consolidados, baseados na estrutura de contas nacionais do IBGE, onde puderam constatar que o desempenho goiano em todos os setores foi superior ao brasileiro em 2022.

“Nesta atual gestão, optamos por conferir ao IMB o caráter de munir os gestores públicos e a população em geral com análises que permitem entendem melhor os cenários de evolução que o Estado se encontra. Hoje, temos nas mãos importantes informações que mostram como Goiás tem gerado riquezas e permitido avançar em setores que vão além do agropecuário, como indústria e serviços”, avalia o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha.

Para o governador Ronaldo Caiado, a justificativa para os resultados está na execução de uma política que alia austeridade fiscal, estímulo ao setor produtivo e inclusão da população vulnerável na economia, por meio de programas de transferência de renda. O governador ressalta que as demandas da sociedade devem ser vistas de forma conjunta. “Se não dermos educação de qualidade, não ampliarmos emprego, não ampliarmos nossa industrialização, as vagas de serviços, agricultura, pecuária e indústria, não vamos achar alternativas para superar problemas”.

Agropecuária

Em 2022, a agropecuária obteve o maior crescimento dentre os setores (7,7%), quando comparado ao mesmo período do ano anterior, contrapondo com a redução observada em âmbito nacional, que foi de – 1,7%. O resultado positivo foi influenciado pela lavoura permanente, com destaque para o bom desempenho da produção da batata-inglesa (26,8%); soja (15,3%); segunda safra de feijão (47,7%); girassol (8,5%) e cana de açúcar (3,5%).

Indústria

Em seguida, temos o crescimento industrial de 7,5%, sem considerar o ajuste sazonal, o qual superou o observado no cenário nacional, que foi de 1,6%. Todas as atividades que compõem o índice do setor foram positivas e conseguiram mostrar uma retomada após dois anos de resultados instáveis.

A Pesquisa Industrial Mensal (PIM/IBGE) mostrou que Goiás encerrou o ano de 2022 com uma taxa positiva de 1,4%, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os resultados se devem, principalmente, ao desempenho da fabricação de produtos alimentícios (1,5%) e de produtos derivados de petróleo e de biocombustíveis (6,4%).

Serviços

O setor de serviços encerrou 2022 com um crescimento de 6,2%, influenciado, principalmente, pelas atividades de transportes, serviços auxiliares ao transporte e correios (24,7%), serviços prestados às famílias (14,7%) e das atividades turísticas (16,6%). 

Ao analisar o índice de volume da atividade econômica, observou-se que Goiás atingiu em 2022 o maior nível de atividade da série histórica.  Em termos nominais, o PIB goiano de 2022 atingiu R$ 279,5 bilhões. Esse mesmo recorde também foi observado no IBCR-GO (Indicador de atividade econômica do Banco Central do Brasil).

Impactos socioeconômicos

Com o resultado, observou-se uma geração de mais de 100 mil empregos formais no estado   até novembro de 2022, segundo o Caged. Além deste, outros resultados positivos foram observados como o crescimento no 3° trimestre de 2022 de 4,1% na renda média do goiano; a menor taxa de desocupação em 9 anos (6,1%); o menor patamar da Taxa de Desocupação de Longo Prazo do país (0,5%); e o maior volume de toda série histórica da massa de rendimento habitual mensal real de todos os trabalhos (R$9.883 milhões). Essas estimativas têm como base a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (PNAD-C).

Governo na palma da mão

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